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Um rápido rescaldo dos Oscars 2012*

por Antero, em 27.02.12

Invasão francesa em Hollywood: o maravilhoso O Artista arrecadou 5 prémios da Academia, três deles dos mais importantes (Filme, Realização, Ator) empatando, mesmo em cima da meta, com o novo projeto de Martin Scorsese, A Invenção de Hugo, este com cinco estatuetas, mas de categorias técnicas. Numa cerimónia marcada pela previsibilidade costumeira da Academia, Billy Crystal voltou pela nona vez ao lugar de anfitrião e mostrou por que é, nos últimos anos, um dos melhores a comandar o evento, com tiradas subversivas e um apelo cómico universal capaz de conquistar toda a gente.

 

Meryl Streep viu finalmente ser-lhe atribuída o terceiro Oscar da sua carreira num filme muito pobre que vale exclusivamente por ela (de qualquer forma, a nova consagração de Streep peca por tardia), as passo que o veterano Christopher Plummer viu reconhecida toda uma excelente carreira e Octavia Spencer foi a protagonista daquele que foi, provavelmente, o prémio mais injusto da noite, visto que As Serviçais é uma obra mediana catapultada por uma adoração inexplicável por parte dos votantes.

 

No mais, a Academia mostrou que continua a amar Woody Allen, ainda que este esteja nas tintas, e como facilmente os filmes de Alexander Payne são bem recebidos e a excelente animação Rango favoreceu-se de um ano em que a Pixar fez greve com o fraco Carros 2. Momentos memoráveis da cerimónia, só as intervenções do Sapo Cocas e Miss Piggy e a divertida Emma Stone.

 

* Crónica publicada no jornal Maré Viva, de Espinho, na edição de 29 de Fevereiro de 2012.

 

publicado às 23:03

Um rápido rescaldo dos Oscars 2011*

por Antero, em 28.02.11

Para uma instituição que se orgulha de premiar a excelência da Sétima Arte, a Academia devia arriscar mais um pouco quer na execução da cerimónia quer na atribuição dos prémios. A festa foi mais do mesmo, sem nenhum rasgo de vitalidade e só a cumplicidade entre James Franco e Anne Hathaway foram salvando, aqui e ali, as mais de três horas e meia do espectáculo. Quanto aos prémios, vê-se mais uma vez o conservadorismo da Academia em acção e este ano até tinha muito por onde inovar: O Discurso do Rei é um bom filme, sem dúvida, mas é “certinho” e previsível demais, daqueles que quase todos somos obrigados a gostar. Num ano que contou com obras assombrosas como Toy Story 3, A Origem, Cisne Negro e Indomável, premiar o “jogo seguro” da história do Rei Jorge VI e o trabalho do seu realizador (cuja categoria não incluía o nome de Christopher Nolan – uma heresia, portanto) é algo injusto e, diria eu, cobarde.

 

Salvam-se as categorias de interpretações, todas elas merecidas e esperadas, e o reconhecimento (mínimo) do trabalho de Aaron Sorkin em A Rede Social e dos aspectos técnicos de A Origem, onde mais uma vez faltou a nomeação para Melhor Montagem (e, convenhamos, tirar a estatueta de Melhor Fotografia a Indomável também não me pareceu muito acertado. Dá para ver o baixo nível de entretenimento de uma cerimónia quando o maior destaque da mesma é o “fucking” dito por Melissa Leo. Talvez se lembrem de Ricky Gervais para o próximo ano. E depois expulsam-no de Hollywood.

 

* Crónica publicada no jornal Maré Viva, de Espinho, na edição de 01 de Março de 2011.

 

publicado às 18:35

Um rápido rescaldo dos Oscars 2010*

por Antero, em 08.03.10

A expressão que mais se usará para comentar esta cerimónia de entrega dos prémios da Academia de Artes e Ciências é “David venceu Golias”: Estado de Guerra arrebatou 6 estatuetas contra o favoritismo de James Cameron e o seu Avatar. Numa cerimónia que até contou com algumas surpresas (como no Melhor Filme de Língua Não-Inglesa, por exemplo), cedo se reparou que Kathryn Bigelow iria ganhar a disputa ao ex-marido, quando amealhou as categorias de Som e manteve a tradição de juntar o prémio de Melhor Montagem com a consagração de Melhor Filme. Ignorado pelo público (e as distribuidoras têm quota parte de culpa), o filme foi resgatado pela crítica e desde logo começou a chamar as atenções em inúmeros festivais e premiações. Para Cameron ficam os milhões das bilheteiras e o impulso económico que deu à indústria cinematográfica.

