Combustíveis
Há uns anos, o povo português suplicava ao Governo que liberalizasse os preços dos combustíveis, acreditando na ideia que a existência de várias opções faria com que os preços baixassem. Hoje, sabemos que não é bem assim: basta a gasolineira-mor subir um cêntimo que seja para as restantes seguirem-lhe as pisadas, levando o povão ao desespero. Agora, pede-se ao Governo que baixe o imposto para atenuar a subida do preço do crude. Moral da história: tuga que é tuga, nunca está satisfeito!
Selecção Nacional (outra vez…)
Ainda nem uma semana passou desde a final da Liga dos Campeões, dita por finalizar a época a nível de clubes, e já não posso com a Selecção de todos nóis. Já não bastassem os anúncios de toda e qualquer marca anunciada como “patrocinador oficial” ou, para quem não conseguiu tão nobre distinção, “[inserir nome da marca] apoia a Selecção de Portugal!”, os directos de Fontelos que não acrescentam rigorosamente nada ao dia-a-dia futebolístico, passando até por analisar os dias de folga dos jogadores, agora temos uma parafernália de programas diários de “apoio” à Selecção, dos nossos “heróis” e das nossas cores. Junta-se a isto a colaboração no “apoio” de personalidades como Roberto Leal, Tony Carreira e Ronalda, também conhecida como aquela-cujo-nome-é-para-homenagear-o-irmão-e-não-para-tirar-dividendos e temos a receita para vários momentos constrangedores. Mas o mais inacreditável é haver portugueses que se queixam por não haver bilhetes para os treinos da Selecção! Que se lixem os combustíveis, o sistema de saúde, as falhas do ensino, a corrupção e as remunerações abaixo de cão! A falta de bilhetes sim, é um ultraje! E ainda por cima vamos ter aturar o Euro nos delírios audiovisuais da TVI (principalmente, áudio), o que é péssimo presságio para a equipa: das duas vezes em que a estação conseguiu o exclusivo dos jogos da Selecção – europeus de sub-21 – Portugal amargou em prestações miseráveis.
Quique Flores
É o novo treinador do Benfica e, até prova em contrário, é o melhor treinador do Mundo! Estou a exagerar, obviamente: não sou daqueles benfiquistas que acha que se deve apoiar incansavelmente treinador, jogadores e direcção, tanto mais que num clube que se diz democrático mesmo antes do Estado Novo, cada um deve ter direito à indignação, desde que seja feita no tempo certo e educadamente (termos desconhecidos lá para os lados das Antas). Não me desagrada a sua escolha, embora digam que o seu estilo seja muito Trappatoni, ou seja, coração nas mãos todos os jogos, mas o Benfica precisa mais de resultados do que de jogar bem. Dou-lhe o benefício da dúvida.
Festival da Canção
Pela primeira vez, em muitos anos, acompanhei a gala da Eurovisão, tanto a semifinal como a final. Claro que não a segui atentamente, tanto mais que nem sequer assisti à prestação de Portugal (em ambas as ocasiões), mas segui cuidadosamente a atribuição dos pontos. Foi uma alegria: países vizinhos a darem pontuações altas entre si, o que era mais notório nos países de Leste, embora os “latinos” não tenham fugido à regra. O mais engraçado foi que Portugal atribuiu os pontos mesmo à maneira de não baixar no ranking (estava em 10º ou 11º na altura) e a pontuação máxima foi atribuída à Ucrânia, como forma de agradecimento pelos serviços prestados na elevação de tantas edificações arquitectónicas. Não há chico espertismo como o português! Na minha opinião, cada um devia era votar no país que se encontra na presidência da União Europeia no momento, de forma a garantir, não oficiosamente, mais subsídios comunitários. Já que qualidade não é critério de avaliação…
Mau tempo
Final de Maio, Verão aí à porta e continua o mau tempo. Eu diria que a culpa é de Al Gore e seus seguidores: se não tivessem alertado para os problemas ambientais do planeta, a gente até cagava d’alto e pensava que era mais um ano atípico.
Cinema
Depois de ver (e de me desiludir) com Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, começo a temer pelo Verão cinematográfico, que jurei a pés juntos que seria bem melhor que o anterior. O que vale é que os seguintes filmes não deverão desiludir:
- O Cavaleiro das Trevas: sequela de Batman: O Início;
- Wall•E: novo filme da Pixar que sucede à obra-prima Ratatouille cujo enredo promete;
- The Happening: novo filme de M. Night Shyamalan que, depois do pavoroso A Senhora da Água, volta aos filmes de suspense e tensão que lhe deu fama.
Se, porventura, dois destes três falharem (partindo do princípio que nenhum os substituirá em matéria de resultados), poderemos considerar um Verão desastroso e bem pior que o anterior.
Estágio
Uma frase para o classificar: agora que o curso estava a ficar bom, acaba. Apenas isto.