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A Espanha é campeã europeia! E muito merecidamente. Com um futebol atraente, cheio de classe e talento a rodos, o título europeu fica muito bem entregue. Sinceramente, nenhuma equipa merecia tanto como eles. O karma de falhar constantemente nas fases finais não se cumpriu este ano. Agora ninguém os cala!
A Alemanha apenas esteve bem nos minutos iniciais. A partir daí, os espanhóis dominaram todo o jogo e os alemães estiveram iguais a si mesmos: nem quando tiveram de correr atrás do prejuízo conseguiam ferir a bem armada equipa espanhola. A Alemanha nunca teve uma defesa sólida, apenas se safavam porque o ataque era de tal maneira eficaz (e sortudo, diga-se de passagem) que compensava tudo o resto. Hoje, não houve ataque que drenasse a água que a defesa metia por todos os lados. Faltou sorte. Ou melhor: muita sorte tiveram eles em não sofrer mais golos.
E assim acaba mais um Europeu de futebol. Do ponto de vista tuga, foi uma decepção. Do ponto de vista neutro, foi um bom torneio, com muitas surpresas e alguns bons jogos. É preferível acompanhar um Europeu do que um Mundial: são menos Selecções e as que lá estão são, de uma maneira geral, melhores do que num Mundial e os jogadores são-nos mais familiares, porque jogam em campeonatos da Europa.
PS: não queria deixar passar a oportunidade de felicitar a equipa de futsal do Benfica que se sagrou bi-campeã nacional, contra um Belenenses que foi um digno vencido e um excelente adversário. Qualquer que fosse o resultado, o título ficaria em boas mãos.
Off-topic: Duas coisas. A primeira é que se há coisa que eu odeio é, em pleno Verão, estar com a pinga. Nestes dias, o meu nariz parece uma torneira descontrolada pronta a regar tudo que lhe apareça à frente. A segunda relaciona-se com o destaque dos blogs da SAPO. Em apenas um dia, as visitas ao blog duplicaram! Agradeço a todos os que passaram por cá e não voltam mais, aos que passaram e ficaram, e aos que passam sempre (para estes últimos imagino que seja difícil).
Estão encontrados os finalistas do Euro 2008 e, por uma vez, uma aposta minha revelou-se acertada: Alemanha e Espanha vão disputar o caneco. Merecido? Não e sim, respectivamente. A Turquia, com apenas 14 jogadores disponíveis, fez das tripas coração para levar o jogo de vencida. A primeira parte foi toda dela, mas a Alemanha, num cinismo a fazer lembrar gregos e italianos, marcou logo no primeiro remate, efectuado aos 26 (!) minutos. Os turcos, demonstrando imenso querer e raça, nunca viraram a cara à luta, mas um erro ricardiano do seu guarda-redes deitou tudo a perder. Ainda assim, conseguiram empatar, mas aos 90 minutos e quando já cheirava a prolongamento, os alemães selaram o resultado em 3-2. Duvido que a Turquia aguentasse o prolongamento. Mesmo antes do terceiro golo alemão, a equipa estourou. Mesmo assim, deixaram uma imagem extremamente positiva no torneio, de fazer inveja a certos vencedores antecipados (Portugal, França, Itália...).
No outro jogo, a Espanha fez valer o seu ego inchado que nunca os leva a lado algum e, mais de vinte anos depois, estão na final de um torneio de Selecções. A Rússia esteve irreconhecível: os jogadores que se imposeram sobre a fortíssima Holanda tiraram folga e não quiseram nada com o jogo. O domínio espanhol foi praticamente total e, se ao intervalo o resultado não espelhava o que se passava em campo, o 3-0 ao final da partida dispensa mais palavras. Alemães contra espanhóis na final e a minha aposta vai para 2-1 para a Espanha. E sem prolongamento.