 

De resto, nada de muito surpreendente: Jeff Bridges no céu com Crazy Heart, Mo’nique vê a sua visceral interpretação em Precious novamente reconhecida, Christoph Waltz a provar que as previsões que já vinham desde Agosto não eram descabidas, e Sandra Bullock, que no mesmo fim-de-semana foi agraciada com o Razzie para Pior Actriz, vê-se de estatueta nas mãos graças à sua sobrevalorizada prestação em Um Sonho Possível. Quanto à cerimónia, esta foi bem mais ágil e expedita que as anteriores, Steve Martin e Alec Baldwin revelaram boa química, mas eu ainda prefiro um apresentador no palco, Ben Stiller roubou as atenções com a sua caracterização à Na’vi. Agora é esperar que a colheita do próxima ano seja tão boa ou melhor que este.

 

* Crónica publicada no jornal Maré Viva, de Espinho, na edição de 09 de Março de 2010.

 

publicado às 21:00

Rapidinhas #3

por Antero, em 13.04.09

Assim a modos de recapitulação:

  • acho que nunca transpirei tanto na minha vida como nas idas ao ginásio. Aliás, eu nem sabia que era capaz de transpirar;
  • apresentações em Flash fazem-se com uma perna atrás das costas, mas ter de voltar ao "arcaico" Powerpoint é chato, porém desafiante;
  • admito: estou viciado no American Idol, via Fox Life. O meu sonho é vir a ser como o Simon Cowell. O meu pesadelo é vir a tornar-me numa Paula Abdul;
  • assim à oitava ou nona crónica sobre cinema para o jornal Maré Viva escrevi a minha primeira crítica negativa. Mas Gran Torino é mesmo fracote. Não há desculpa para tamanho tropeção de Clint Eastwood. Ou melhor, até há: rever Mystic River e Million Dollar Baby e acabamos por desculpar tudo ao homem;
  • o FC Porto não vai passar pelo Manchester United: Jesualdo vai ser cagão, Helton vai frangar, Lisandro e Hulk vão falhar golos feitos e o United não vai perdoar. Mas, se isto não ocorrer, conto com a intervenção do senhor Platini: amigo, quer mesmo aquela gente nas meias-finais? Veja lá isso!
  • O Benfica jogou bem e perdeu. Mais um ano atrás do Sporting. Coisa indigna essa de ficar atrás de um clube que sofre 12 golos em dois jogos. Mas também é à frente do Benfica que aquela gente é feliz, então bora lá cantar a música do Ovo Kinder: "Felicidade!...";
  • É incrível como as ruas de Espinho são remendadas a toda a hora, mas basta vir uma chuvada célere e os buracos trazem reforços;
  • novo álbum de Blasted Mechanism ali na pasta pronto a ouvir;
  • troquei de telemóvel. Tarde e a más horas, mas está trocado. Menos um empecilho na minha vida. Faltam só 295...

publicado às 22:03

Um rápido rescaldo dos Oscars 2009*

por Antero, em 23.02.09

No último Domingo, foram entregues os prémios máximos da indústria cinematográfica: os vulgarmente denominados de Óscares. Infelizmente, só pude acompanhar a gala até cerca de metade, mais ou menos no momento em que o falecido Heath Ledger arrebatou o prémio para melhor actor secundário e recebeu uma merecida aclamação de pé (aliás, a cerimónia foi repleta de ovações).

 

Não houve grandes surpresas: Quem Quer Ser Bilionário? foi o grande vencedor, deixando O Estranho Caso de Benjamin Button quase de mãos a abanar; a disputa entre Sean Penn e Mickey Rourke deu vantagem ao primeiro (que não esqueceu o “rival” no seu belo discurso) e Kate Winslet viu o seu valor finalmente reconhecido. Do que vi, a cerimónia teve alguns pontos de interesse, como Steve Martin e Tina Fey, Ben Stiller a imitar Joaquin Phoenix e Hugh Jackman desenrascou-se bem como anfitrião.

 

Por outro lado, ter vários premiados anteriores a fazer dedicatórias aos actuais nomeados é daquelas ideias boas no papel, mas que depois soa lamechas e cansativa. Os números musicais, com excepção do primeiro, também não conseguiram sair da boçalidade que os caracteriza. Acima de tudo, os Óscares são um evento, uma festa e uma celebração de uma indústria. Como tal, não se deve levar a sério as incongruências da Academia, o seu conservadorismo (que sempre existiu) e as suas injustiças (pessoalmente, achei os principais nomeados indignos de serem considerados a nata de 2008). Mas entretenimento é mesmo assim e para o ano há mais.

 

* Este post é, na verdade, o meu primeiro artigo sobre Cinema para o jornal Maré Viva de Espinho, cujo director é o meu colega e amigoNuno Neves. O meu primeiro passo para a fama está dado! Agora vou dormir um pouco senão logo à noite dificilmente me aguento em pé.

 

 

publicado às 16:30


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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