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Nunca gostei deste legume. Quando era petiz e andava num infantário, certa vez deram-me a comer esta iguaria cozida e tive uma reacção alérgica tão forte que, a partir daí, vomitava sempre que comia tal repasto. Ainda hoje, só o cheiro de feijão-frade cozido é o suficiente para me dar naúseas e fica desde já o aviso para qualquer boa moça que se queira juntar aqui ao je: feijão-frade na mesa é motivo para divórcio sem direito a partilha de bens, pensões e outras compensações.
Serve isto para falar de uma banda que repudio há imenso tempo e que agora atingiu o seu ápice: os Black Eyed Peas. Essa praga da indústria discográfica deve ter uma receita mágica para criar música descartável que, por razões desconhecidas, ficam no ouvido e se recusam a sair (os chamados earworms). Razões ainda mais desconhecidas, pelo menos para mim, é a razão do seu sucesso. Os Linkin Park eram uma espécie semelhante, mas agora ninguém lhes liga nenhuma. Os Black Eyed Peas, principalmente desde que a insuportável Fergie juntou-se ao grupo, andam por aí há 6 anos! O prazo de validade deles não se esgota, é constantemente renovado por uma massa de gosto duvidoso ou totalmente alienada pelo que a comunicação social impinge. Quando ouço as batidas de um I Gotta Feeling ou de um Boom Boom Pow apodera-se de mim um desejo incontrolável de enfiar uma Black & Decker tímpano adentro. E as letras, mas o que é aquilo? My Humps? Let's Get It Started? Hey Mama?
A malta fala do anúncio do Pingo Doce, mas o verdadeiro sinal do Apocalipse está a uma estação de rádio de distância.