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Quem me conhece e/ou segue este blog sabe que eu tinha uma verdadeira antipatia pelo dia da semana que dá pelo nome de Domingo.
Pois é, tinha.
Isto de trabalhar 6 dias por semana, principalmente com 8 horas ao Sábado divididas pela manhã e pela tarde, faz com que o meu dia de descanso absoluto ficasse reservado para os Domingos. E chateia-me imenso sair ao Sábado à noite e estar completamente de rastos. Não que os Domingos tenham passado a ser a oitava maravilha do Mundo: ainda continuo a achar que este dia é uma bosta porque me sinto em contra-relógio para mais uma semana de trabalho (e já estou a descontar a saloiada que decide dar sinal de vida nesta altura). Sempre me senti assim. Já para não falar do facto que trabalhar 6 dias por semana (embora cumpra as 40 horas legais) me dá a impressão de não ter tempo para nada. Mas é só impressão. Quando isto entrar em velocidade de cruzeiro ninguém me vai parar. A não ser dois berros do patrão. E como já não vou ao cinema há quase um mês, hoje é o dia. A Troca será o filme e depois a resenha vem cá parar.
PS: a malta anda a criar blogues e não avisa nada a ninguém (ou então ando muito distraído, o que não é de admirar). Vai daí, adicionei ali ao lado mais cinco ligações para blogues de ex-colegas da faculdade. Peço especial atenção para o blogue da Carolina, uma rapariga fixe, não bué da fixe. Apenas fixe. (private joke, minha gente)
Porque é que esteve frio a semana toda, ao ponto de eu agora estar tão constipado que mal me aguento em pé, e aos Domingos está sempre, sempre, sempre bom tempo? Odeio os Domingos!
DOMINGOS
É para eu aprender a não sair de casa neste dia da semana. Para além de ser impossível aturar os famosos domingueiros, andei às voltas com o carro por causa do trânsito caótico, de uma procissão que me obrigava a mudar de rumo a cada esquina e, para borrar de vez a pintura, tive um acidente. Nada de grave, pura azelhice minha, mas complicou-me as contas das férias programadas para esta semana. O que vale é que foi no carro de um conhecido meu (isto é mesmo uma gota de sorte num mar de azar) e resolveu-se tudo na hora. Pontos positivos do dia: conseguir combinar um "lanche prolongado para jantar" para 8 pessoas, com um orçamento reduzido de 30 euros. E com camarões, grelhados e muita cerveja. Mesmo assim, que dia maldito!
Domingo à tarde na minha cidade é sinónimo de circo. Ao contrário de grandes cidades como Aveiro (onde estudei e morei durante uns anos), Porto e Lisboa que ficam desertas e reina a calma, Espinho vê-se invadida por todo o tipo de gentalha que faz o que quer sem dar cavaco a ninguém. Nas alturas de calor e brisa agradável, a situação é elevada à décima potência. Como eu moro duas ruas acima da praia, a gentalha acaba, invariavelmente, por cá parar. Tomemos como exemplo isto: a minha rua é de duplo sentido mas, há uns anos, não o era. Nestes dias, ocorre quase como um regresso ao passado, uma vez que as pessoas, para ficar perto da praia (comodismo absoluto), estacionam à direita como se fazia antes. E empatam o trânsito. E as vizinhas vêm cá para fora reclamar. E os insultos sucedem-se. E as buzinas desatam a berrar. Filas de carros. Calor. Vizinhas. Insultos. Buzinas. Calor. Insultos. Buzinas. Engarrafamentos. O caos total.
Onde é que andam as forças policiais para deitar mão nisto? Para me passar uma multa por circular a 56 km/h não se fizeram muito rogados. O que falta a Espinho, e que existe em abundância noutras paragens, é um shopping center. Ao menos, a gentalha tinha um circo para se entreter e não me torravam a paciência. E parece que os espinhenses vão ter direito a um! Um Dolce Vita! Até pode ser um galinheiro como o de Ovar, desde que albergue estes tristes todos. Finalmente paz e sossego, pensava eu. Só que há um detalhe: parece que o shopping vai ser mesmo ao lado de minha casa. Porcaria de planeamento urbanístico.