Dos primeiros classificados da fase de grupos, apenas a Espanha fez valer o seu estatuto. Num jogo indicado a quem sofre de insónias, Espanha e Itália ofereceram um espectáculo pobre, de nada valendo o facto de ser o jogo mais aguardado desta fase. Passou a Espanha nas grandes penalidades, mas se passassem os italianos o efeito era o mesmo.
Dá a impressão que os primeiros qualificados dos grupos adormeceram depois disso, sendo Portugal e Holanda os exemplos máximos deste pensamento. Se de Portugal muito já se falou e reclamou da desilusão que foi, da Holanda o que se pode dizer é que foi mesmo pena. Eles bem tentaram, mas apanharam pela frente uma Rússia preparada para tudo e que não lhes deu descanso. Resultado: 1-3 e o melhor jogo do Europeu, até ver.
Do lote de cima, não faz parte a Croácia, que foi eliminada também nas grandes penalidades pela sensação Turquia. Os croatas bem mereciam passar e estiveram quase, mas os turcos vão buscar forças sabe-se lá onde, e conseguiram empatar a meio minuto do prolongamento, quando a Croácia havia marcado nem dois minutos antes. Foi um jogo fraco, que só valeu mesmo pela emoção do prolongamento. A Turquia bem pode festejar a sua sorte, porque não deverão fazer muito mais: entre lesionados e castigados, só têm 12 ou 13 jogadores disponíveis para o jogo com a Alemanha.
Assim, teremos um Alemanha-Turquia e um Rússia-Espanha nas semi-finais. A Turquia não deverá ter grandes chances, sendo assim aposto na Alemanha na final. No outro jogo temos a dúvida: qual será a Rússia a aparecer? Aquela que deixou o futebol espectáculo holandês de rastos? Ou aquela Selecção macia que apanhou 4-1 dos espanhóis na fase de grupos? De qualquer das formas, aposto num Alemanha-Espanha na final, se bem que, como este Europeu tem provado, os cavalos mais certos são os primeiros a saltar fora.
Ia fazer umas considerações sobre o jogo propriamente dito, mas este meu colega já disse tudo. Até no apoio à Holanda daqui em diante estamos de acordo. Só tenho a acrescentar que sempre considerei Paulo Ferreira um dos grandes bluffs dos últimos anos. No futuro, só Miguel Veloso lhe poderá tirar a vaga. Não estou triste porque nunca estive confiante na vitória sobre a Alemanha. E Ricardo lá tinha que dar o arzinho de sua graça (ele ia massajar as costas do alemão ou quê?).
Muita gente pode culpar Scolari por ter poupado jogadores contra a Suíça. Acho que não é por aí. Creio que errou na escolha do onze titular. A ideia de que em equipa que ganha não se mexe, hoje não resultou. Em certos momentos, a Alemanha deu um banho de bola a Portugal e a defesa tremia como varas verdes. E o que os jornais hoje vão chamar de ineficácia, eu chamo de azelhice. Não se admite o desperdício de tanta bola parada e de tantos remates de fora da área.
Porém, o mais escandaloso foi a falta de empenho da maioria dos jogadores. Excesso de confiança? Balneário instável? Deficiente estudo da equipa alemã? Esta última hipótese nem devia ser posta em causa, porque a equipa alemã é basicamente a mesma que há dois anos ganhou 3-1 a Portugal no Mundial 2006. Mas, meus amigos, não se poupem na tristeza. Para ver se a Galp desce o preço dos combustíveis em 10 cêntimos (no mínimo) para alegrar a nação. Já que o suposto melhor do mundo não conseguiu...
A questão que se impõe agora é: haverá vida para lá de Scolari?
Hoje estou um pouco irascível (e não é por causa do jogo) então vou ser curto e grosso. Não vi o jogo na totalidade, apenas os primeiros 10 minutos e a última meia-hora, porque fui fazer uma sesta. Nesse tempo, parece que o árbitro foi muito caseiro, com um ou dois penaltis por assinalar, um golo mal anulado e uma carrada de faltas marcadas sem nexo. Mas creio que isso não serve de desculpa para a exibição sem chama que a Selecção Nacional realizou.
