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Portugal 2 Holanda 1

por Antero, em 17.06.12

Depois de muitas (e merecidas) críticas, é chegada a altura dos elogios. Portugal sobreviveu ao grupo da morte e está nos quartos-de-final onde encontrará a República Checa (curiosamente, o duelo político Alemanha versus Grécia será transportado para os relvados). No jogo de todas as decisões, a Seleção disse presente e recambia a desilusão do Euro 2012 para casa: finalista do último Mundial, com uma equipa de topo e uma qualificação irrepreensível, a Holanda abandona a competição com três derrotas no bolso e prestações globalmente fracas, nomeadamente no capítulo da defesa.

 

Convém perceber isto pois foi por aqui (a Holanda defendeu mal e porcamente) que Portugal arrancou para uma excelente exibição coletiva – mas com o mal dos outros podemos nós bem. No entanto, nada nos primeiros dez minutos fariam prever a reviravolta: os holandeses entraram a todo o gás e, provavelmente com a memória do nosso irregular jogo com a Dinamarca, pressionavam pelo corredor onde estava Fábio Coentrão sozinho contra o Mundo e marcaram um golaço (eu nem me contive e gritei "Que grande golo!"). A partir daí, a equipa atinou de vez e desatou a criar oportunidades atrás de oportunidades que só a já crónica miserável finalização não permitiu que o marcador tomasse proporções históricas. Ao mesmo tempo, a defesa ia dando conta do recado nas poucas e assertivas vezes que o ataque holandês construía algo com pés e cabeça, mas logo a bola era recuperada e lançada para o ataque português. O golo da consolação, porém, só surgiu aos 74 minutos por um Ronaldo ao seu melhor nível – simplesmente aquele que se suplicava que aparecesse de vez. Hoje foi o dia e que jeito deu!

 

No geral, toda a equipa esteve bem: as perdidas de Nani acabam por não apagar a agilidade que deu ao seu flanco e mesmo que eu ache que Bruno Alves esteve algo nervoso é só por que, do seu lado, esteve um monstro chamado Pepe a ofuscá-lo. Contudo, eu noto que o rapaz até se esforça, mas Postiga é muito fraco e o rácio das suas boas opções deve de 1 para 10 (eu sei que Nélson Oliveira não tem mostrado muito mais e nem venham dizer que Hugo Almeida é solução para qualquer coisa). Felizmente, a noite foi de Ronaldo e convém esclarecer um ponto: assim como não éramos a pior equipa ontem, hoje também não somos a melhor. Se os elogios fazem sentido hoje, também as desconfianças fizeram sentido ontem. Ninguém está imune à crítica. Eu que sempre apontei que não temos um coletivo forte, hoje vi-me obrigado a repensar esta ideia. E como isto é bom, caraças!

 

A Seleção pode ter um coletivo sólido se trabalhar para tal. Que Paulo Bento e, principalmente, Cristiano Ronaldo saibam aproveitar este embalo e façam boa figura contra os checos. O grupo da morte fica para trás e o céu é o limite!

 

publicado às 23:02

Rei na barriga

por Antero, em 31.08.11

(quem acredita que eu comento de má fé tudo o que esteja relacionado com a Selecção Nacional pode ter aqui uma grata surpresa)

 

Ricardo Carvalho abandonou o estágio da Selecção a poucos dias do importante jogo com o Chipre e, consequentemente, renunciou à mesma. Muito se tem comentado sobre as razões que o levaram a – em português correcto – "pôr-se na alheta" e todas elas passam pela sua indignação em constatar que não seria titular nesse jogo. Pode ser só isto como também pode ser o escalar de situações desagradáveis que o próprio tenha vivido ou assistido nos últimos meses e, quanto a isso, só o próprio poderá responder.

 

Acredito que Carvalho se tenha fartado e quanto de nós, em diferentes contextos, já não explodimos e batemos com a porta sem dizer "água vai!". Até ver, nada contra. O problema é que, levando em conta o seu notório e elogiado profissionalismo, a condição de subcapitão e a provável consciência do seu mediatismo e da Selecção como um todo (provável por que eu não penso pela cabeça dos outros), tudo isto mais parece uma birra de adolescente a quem lhe negaram umas sapatilhas de marca. Que Carvalho tome a sua titularidade como dado adquirido e torça o nariz para o contrário, é perfeitamente natural e aconselhado. Que não goste da famosa teimosia de Paulo Bento, isso é lá com ele. Que se tenha saturado do antro de víboras que é a Federação Portuguesa de Futebol, só lhe posso dar os parabéns.

