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...e que seja recheado de prendas. Eu cá já pedi o meu presente à mamã: um pijama de flanela que é o que vem a calhar para estes dias de frio sibérico!
5 da manhã...
...e ainda acordado...
...e sem sono...
Notas mentais:
- mudar o meu CV para vigia nocturno;
- deixar de cobiçar os produtos das televendas;
- usar a net móvel só na happy hour (9-16h);
- começar a despachar séries atrasadas (Dexter, Damages, Weeds, Entourage, ...);
- tratar de procurar um emprego a sério;
- ou um a brincar, só para ocupar o tempo;
- comprar ou não comprar prendas de Natal: o dilema;
- vigia nocturno seria porreiro;
- ...
- parar de divagar e ir dormir.
...não recebi nada este Natal! Tirando uns trocos de uns familiares que insistem neste tipo de coisas, o que eu agradeço, mas não exigo, o certo é que não recebi mesmo nada este ano. E não me sinto mal com isso. Depois do jantar cá em casa com os pais e o irmão - que, invariavelmente, passa sempre por bacalhau - estivemos 3 horas na mesa à conversa e a degustar várias sobremesas (eu não porque, para além de não ser grande fã, ainda tenho os intestinos feitos num oito devido à diarreia que me afligiu estes dias). E foi óptimo estarmos todos à conversa, rimo-nos imenso. Os meus pais trabalham de sol a sol e os filhos estão crescidos e cada vez menos em casa. Ou seja, ocasiões como estas vão escassando com o tempo. Por falta de disponibilidade. Por cansaço. Ou até mesmo por falta de vontade. Dificilmente, haveria melhor prenda para cada um dos quatro cá de casa.
Votos de Bom Natal para quem esteja desse lado e se interessar por estas coisas. Confesso que a mim passam-me um bocado ao lado estas festividades e tradições natalícias, mas é Natal e a minha boa acção da época será aliar-me ao politicamente correcto. Sim, pareço um velho ranzinza, e depois?
Tenho vários traumas de infância: de ir ao circo, de escaldões apanhados na praia, de carrinhos de choque, de supositórios, de feijão frade, entre outras coisas. Mas o Natal dos Hospitais é O trauma! Era eu um pivete e andava num infantário com designação do tempo da outra senhora e, todos os anos, o ritual cumpria-se: num determinado dia da semana (mas sempre perto do Natal), juntavam todos os putos de todas as idades do infantário, ligavam a televisão (que, para putos no início dos anos 90, era algo quase celestial) e, PUMBA!, tomem lá Natal dos Hospitais horas a fio! Nada de desenhos animados de final de tarde da RTP 2, nada de acompanhar a novela Vamp, nem ao menos o Caderno Diário. Para controlar as massas só um interminável e turtuoso Natal dos Hospitais! E claro que aquele desfile de cantoria pimba, de mensagens bondosas, de generosidade alheia e de outras acções plenas de sacarose pode ter boas intenções, mas ninguém me tira da cabeça que aquilo servia para alienar a população. Não se faz isto a puto que ainda anda na primária!
Se há coisa que me tem lixado o juízo nos últimos dias é andar pela minha cidade, Espinho, durante o dia e ouvir aquelas ridículas, insossas e já gastas músicas de Natal. As ruas comerciais enfeitadas mais parecem gigantescos centros comerciais, ao qual "covers de músicas conhecidas, mas com um toque natalício" dão o toque final (final mesmo! Nessas alturas apetece-me morrer). Há uns anos, a CP fez o mesmo, o que tornava as minhas viagens diárias de comboio autênticos testes à paciência humana. Mas alguém acha que aquilo alegra os espíritos cá da malta? Acho tudo aquilo deprimente ao máximo. Ora atentem: pessoas deambulam pelas ruas, olhando para as montras para evitar olhar para as suas carteiras vazias, ao som de um alegre (e insuportável) "Santa Claus Is Coming To Town". Quase que diria que é gozar com a cara das pessoas. Já que a carteira não aguenta com nada, é torturá-los pelos ouvidos. Talvez o povo pague para desligarem a música.
PS: parabéns àCátia, amiga do peito e pronto-socorro aqui do estaminé. Passem lá no blog da moça e deixem os parabéns. Ela merece!