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Estou teso. Isso mesmo: sem tusto. Que merda. Tudo porque o raio do cheque do mês passado ainda não deu entrada na conta, embora esteja disponível (há vários dias) no muito conveniente "saldo contabilístico". A vontade que tenho é de invadir o banco mais próximo da Caixa Geral de Depósitos, dar uma de Manuel Subtil e não arredar pé até me darem o meu suadinho salário. E fazia isso já amanhã, mas o mais certo seria eles aguentarem-me até ao meio-dia e meia e depois: "Aaahhh, está na hora do almoço!" e, como tenho de trabalhar às 13h, nada feito. Para o almoço há sempre pressa, mesmo que tudo o resto tenha sido feito a passo de caracol.
Um gajo vê-se a trabalhar e nunca mais pensa em voltar para o outro lado da barricada, que é como quem diz, pedir dinheiro aos progenitores. Humilhação suprema: andar a pedinchar o irmão, estudante universitário, para café e tabaco. O cabelo já está para ser cortado vai para uma semana, os pés já choram por umas sapatilhas novas, a impressora nova (que devia ter sido eu a pagar, porra!) precisa de papel, mas tudo isto terá de aguardar no "contabilístico".
"Banco é Caixa."
Vai pró caralho, Scolari!
Tenho de começar a pensar no que vou fazer ao dinheiro a partir do segundo ordenado. Porque o primeiro - que acabei de receber - vai ser para estourar, como mandam as regras. E como é bom receber um cheque em nosso nome com dinheiro para levantar. Melhor que a cotação máxima numa pauta qualquer da Universidade. Não que este post sirva para criar inveja alheia.
Ok, por acaso até serve. Mas só um bocadinho, vá.
Toda a gente viu, muitos falaram e outros tantos insultaram e eu não podia faltar à chamada. Depois de ter visto uns vídeos na net, eis que acabo de assistir a uma emissão do novo programa da SIC, O Momento da Verdade. Tive azar. Saiu-me uma moçoila de origens ciganas e o programa mostrou-se mais contido e até mais romântico do que eu esperava. Porque se fosse uma mulher a armar o estardalhaço do rapazito militar "eu-sou-o-maior-e-vós-sois-uma-merda-mas-estou-aqui-a-destruir-me-todo-pelo-dinheiro-por-isso-tenham-pena-de-mim-e-perdoem-me" do primeiro programa, a ciganita não poderia sair à rua e seria apelidada de tudo e mais alguma coisa. Continuo sem perceber a lentidão da voz-off em anunciar a veracidade das respostas, assim como não percebo os comentários sempre jocosos do público, à boa maneira portuguesa. Mas o pior é aquele programa/rescaldo ao domingo onde vários "ilustres" discutem a participação e a vida do concorrente e tentam arranjar profundidade onde ela não existe (e o machismo de Gonçalo da Câmara Pereira é pura fachada para contrabalancear o feminismo absurdo de Luísa Castel-Branco). Meus amigos, no meu entender, o que serve de desculpa para um serve para todos: se os concorrentes lá vão, é pelo dinheiro; se a família se sujeita ao ridículo, é pelo dinheiro; se o público goza e vaia, é pelo dinheiro (ou acham que eles não são pagos para estar ali?); e se Teresa Guilherme, que sempre tive em boa conta como entertainer, dá a cara por um programa tão baixo, é pelo dinheiro ao final do mês. É claro como água. Sempre ele...