 

Ao menos que esperasse pelo fim do próximo jogo. Ou até pelo final da fase de apuramento daqui a pouco mais de um mês. E depois ia à sua vidinha principesca no Real Madrid. Assim, abre-se uma racha no idílico reinado de Paulo Bento à frente da Selecção e logo num momento importantíssimo. Isso era tão escusado...

 

Enquanto isso, o falido Saragoça espeta mais uns pregos no seu já de si volumoso caixão ao contratar Roberto e Hélder Postiga, duas criaturas que, façam o que fizerem, não há maneira de acertarem entre os postes.


publicado às 23:41

Trapalhada queiroziana

por Antero, em 11.08.10

Deixa ver se entendi: Carlos Queiroz insulta o pessoal do Autoridade Antidopagem de Portugal em Maio, os gajos da Federação chutam para canto, seguindo com a preparação do Mundial e, descontentes com os resultados apresentados, instauram um processo dois meses depois do caso porque não querem abrir os cordões à bolsa com a dispensa do sujeito. Queiroz não se deixa ficar e chama uma mão cheia de "testemunhas" (entre aspas mesmo, porque não consta que nenhuma estivesse presente) para servirem como atenuantes para a conduta dele. É isto? Já estou mesmo a ver o nível da coisa:

 

Pinto da Costa: isto é uma cabala, uma vergonha levada a cabo pelas gentes do Sul e até corto a língua se o Benfica não estiver envolvido. Queiroz é uma pessoa de bem e isto vindo de mim, que tenho uma moralidade tão questionável, é dizer muito. Se ele usou linguagem de baixo nível - e saliento que, para mim, baixo nível é só para eventos formais - não disse nem mais nem menos do que a malta aqui do Norte usa corriqueiramente.

 

Alex Fergunson: Queiroz é um excelente profissional infectado pela celeuma do português miserável, comodista e peneirento. Vocês é que sabotaram tão brilhante trabalhador. Cá em Portugal, ele não dá nada há 20 anos e a culpa não pode ser exclusivamente dele. Vê-se que, quando saiu desta lixeira, o homem viu o seu valor recompensado: não como seleccionador da África do Sul (país de gente burra que não quer aprender) ou como treinador a prazo do Real Madrid (clubeco insignificante), mas sim como braço direito do supra-sumo dos treinadores: eu próprio!

 

Luís Filipe Vieira: vamos pôr isto tudo atrás das costas, o futuro é o caminho e iniciaremos um novo ciclo. Um novo ciclo de vitórias, aprendendo com os erros passados para nunca mais os cometermos. Sim, o Roberto não dá confiança nenhuma, o Peixoto não vale um chavo e... ah!... o Queiroz? É um porreiro. Já me comprou um Kit Sócio uma vez e tudo!

 

Luís Figo: Queiroz é competente tanto no nível teórico como no prático. Claro que na Selecção A não demos uma para a caixa, no Sporting ganhei uma mera Taça de Portugal com ele e no Real Madrid já ninguém o podia ver à frente, mas que isso não desvirtue o valor intrínseco do ser humano bondoso que é Queiroz. Até posso mostrar os comprovativos das contribuições que ele fez para a Fundação Luís Figo. Não que ele me tenha pago (muito) para prestar estas declarações, mas sabem como é... estou reformado e um homem tem de fazer pela vida.

 

Em jeito de conclusão e de forma a que Carlos Queiroz perceba: homem, vai com as putas, mas chula essa cambada até ao tutano, caralho!

