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Já tinha referido este assunto no Twitter, mas não custa nada abordar o mesmo aqui no blog, mesmo que eu não esteja na disposição de alongar muito o assunto. Confirma-se: estou desempregado. O contrato de estágio profissional acabou e decidi (sim, foi uma decisão minha!) não continuar. E não, não tenho nada em vista de momento, o que torna a minha recusa num acto de imensa coragem ou de tremenda burrice. O que é certo é que eu não andava satisfeito com os rumos que o meu trabalho estava a tomar, esperei por uma mudança que tardava a chegar e, na hora H, as partes não chegaram a acordo, pelo que optei por saltar fora. Desta vez, ocomodismonão saiu vencedor.
Sinceramente, até me sinto aliviado. A ideia de continuar assustava-me mais do que ficar no desemprego. Isto pode parecer ingénuo da minha parte, mas era assim que eu me sentia (ok, visto de fora realmente é estúpido, o que requereria que eu fizesse uma longa exposição sobre o assunto, mas agora não é o momento nem o blog está cá para isso). Claro que isto não invalida que, daqui a uns tempos, eu ande a trepar pelas paredes à caça de trabalho, uma vez que não se encontra emprego ao virar da esquina. Também podem pensar que eu arranjei uma solução a curto prazo, mas terei um problema gigantesco em mãos a médio-longo prazo. Tudo isso é válido e pensei muito nisso (e noutras coisas) antes de decidir.
E optei por voltar à estaca zero. Com uns euros amealhados no bolso e alguma experiência às costas. A ver vamos...
Estou cansado. Organizar uma Feira é sempre cansativo, ainda mais com jornadas de 10 horas de trabalho diárias (Sábado e Domingo incluídos), assistir à montagem, estar presente e as viagens de um lado para o outro. É um tremendo desgaste físico e psicológico. Por isso é que aqui o estaminé começou a ganhar teias de aranha, algo que tentarei limpar nos próximos dias (embora não prometa nada).
Mas até que o evento correu bem e passou rápido. Vir a Lisboa é sempre um prazer, embora o trânsito caótico e a agitação típica de uma capital sejam de dispensar. À noite, tempo para relaxar com as poucas forças que restam e conviver com os colegas. Um italiano quarentão, representante de uma empresa colaboradora da minha já queria arrebitar para o Bairro Alto, algo que recusei na hora devido ao cansaço e ao facto de ter de acordar cedo no dia seguinte. Gosto deste tipo de descontração. Engravatados e sisudos como se vê aos montes neste tipo de eventos não são para mim.
Uma rapariga que controlava as entradas e saídas (e que já nem me verificava a acreditação, tal era o meu constante entra-e-sai do pavilhão) perguntou-me se eu era engenheiro informático, uma vez que não estava de fato e agia sempre de forma descontraída. Achei piada e disse que não era, mas que estava relacionado com computadores (com o tempo aprendi que é complicado explicar às pessoas o que é um Técnico de Multimédia, embora às vezes tenha as minhas próprias dúvidas), ao que ela retorquiu: "é que não é muito normal ver aqui uma pessoa sem fato ou, digamos, sem estar vestida para a ocasião e com cartão de expositor". Apeteceu-me perguntar, em tom de brincadeira, se ela achava que eu estava mal vestido, mas o facto é que ela (e eu) estávamos a trabalhar, então achei por bem apenas sorrir e dizer: "assim até chamo mais à atenção para o meu stand".
Adiante. Amanhã volto para cima para mais uma semana de trabalho intenso (ao contrário do que se pensa, os dias a seguir a este tipo de acontecimentos são de muito trabalho de organização de informações e contactos recolhidos) e, no final, umas merecidas férias. Entretanto, há que ver as condições de "renovação" de contrato e planear o futuro.
De qualquer forma, a eficácia foi de 100%: 4 taxistas, 4 benfiquistas!
Hoje tive de me deslocar ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro para ir buscar um italiano, dono de uma firma que o meu patrão quer estabelecer uma parceria. Como o meu Twingo não é o carro ideal para estas andanças corporativas, lá levei um enorme BMW Jipe (falha-me o modelo), com 6 mudanças e em que a marcha atrás se confundia com a primeira. Depois de um trânsito demoníaco, lá encontrei o senhor do alto dos seus 60 anos que me olhou meio espantado, quase nem acreditando que era comigo mesmo que vinha trocando emails. Ao que respondi:
- "Você devia estar à espera de um alto executivo, de fato, todo formal, e apareço-lhe eu, um míudo, de camisa, calças de ganga e todo transpirado." (estava um calor infernal)
- "Que idade você tem?"
- "Daqui a uns dias faço 24."
