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Humpf!

por Antero, em 01.01.10

O ano acabou de perfazer oito horas e aqui estou à frente do computador. Normalmente, estaria a chegar a casa, semi-embriagado, depois de uma noite de farra, mas desta vez foi diferente. Oacidentede anteontem deitou todas as meus planos por terra. Passei a meia-noite em casa, com os pais, acompanhado pelas minhas novas amigas (a Mu e a Leta), com a perna esquerda levantada e televisão ligada na TVI. Estava a dar a final de um programa qualquer com a Júlia e o Goucha (esqueci-me do nome) onde crianças cantavam (mal e porcamente) músicas conhecidas e habilitavam-se a um prémio de 25 mil euros. É bom, mas também não é assim tanto dinheiro. Uma passagem de ano na TVI é um espectáculo de brejeirice total e, se não é a melhor forma de começar o ano, pelo menos é coerente com a política do canal. Já não devia acompanhar um fim de ano pela TVI desde que o Zé Maria ganhou o Big Brother.

 

Engraçado lembrar-me do Zé Maria (onde pára essa criatura?), uma vez que essa foi o primeiro réveillon que saí com os meus amigos até o Sol nascer. E desde então tem sido assim: doze badaladas em casa e, 15 minutos depois, salta para a rua. Este ano seria diferente; havia casa alugada no meio do monte, bebida, comida, Party & Co., PES 2009 (que o 2010 está difícil de entrosar) e churrasco no dia seguinte. Acabou por ser diferente realmente. Há dois dias que estou praticamente na cama, sem sair de casa, a ver filmes, a dormir muito, a fumar pouco (menos mal), a tentar que o inchaço passe depresa para poder sair nem que seja para ir à beira-mar respirar ar puro. Embora o mais certo seria ser arrastado por uma onda ou levado pelas rajadas de vento.

 

Por isso, meus amigos, por muito má que tenha sido o vosso réveillon e não tenham grandes expectativas para 2010, lembrem-se que eu estou com o pé engessado, foi um circo tremendo para tomar banho, e estive na companhia de espumante rasca, dos berros da Júlia, das piadas do Goucha e da canalha sem jeito para cantorias. O pior fim de ano que eu podia imaginar. Se isto for um prenúncio para os próximos 12 meses, alguém me dê um soporífero de longa duração e salta-se já para 2011.

 

publicado às 08:09


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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