 

publicado às 13:22

O caneco foi parar aqui ao lado

por Antero, em 12.07.10

 

Convenhamos que qualquer um dos semi-finalistas ficaria bem sentado no trono do futebol mundial. Fosse pela máquina alemã, pelo estoicismo uruguaio, pelo percurso 100% vitorioso da "laranja mecânica" até à final, ou pelo colossal jogo colectivo da luminosa Espanha. Foi a partir dos quartos-de-final que o torneio começou a ganhar interesse e relevância, com os candidatos ao pódio a definirem-se em jogos emocionantes, ainda que não totalmente bem jogados. Bom futebol, aliás, foi algo que só a espaços se viu nestas últimas semanas e a final foi o reflexo dessa tendência. A Espanha dominou durante largos períodos, mas os contra-ataques da Holanda destilavam veneno e valeu Casillas contra Robben. Nesse momento, estava escrito que a Holanda sairia derrotada da sua terceira final. Bastante agressivo (os cartões amarelos voavam do bolso do árbitro), o jogo lá foi caminhando para o prolongamento, a Holanda viu-se com menos um quando o deveria ter visto mais cedo, e Iniesta levou os nuestros hermanos ao céu a quatro minutos do final do prolongamento.

 

Vitória justa de uma Espanha que fica com a fama de só ganhar por 1-0, embora faça o suficiente para marcar mais (excepção feita, talvez, com o Paraguai). Olhando para trás, seria um crime que tão enfadonha selecção portuguesa eliminasse tão vibrante fúria vermelha: aqueles "chouriços" que acontecem quando o rei faz anos havia sido a derrota inicial com a Suíça, pelo que, dificilmente, a Espanha voltaria a cair noutra. Porém, falar do Mundial 2010 é falar também de Fórlan que carregou o Uruguai às costas, da coesão não recompensada dos germânicos, dos esforços dos dispensados Robben e Sneijder, da bomba (no mau sentido) que foi o futebol argentino, da desilusão brasileira, do destino cruel dos ganeses, da fraude chamada Inglaterra, do empolamento injustificado da Selecção Nacional (apesar dos históricos 7-0), do polvo, da organização africana, da Shakira, dos árbitros zarolhos, da Larissa Riquelme, do beijo de Casillas à namorada repórter, das insuportáveis vuvuzelas (espero que não se torne moda), de uma Itália expirada, da eterna guerra Adidas contra Nike, ou da birra francesa.

 

Vemo-nos daqui a quatro anos, no Brasil.

 

publicado às 12:48

Espanha 1 Portugal 0

por Antero, em 29.06.10

Nada que ninguém estivesse à espera...

 

Queiroz armou bem a equipa, a primeira parte foi equilibrada e Portugal lá foi aguentando as abébias de Simão e Cristiano Ronaldo, o primeiro a leste do jogo e o segundo a fazer o que dele já se espera e desespera na Selecção. Não gosto de Hugo Almeida, acho-o um cepo de primeira que mal sabe posicionar-se em campo, mas o certo é que a sua presença atemorizava a defesa espanhola e tirá-lo para entrar o inútil Danny foi um erro típico de Queiroz e ao qual Portugal não soube sobreviver. A Espanha apertou e marcou. Eduardo não merecia, tal como Fábio Coentrão que foram os que mais lutaram. Portugal lutou consciente das suas limitações, foi tendo algumas oportunidades e, até ao golo, fez uma exibição surpreendentemente agradável. Depois, a equipa deu o estouro, as substituições secaram de vez um ataque com (poucos) pés e (pouca) cabeça e o pontapé para a frente foi o mote. A Espanha podia (e merecia) ter marcado mais. Valeu Eduardo.

 

Sem drama algum, aceita-se o resultado. Cumpriram-se os serviços mínimos quando já isso nem se pensava ser tangível aquando o sorteio da fase de grupos. Um percurso e uma eliminação normal. Uma pena mas, novamente, nada que ninguém estivesse à espera...

 

publicado às 22:10

Portugal 0 Brasil 0

por Antero, em 25.06.10

A Selecção Nacional está nos oitavos-de-final do Mundial 2010 e, mesmo sem limpar a imagem daquela goleada por 6-2, não fez má figura à frente do eterno candidato e segue em frente. Carlos Queiroz está de parabéns; já fez mais do que aquilo que eu esperava, mas - e nestas coisas há sempre um "mas" - convém dizer que, analisando friamente, a exibição foi fraquinha, com uma equipa demasiado defensiva e unidades que provam que a segunda linha de Portugal é um susto e um atestado de erros na convocatória de Queiroz desde o início.

