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Mérito para Luís Filipe Vieira que acreditou em Jesus e soube estar calado em momentos-chave, limitando-se ao essencial. Parabéns a Rui Costa por manter o grupo unido e plenamente entrosado com o clube. Aos jogadores, desde o mágico Aimar ao genial Saviola, passando pelo canhão Cardozo, o polivalente Ruben Amorim, o dedicado David Luiz, o muitas vezes inconsequente Di Maria (que me tira do sério com as suas fintinhas), ao patrão Luisão, o acelerado Weldon, o esquentado Carlos Martins, o (in)seguro Quim, o "elástico" Ramires, o Fabinho, e aquele que foi, para mim, a surpresa deste ano, Javi Garcia, a todos eles parabéns, sois campeões no maior clube português. A todos os outros também, até ao "coxo" Luís Filipe! Todos foram importantes. Porém, ninguém foi mais importante que o grande Jorge Jesus. Ele pode ser asneirento, não ter o dom da fala, mascar chiclete e berrar imenso, mas sabe o que faz e é dos melhores naquilo que faz. Quique era bem falante, uma simpatia, mas faltava-lhe o pulso, a garra, aquele instinto dos campeões. Jesus podia até ficar pela Taça da Liga, mas devolver a crença e o bom futebol para os lados da Luz já seria um prémio inegável.
Prémio esse que foi agora materializado: o Benfica é Campeão!
PS: a convocatória de Carlos Queiroz para o Mundial é tão anedótica que nem merece grandes considerações. Mérito a Queiroz pela sua coerência (e isto deve ser louvado): a lista de escolhas é coerente com a sua mediocridade como seleccionador nacional. Prevejo uma curta estadia pela África do Sul...
Domingo à noite fui à bola. Coisa combinada em cima do joelho, assim à maluqueira. Mesmo com uma baixa de última hora, lá nos metemos a caminho logo a seguir ao almoço. Qualquer ida à Luz implica o mesmo de sempre: duas horas e tal de viagem até às portagens de Alverca, trânsito infernal entre o Aeroporto e Benfica, arranjar estacionamento no primeiro buraco disponível, comer qualquer coisa, entrar no recinto (o que pode ou não demorar, tendo em conta a enchente) e esperar. Só que desta vez tivemos vento e (muita) chuva a fazer companhia, o que acarretou um realojamento voluntário de meia bancada, e ficámos atrás dos caramelos da Benfica TV, aqueles moços que estão no meio do público a fazer o "relato televisivo" do jogo em questão com um televisor ao lado. Ou seja, paguei bilhete e ainda tive direito às repetições na hora.
Como qualquer adepto de sofá, ver um jogo ao vivo não é algo que me empolgue por aí além. Por isso, tento sempre ficar num anel superior, se possível numa bancada central, de forma a ter o mais próximo de uma perspectiva de telespectador. Em casa (ou no café, seja) estamos limitados àquilo que a TV nos mostra, ela é rainha e senhora de nós. No estádio, a atenção pode dispersar-se a cada momento - e pelas coisas mais mundanas - e, olha, golo do Benfica que eu perdi. Outra coisa de ver jogos ao vivo: já se sabe que a antecipação acaba por ser, maioritariamente, melhor do que o jogo em si. O tempo passa num instante: num minuto estamos a saudar a equipa e, logo a seguir, recolhem aos balneários. Se estivermos a perder, pior ainda.
De qualquer forma, não posso dizer que tenha saído chateado: 4 golos, boa exibição e uma tendência a mudar na minha condição de azarado benfiquista (já tínhamos ganho em Paços de Ferreira). Saviola marcou um golão, algo que eu pude assistir in loco quase em câmara lenta, e Cardozo fez um hat-trick. Com a chuva a empapar o terreno não deu para mais, mas já deu para ficar satisfeito. E do jogo, tirei as seguintes ilações:
Agora fiquei com o bichinho para voltar lá dia 20 (ó Sinuhé, tu avisa se queres ir e a gente trata disso, homem!), mas não sei se devo arriscar a testar novamente a minha crónica maré de azar em jogos ao vivo. Este ano foram dois jogos e duas vitórias esmagadoras, mas ainda não estou convencido: tendo em conta o adversário, seria para me chatear imenso, ficar rouco e tudo o que me sairia da boca seria de 'filho da puta!' para baixo.
E todos sabem como eu sou um rapaz pacato e pouco dado a espectáculos de baixo nível...