Portugal tem uma boa equipa titular, se bem que com aqueles problemas que não há maneira de resolver, como por exemplo, a falta de um ponta-de-lança decente. O banco é que é de pôr as mãos à cabeça e isso viu-se hoje: a continuar assim, bem pode Miguel Veloso pedir para baixarem a cláusula de rescisão e, mesmo assim, não sei se lhe pegam; Quaresma pode juntar-se a Veloso no peditório, porque se está à espera das exibições na Selecção para chamar a atenção de alguém, que esqueça e que aprenda com o Deco; Postiga igual a si mesmo, ou seja, uma nulidade e espero que o Jorge Ribeiro nem ponha os pés na Luz. Pontos positivos: Nani é boa alternativa e com Pepe estamos em boas mãos (ou pés, como quiserem). Dos restantes, nada a dizer e isto não é um elogio.
A Suíça, que ganhou o primeiro jogo em 9 partidas, lá matou o borrego com Portugal. E nem precisou de jogar por aí além. Espero que esta derrota sirva para acalmar certas euforias que teimam em não parar e para Scolari pensar bem e fazer uma gestão adequada dos jogadores. É que a Alemanha está aí à porta e não vai ser fácil. Quanto ao restante Europeu, é um deleite ver a Holanda a jogar, bem como a Espanha; adeus Grécia e não voltes tão cedo e os maiores azares possíveis para a França e Itália. Bolas, já me estendi mais do que devia.
Portugal ganhou. Garantiu o apuramento. O mínimo exigido já está feito. Deco fez um jogão. Leram bem. Até vou repetir: Deco fez um jogão. A UEFA já anda a fazer lobby para Cristiano Ronaldo ser eleito o melhor do mundo, só assim se explica o prémio de "Homem do Jogo" atribuído ao madeirense. Porque Ronaldo fez um jogo aquém do que se lhe pede. Aliás, Deco à parte, a restante equipa foi do mediano para baixo.
A primeira parte foi fraquinha. O golo de Portugal e pouco mais oportunidades surgiram daí em diante. A segunda foi mais equilibrada, mas a Selecção, em certos momentos, teve uma vaca descomunal. A defesa vacilou muito e até Nuno Gomes teve de ir dar uma perninha (ele que está habituado a ser defesa central dos adversários). Ricardo continua não dar segurança, Simão e Quaresma apagaram-se como de costume, João Moutinho passou ao lado do jogo, Pepe tanto acertava como metia água. E Scolari TEM de efectuar substituições mais cedo. Não é só quando se vê em desvantagem ou algum jogador se lesiona. A pensar assim, não vai longe no Chelsea. Muito me ria se ele viesse com a mesma atitude que no Euro 2004 quando, em pleno torneio, a comunicação social informou sobre o seu acordo com o Benfica. Disse ele: agora é que não vou mesmo para o Benfica! Mas isto são contas de outro rosário.
Agora, convém evitar a Alemanha ou, caso contrário, convocar de emergência o Sérgio Conceição!
PS: que a euforia da Selecção não branqueie o estado a que o nosso país chegou. Parecemos um país de terceiro mundo e estamos a caminhar para o abismo.
A Selecção Nacional começou o Europeu com uma vitória sem contestação sobre a Turquia. Portugal jogou muito bem e mereceu ganhar o jogo, com três bolas no ferro e uma posse de bola esmagadora sobre uma equipa que, sinceramente, não fez nada para garantir a vitória. Os golos resultam de jogadas muito bem executadas pela equipa das quinas, finalizadas em grande estilo por Pepe e Raul Meireles.
Mesmo assim, continuo céptico: era mais do que a obrigação deles ganhar o jogo contra uma Turquia muito macia e pouco virada para o ataque. Cristiano Ronaldo tem de aprender a passar a bola quando se encontra cercado (e já se sabe que quando se vê com a bola, caiem-lhe logo dois ou três adversários em cima) e Deco continua a estar ausente dos jogos, o que já vem desde o final do Mundial de 2006. De qualquer das formas, foi um bom arranque para a Selecção e esperemos que seja para manter.