 

Não me entra na cabeça que nulidades como Ricardo Costa, Duda, Pepe (devido à longa paragem) ou Danny (este até foi dos menos maus) sejam opções válidas para uma equipa que se quer competitiva. Está bem que Dunga deu descanso a uns quantos e até ficou irritado com a passividade do seu grupo, mas é uma pena que depois da exibição categórica frente à Coreia do Norte (selecção muito fraca, por sinal), a equipa volte a mediania do costume. Pedia-se mais. Coentrão encheu o campo na primeira parte e na segunda andou mais apagado (Queiroz deve ter achado que ele atacava demasiado), Eduardo segurou o resultado com duas boas defesas, o meio campo esteve uns furos abaixo desde o último jogo (talvez por receio) e Cristiano Ronaldo surgiu mais solto e egoísta como já é apanágio das suas exibições pela equipa das quinas - o que torna terrivelmente injusta a sua eleição como homem do jogo (pela terceira vez consecutiva!), numa votação popular que a FIFA deveria rever desde já.

 

Cinco pontos, qualificação no bolso, o mais certo é apanhar a Espanha (ganha, neste momento, ao Chile por 1-0) e logo se verá. Mesmo com zero golos encaixados, não dá para depositar grandes esperanças num possível duelo ibérico. E contar com Queiroz para alterar este panorama continua a ser uma opção de risco.

 

publicado às 19:41

Portugal 7 Coreia do Norte 0

por Antero, em 21.06.10

Quem diria?

 

A maior goleada do Mundial (até agora) pela mão de Queiroz. Um resultado que praticamente qualifica a Selecção para a fase seguinte. Certo que ainda não dará motivos para acreditar numa vitória sobre o Brasil, mas injecta confiança na equipa e nos adeptos. Que volta tremenda desde a semana passada! Muito, mas mesmo muito bom, principalmente para mim que não acreditava numa resposta de força por parte do grupo comandado por Queiroz. A saída de Deco (seja por lesão na coxa esquerda, direita ou ambas) para a entrada de Tiago foi o melhor que podia ter acontecido. O meio campo esteve mais ágil, mais rápido e a construir jogo de forma consistente. Miguel fez um jogo certinho no lugar da tartaruga Paulo Ferreira. Coentrão esteve mais solto para fazer as suas arrancadas; Ronaldo lutou muito e jogou para a equipa como há muito não se via; Hugo Almeida e Liedson não me aquecem nem arrefecem, mas fizeram o que se pedia - marcar golos. Todos estiveram muito bem, a Coreia ainda equilibrou na primeira parte, porém, uma entrada a matar no segundo tempo não deu qualquer hipótese.

 

Agora é usufruir deste resultado, mas sem embandeirar em arco e andar de peito inchado. O Brasil está aí, é ver como se comporta o Grupo H e pensar o próximo passo. Que bela jogatana, senhor Queiroz!

 

publicado às 14:15

Costa do Marfim 0 Portugal 0

por Antero, em 15.06.10

Pobre, muito pobre.

 

Para aqueles que ainda reuniam uma ponta de esperança que a Selecção puderia superar as suas dificuldades logo a abrir a sua participação no torneio, este empate comprometedor foi o voltar em força de fantasmas antigos que, não por acaso, tiveram as excepções em 2000, 2004 e 2006. Para todos aqueles que, como eu, não acreditavam que Portugal pudesse dar uma resposta de força no jogo inaugural, é ver as nossas baixas expectativas cristalizadas em campo, embora isto não signifique o desejo do insucesso da Selecção. Há que ser realista, tirar a pala dos olhos e ter bem presente que esta equipa (?) não dá para cumprir os objectivos definidos - condenar a desconfiança dos adeptos como se o apoio cego fosse algo determinante para o sucesso da campanha ou, pior ainda, como se fosse um ataque à Nação é uma atitude que merece o meu desprezo. Se Carlos Queiroz for bem sucedido, eu estarei, com todo o gosto, na linha da frente para morder a língua. Até lá, Portugal está na merda e isto é inegável.

