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É um pouco impensável que, com o curso superior que frequentei, eu esteja tão a leste no que às "novas" tecnologias diz respeito. Eu brinco sempre com a situação e digo que estou 1 ano atrasado em relação aos meus colegas. Criei um blogue quando já muitos o tinham, a conta no Twitter já foi muitos meses depois da malta aderir, resisti ao Hi5, não uso NetVibes ou outros agregadores de feeds e só recentemente me inscrevi no Facebook. Muitos podem chamar-me "Maria vai-com-as-outras" ou mesmo preguiçoso, mas eu prefiro deixar que os outros experimentem as incontáveis redes sociais que nascem como coelhos (a nova onda é o Formspring) a depois atiro-me de cabeça. A curiosidade só surge depois de muita pressão. Se não gostar, adeus e obrigado por nada.
O pior é quando me vicio.
Que é o que está a acontecer com o Facebook. Achava eu que aquilo seria outro Hi5 populado por conversas, fotos e assuntos sem interesse, mas não; aquilo é outro pedigree (embora os assuntos sem interesse continuem lá, mas - a um nível mais extremo - qual o interesse de um Twitter ou de um blogue?). E não tenho Farmville e sou pouco dado a quizzes, mas que a coisa vicia, lá isso vicia. Por isso tenho tanto medo: o tempo já é tão curto para o meu blogue, o meu Twitter, o meu Facebook, mais ver os dos outros, ler, analisar, comentar, discutir e repetir o processo ad infinitum.
O povo pensa que estas coisas nos vêm facilitar a vida, quando não é bem assim: ver o que outros andam a fazer passou a ser um objectivo, dizer o que andamos a fazer passou a ser uma meta, é a cultura da cusquice e da tertúlia ao mais alto nível. Se é assim, mais vale ser tecnologicamente retardado e vivermos analogicamente felizes. E os geeks não terão a sua vingança. Fica o aviso para os demais que eu já não tenho salvação.
5 da manhã...
...e ainda acordado...
...e sem sono...
Notas mentais:
- mudar o meu CV para vigia nocturno;
- deixar de cobiçar os produtos das televendas;
- usar a net móvel só na happy hour (9-16h);
- começar a despachar séries atrasadas (Dexter, Damages, Weeds, Entourage, ...);
- tratar de procurar um emprego a sério;
- ou um a brincar, só para ocupar o tempo;
- comprar ou não comprar prendas de Natal: o dilema;
- vigia nocturno seria porreiro;
- ...
- parar de divagar e ir dormir.
Adicionei dois links para dois blogs de ex-colegas meus da faculdade, retirei outros tantos que já estavam parados há bastante tempo e ainda corrigi um ou outro que estavam errados. Incluí também ali ao lado a caixinha doTwittercom ligação para a minha conta. O Twitter é uma coisa engraçada embora meio inconsequente: é como enviar SMS's para o nosso grupo de contactos online sobre o que andamos a fazer, mas cujas informações vão para além dos batidos e limitados "Ocupado", "Ausente" ou "Volto Já". Pelos vistos podemos enviar mensagens através do telemóvel, apesar de eu achar que se telefonasse à Vodafone a perguntar sobre os possíveis pagamentos e viabilidade técnica, o espectacular atendimento telefónico ainda pensaria que eu estivesse a falardisto.
Um agradecimento especial àCátia, a minha bóia de socorro nestas coisas tecnológicas todas prá frentex (e pensar que tirámos os dois o mesmo curso...).
Eu devo ser o Novo Tecnólogo da Comunicação menos característico possível. Primeiro, nunca estou a par de nada: a semana passada, foi lançado o novo browser da Google e eu a nadar no assunto; há poucos dias, apareceu uma notícia do Second Life na RTP e eu para mim: Isto ainda existe?. Segundo, sou muito avesso a novas actualizações nos programas que utilizo: o meu iTunes estancou há cerca de 5 versões e só instalei o Mozilla Firefox 2 (vejam só, o dois!) porque estava com problemas com o plug-in do Quicktime. Depois, nunca fui fã de jogos de computador (aguentei o Age of Empires II uma tarde e fartei-me), a programação sou pouco mais que zero à esquerda e se me falha o CD de instalação de um hardware qualquer está o caldo entornado.
Isto tudo porque um amigo meu emprestou-me um router que ele já não precisava e como ter uma rede sem fios cá em casa até dá bastante jeito, tratei de o instalar hoje de manhã. Bem, o mal não pode ser meu porque segui os passos todos e mais alguns, mas ele não funciona. O meu portátil, aqui mesmo ao lado, não detecta nenhuma rede. E poucas coisas me irritam tanto como ver um aparelho com as luzes certas todas ligadas e nada funcionar! No entanto, no computador cá de casa continuei com a ligação por cabo (agora através do router) e não custa nada testá-la, certo? Comecei por ligar o YouTube para carregar uns vídeos em simultâneo e iniciei o download do episódio desta semana do Entourage.
Apanhei um susto! A net ficou relativamente mais lenta, mas isto já era esperado. No entanto, o download encravou umas 5 vezes, pelo que tive de pausar e retomar o mesmo em cada uma delas. Com o YouTube foi pior: poucos vídeos carregavam até ao fim e aqui não havia "pausar e retomar": toca a actualizar a página! Sinceramente, já começo a desconfiar se quero mesmo uma ligação sem fios cá em casa: se com cabo é assim, fará com wireless e ainda por cima no meu portátil que já suspira pela sucata. E o pior é que nem tenho a certeza se a rede tem alcance na casa toda.
Porém, acho que isto tudo está relacionado com uma certa maldição lançada sabe-se lá por quem sobre a minha casa. Diz a mesma que nenhum aparelho cá em casa está imune a defeitos e, mais cedo ou mais tarde (normalmente, é a primeira), começam os estragos. Já foram computadores, portáteis, televisores, telemóveis, a powerbox da TV Cabo, leitores de DVD, uma pen, aparelhagens, um disco externo (ok, o problema deste era não ser resistente à força da gravidade) e até o micro-ondas. Não há por aí uma alma caridosa que queria exorcizar este espaço? Como estou desempregrado, o pagamento fica por um eterno agradecimento. Chega?