No outro jogo, a anfitriã Suiça perdeu com a Républica Checa, que teve toda a sorte do jogo em marcar o único golo da partida. Os suiços tudo fizeram para levar o jogo de vencida, mas os checos, a fazer lembrar a Grécia de há 4 anos, lá foram aguentando o resultado, até que uma bola bombeada do meio campo lá lhes deu para marcar um e garantir os 3 pontos. Quarta-feira, Portugal terá que ter muitas cautelas contra os checos.
Os combustíveis estão caros.
O salário mínimo faz jus ao nome.
A segurança social caminha para o abismo.
O sistema de saúde é mais lento que uma tartaruga.
A justiça é ainda mais lenta que o sistema de saúde.
O desemprego aumenta.
As manifs, greves e boicotes sucedem-se.
O ensino reforma-se constantemente e definha.
Os políticos falam muito e mexem-se pouco.
A insegurança cresce a cada dia.
Acima de tudo, está tudo falido.
Mas...
...o Euro 2008 começa hoje!
Basta! Estou farto! Já não aguento mais! Tarde de domingo e estão as 3 (três!) estações televisivas a transmitir directos de Viseu, com a saída da Selecção Nacional do estágio rumo à Suiça para o campeonato europeu. O aproveitamento do "estatuto" da Selecção ("estatuto" esse fomentado pelos meios de comunicação) e o populismo com que tratam as não-notícias relacionadas com a Selecção é de dar naúseas a qualquer um. Mas o pior é a atitude dos portugueses que mais parecem uns alienados fúteis e inuteis, como se eles partissem para a Guerra ou para uma misão espacial. Ah! E depois queixam-se que os jogadores são pouco simpáticos e não fornecem muitos autógrafos nem uma palavra amiga. Pudera! Com tanta perseguição e exposição, os rapazes até se devem esquecer que são jogadores de futebol mas sim manequins que dão uns chutos na bola e correm bastante (por este prima, Miguel Veloso deve estar a adorar a situação). Ontem, nem prestei atenção ao jogo com a Geórgia, mas consta que não foi nada de especial e que a equipa ainda precisa de ser calibrada. Não sei, mas não agouro uma campanha prmissora no Euro.
O prémio "o buraco mais próximo é meu" vai para Amy Winehouse e a sua péssima actuação no Rock In Rio. Atrasada, ébria, afónica e nervosa, a cantora não atuou sequer uma hora dando (mais) uma imagem de pessoa irresponsável, mimada e sem convicção na sua própria prestação. Sinceramente, mais valia nem ter aparecido e poupava-se ao vexame. Mas o melhor foi mesmo ver a malta da SIC Radical a encher chouriços enquanto a artista não subia ao palco. O atraso já era tanto que eles tiveram de começar a abordar os vícios dela e o futuro da sua carreira, fazendo piadinhas infames como "Olha, o nome dela é Amy Casa de Vinho!". Até que Zé Pedro, elemento dos Xutos e Pontapés, declara que compreende a situação da moça, que estes atrasos são normais, a pressão leva-nos a recorrer a caminhos obscuros, blá, blá, whiskas saquetas, coisa e tal. Só faltava aparecer Jorge Palma (mais o seu Globo de Ouro) ou até mesmo Keith Richards e voilá: estava inaugurada a Comissão de Apoio aos Prazeres da Amy.
Passando para coisas mais pessoais, encontro-me de férias, ainda que não oficialmente, porque ainda me falta entregar o relatório e apresentá-lo. O estágio foi bom, uma experiência que aconselho a todos, porque creio que faz mesmo falta na formação académica seja de quem for e até me fizeram uma despedida, com bolo e tudo. Tendo em conta que entrego o relatório esta semana, só lá para dia 20 é que estou oficialmente de férias e com o canudo na mão!