 

A primeira parte foi sofrível. Acompanhei-a durante uma tortuosa espera para ser atendido na Segurança Social, bem como dezenas de outras pessoas. Se esperar numa repartição pública já tem que se lhe diga, ter de levar com um jogo secante como aquele devia dar direito a condenação por parte da ONU por desrespeito aos Direitos Humanos. Faltas atrás de faltas, muitos passes falhados, um remate digno desse nome (ao poste, menos mal) e uma mediocridade de dar sono. Da segunda parte só vi os últimos 20 minutos, mas consta que a Selecção melhorou alguma coisita, porém nada que mereça destaque. Acabar com o credo na boca porque os comandos de Sven Goran Eriksson carregaram no acelerador foi algo impensável. Que Queiroz e a equipa estejam satisfeitos com o empate é algo que só posso classificar como tapar o Sol com uma peneira. Privado de Drogba, Eriksson fez o possível e deu um banho táctico ao teórico Queiroz. A apatia reina, o meio campo emperra na construção de jogo, o ataque raia a nulidade e não fosse a defesa estável e sem comprometer (nem tudo é mau), o estrago podia ser pior.

 

Ainda é possível passar em segundo (nunca acreditei no primeiro posto e muito menos agora), mas o mais certo seria apanhar a Espanha e saltar fora do Mundial. Levando em conta o que se tem visto de há uns meses para cá, aguém ficaria chocado se assim fosse?

 

publicado às 17:08

Sem feeling nenhum

por Antero, em 13.06.10

 

Farto de ver jogos na TV com volume baixíssimo por causa do barulho das irritantes vuvuzelas? Não percebes as analogias profundas do Cristiano Ronaldo (ketchup?) e ainda ficas da dúvida se o defeito é teu? Acreditas que a dispensa do Nani trata-se de uma conspiração para a) tornar a equipa mais defensiva e justificar o mau futebol praticado, b) esconder um possível caso de doping, ou c) Nani entrou para o restrito grupo de jogadores com um QI aceitável e pediu para se pôr a andar o mais cedo possível? Achas que Carlos Queiroz é zero em carisma e sentido de liderança que leve a nau a bom porto? Pensas que o Mundial está a ser uma seca valente, que o jogo mais emocionante foi o... oh!... África do Sul - México, e que isto tem pouco por onde melhorar? Deduzes que os jogadores argentinos dão umas pastilhas a Maradona e treinam por eles próprios? Não suportas ver um jogo na SportTV e, de seguida, assistir ao rescaldo, aos destaques, ao resumo e aos melhores momentos, pelo menos até começar o jogo seguinte? Estás confiante que chegar aos oitavos é um sucesso digno de figurar no CV do Carlinhos, lado a lado com "só apanhei 6-3 do Benfica", "aguentei 4 meses no Real Madrid" e "levei uma cambada de jogadores aposentados a sagrarem-se campeões do Mundo quando eram petizes"? Consideras que, se é para estupidificar o povão, devia haver tolerância de ponte durante os jogos da Selecção que, todos juntos, não deverão passar das 6 horas, ao passo que o Papa deu direito a 3 dias? Já não aguentas o nacionalismo bacoco com a Selecção, o Deco, o Liedson, O Regresso dos Incríveis (de quem?), a Diana Chaves a dançar o Rebolation (argh!) e tens pena pelo Coentrão, pelo Amorim e pelo Simão? Dá-te vontade de comprar produtos de marcas que não estejam associadas à Selecção ou que não te martelem isso na cabeça como se fosse algo muito patriótico?

 

Sim? Então amigo, junta-te ao grupo (que não é do Facebook). O Mundial está aí e convém não andar com as expectativas no topo, por muito que a comunicação social babe e chore, por muito feeling que Queiroz diz que tenha (com o BES a pagar até eu...), ou pelo que informa o ranking menos fiável já concebido e que a própria FIFA desvaloriza. A solução para isto é... não existe solução! É levar com isto pelo menos durante a participação de Portugal no torneio e desesperar que os jogos a sério comecem (Supertaça: Benfica contra ranhosos logo a abrir!). Ou se aprende a gostar de assistir a um jogo de futebol ou nada feito! Não há fuga possível. Acho que nem hibernando se deixaria de ouvir as vuvuzelas.

 

publicado às 18:22

Pragas do mundo moderno #12

por Antero, em 08.06.10

 

 

VUVUZELA

(em pouco tempo, ganhou direito ao Panteão)


publicado às 16:05


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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