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Bem, parece que o FC Porto vai mesmo à Liga dos Campeões. Porque são inocentes? Nada disso! Parece que as altas esferas do futebol europeu continuam com dúvidas sobre a validade dos castigos a aplicar (o quê? Outra vez?) e então volta tudo ao mesmo e espera-se uma decisão final final final (não é engano). As piruetas do senhor Gonçalves Pereira e companhia deram resultados: adiar ao máximo as decisões, confundir tudo e todos e está o erro remendado por agora. Perde o Benfica, que, assim disputa a Taça UEFA? Não! O Benfica fez o que lhe competia. Perde o país com as figuras tristes que aconteceram nas últimas semanas e o silêncio de outros face a essas figuras. Porque todas estas cambalhotas de "decisão sim, decisão não" terá pouco a ver com o Benfica, mas muito a ver com o FC Porto. Já agora, quem foram os clubes que votaram contra as alterações ao regulamento que previam penas mais duras para actos de corrupção? Pois, os do costume... e consta por aí que Carolina Salgado prepara novo livro, com supervisão de Marinho Neves. Se a ex-dama e actual praticante da actividade mais velha do Mundo age por interesses nada louváveis (embora isso não lhe tire a credibilidade toda), Marinho Neves está acima de qualquer suspeita. Não que eu queira relacionar os dois factos...
Mas o que me leva a escrever este post é a edição de hoje do jornal O Jogo. A capa é um mimo: "FC Porto nas Champions Ponto Final". Amigos, o ponto final já tem um sinal atribuído tipo... há séculos, não é necessário escrever mesmo tudinho. Ah! mas era "ponto final" porque a decisão é final? Assim, final final final? Não, porque a UEFA ainda pode voltar atrás (embora seja improvável). Mas a capa não é pior. Muita gente reclama das inenarráveis capas do Record, e longe de mim defendê-las, mas os artigos d' O Jogo também são qualquer coisa. Daqueles de saltar os olhos das órbitas. Ora atentem:
O romeno Sapunaru fez ontem de manhã o primeiro treino à vista dos jornalistas e o segundo para Jesualdo apreciar as suas qualidades. Desde logo o que chamou a atenção foi a compleição física do defesa-direito contratado ao Rapid, porque 187 centímetros não passam despercebidos a ninguém, ainda mais se o ponteiro da balança parar nos 81 quilogramas. Um defesa de respeito, portanto. Mais rápido do que encontrar os adjectivos para o catalogar foi perceber a alcunha pela qual os companheiros já o tratam. "Sapu", evidentemente, para evitar que as línguas fiquem enroladas e o lance se perca nessas milésimas de segundo.
Chamam-lhe silly season. Eu chamo-lhe imbecilidade. Quem foi o cretino que escreveu isto? E isto é recorrente no jornalismo português: informações enviesadas, notícias deturpadas, objectividade de conteúdo para o raio que o parta, endeusamento de figuras que nem têm provas dadas, imprecisões, medo de defender uma posição e branqueamento de situações escandalosas (nem vou pegar nos erros ortográficos). O que me leva à seguinte consideração, que já vem sendo feito há muito tempo e não se relaciona somente com o jornalismo desportivo: os media oferecem aquilo que o público quer ou somos nós que engolimos toda a porcaria que nos deitam no prato?