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É um pouco impensável que, com o curso superior que frequentei, eu esteja tão a leste no que às "novas" tecnologias diz respeito. Eu brinco sempre com a situação e digo que estou 1 ano atrasado em relação aos meus colegas. Criei um blogue quando já muitos o tinham, a conta no Twitter já foi muitos meses depois da malta aderir, resisti ao Hi5, não uso NetVibes ou outros agregadores de feeds e só recentemente me inscrevi no Facebook. Muitos podem chamar-me "Maria vai-com-as-outras" ou mesmo preguiçoso, mas eu prefiro deixar que os outros experimentem as incontáveis redes sociais que nascem como coelhos (a nova onda é o Formspring) a depois atiro-me de cabeça. A curiosidade só surge depois de muita pressão. Se não gostar, adeus e obrigado por nada.
O pior é quando me vicio.
Que é o que está a acontecer com o Facebook. Achava eu que aquilo seria outro Hi5 populado por conversas, fotos e assuntos sem interesse, mas não; aquilo é outro pedigree (embora os assuntos sem interesse continuem lá, mas - a um nível mais extremo - qual o interesse de um Twitter ou de um blogue?). E não tenho Farmville e sou pouco dado a quizzes, mas que a coisa vicia, lá isso vicia. Por isso tenho tanto medo: o tempo já é tão curto para o meu blogue, o meu Twitter, o meu Facebook, mais ver os dos outros, ler, analisar, comentar, discutir e repetir o processo ad infinitum.
O povo pensa que estas coisas nos vêm facilitar a vida, quando não é bem assim: ver o que outros andam a fazer passou a ser um objectivo, dizer o que andamos a fazer passou a ser uma meta, é a cultura da cusquice e da tertúlia ao mais alto nível. Se é assim, mais vale ser tecnologicamente retardado e vivermos analogicamente felizes. E os geeks não terão a sua vingança. Fica o aviso para os demais que eu já não tenho salvação.