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Contém spoilers!
A minha caraGuirelembrou-me um filme que vi recentemente e que me deixou desfeito. Literalmente. O Rapaz do Pijama às Riscas é o seu nome. Muita gente não sabe, mas eu sou um completo lingrinhas a ver filmes. Quando um filme me toca lá no fundo, solto a Maria Amélia que há em mim e lá vai lágrima. Pena é que poucos filmes atinjam esse estatuto. Mas quando o assunto é o Holocausto e o drama é tão bem construído como neste fabuloso exemplar, está o caldo entornado. Ainda hoje não consigo perceber como a Humanidade foi capaz de algo tão atroz (embora não seja um exemplo isolado, infelizmente).
Mas o certo é que O Rapaz do Pijama às Riscas não parecia caminhar para me deixar aos prantos. Mas deixou. Muito. Filmes sobre o Holocausto há aos pacotes. Bons e maus. Mas este, que celebra algo como a inocência das crianças e o valor da amizade, parecia ser mais uma peça razoável sobre um tema vastamente explorado. Isto até chegarmos aos 10 minutos finais que, numa resolução rápida e impactante, apanhando o espectador desprevenido, gera um momento de angústia tão profundo que dei por mim completamente lavado em lágrimas. Depois temos a maravilhosa composição de James Horner, indivíduo cujo trabalho não me aquece nem me arrefece, mas que aqui atinge um equilíbro assustador entre os diferentes temas abordados no filme (numa banda sonora já adquirida por mim). E temos Vera Farmiga que, cada vez mais, se revela uma senhora actriz. Já faz parte das minhas preferências, juntamente com Kate Winslet e Jennifer Connelly.
Com vocês, o final d' O Rapaz do Pijama às Riscas. Quem viu, que reveja. Quem ainda não viu, que passe bem longe. Vão estragar uma bela experiência.