- "Não aparenta nada, mas olhe que isso ainda o vai favorecer. E, além do mais, já tem idade para ter juízo. Juízo para não andar vestido à executivo com este calor."
Um porreiro, o senhor.
Férias...
Parecendo que não, já levo 6 meses de trabalho. Em jeito de balanço muito resumido, a coisa tem os seus prós e contras como tudo na vida. Há dias bons, menos bons, relaxados, stressantes, tarefas porreiras, fretes, elogios, raspanetes, grande folga financeira, tempo bastante apertado,... enfim, o pacote completo de qualquer posto de trabalho.
Amanhã entro de férias. Eu não contava com elas, mas o meu patrão decidiu "confirmá-las" hoje, aproveitando os dois feriados e o facto de ele fazer uma viagem para o outro lado do globo. Conveniente para ele; igual ao litro para mim. E não conto ir para lado nenhum, uma vez que não tive tempo para marcar seja o que for, mas a vontade também não é muita. Vou mas é aproveitar para descansar muito, dormir ainda mais, despachar duas mãos cheias de filmes em atraso, tentar alinhavar várias séries, gravar muita coisa em DVD, organizar o portátil, arrumar o quarto (que está caótico), fazer praia se o tempo permitir, visitar uns amigos a Aveiro e no Porto e, quiçá, fazer exercício físico para além do ginásio.
Parece-me bastante coisa para fazer em poucos dias. Porém, se me ficar pelas duas primeiras já dou a semana de férias por positiva. Ahhh, férias...
Trabalhar aos Sábados é:
Típico dia de trabalho:
Entrar ao serviço;
Esperar pela pausa do café;
Café;
Esperar hora de almoço;
Almoço;
Esperar intervalo do lanche;
Intervalo do lanche;
Cigarro;
Esperar hora de saída;
Fazer tudo à pressa antes da hora de saída, para ter algo que demonstre que se trabalhou imenso ao longo do dia;
Ouvir raspanete porque, para além das coisas não estarem feitas, foram feitas em cima do joelho;
Prometer que no dia seguinte tudo estará pronto;
Hora de saída;
Repetir tudo outra vez no(s) dia(s) seguinte(s).
Quem me conhece e/ou segue este blog sabe que eu tinha uma verdadeira antipatia pelo dia da semana que dá pelo nome de Domingo.
Pois é, tinha.
Isto de trabalhar 6 dias por semana, principalmente com 8 horas ao Sábado divididas pela manhã e pela tarde, faz com que o meu dia de descanso absoluto ficasse reservado para os Domingos. E chateia-me imenso sair ao Sábado à noite e estar completamente de rastos. Não que os Domingos tenham passado a ser a oitava maravilha do Mundo: ainda continuo a achar que este dia é uma bosta porque me sinto em contra-relógio para mais uma semana de trabalho (e já estou a descontar a saloiada que decide dar sinal de vida nesta altura). Sempre me senti assim. Já para não falar do facto que trabalhar 6 dias por semana (embora cumpra as 40 horas legais) me dá a impressão de não ter tempo para nada. Mas é só impressão. Quando isto entrar em velocidade de cruzeiro ninguém me vai parar. A não ser dois berros do patrão. E como já não vou ao cinema há quase um mês, hoje é o dia. A Troca será o filme e depois a resenha vem cá parar.
PS: a malta anda a criar blogues e não avisa nada a ninguém (ou então ando muito distraído, o que não é de admirar). Vai daí, adicionei ali ao lado mais cinco ligações para blogues de ex-colegas da faculdade. Peço especial atenção para o blogue da Carolina, uma rapariga fixe, não bué da fixe. Apenas fixe. (private joke, minha gente)
Tenho de começar a pensar no que vou fazer ao dinheiro a partir do segundo ordenado. Porque o primeiro - que acabei de receber - vai ser para estourar, como mandam as regras. E como é bom receber um cheque em nosso nome com dinheiro para levantar. Melhor que a cotação máxima numa pauta qualquer da Universidade. Não que este post sirva para criar inveja alheia.
Ok, por acaso até serve. Mas só um bocadinho, vá.
A minha primeira manhã no trabalho foi óptima. Passei horas às voltas com um computador arcaico (para terem noção da velhice, o mesmo nem portas USB tem), cheio de tralha, viroses, trojans e afins. Ontem recebi um telefonema do patrão que, antes de embarcar para a Alemanha, me disse que o computador da recepção do consultório dele tinha apanhado um vírus que desligava o computador em 60 segundos e pediu-me para ver se podia fazer alguma coisa. "Não pode ser o Blaster" - pensei eu - "já ninguém apanha isso hoje em dia". Lá fui eu ver o que se passava e, após esperar uma eternidade para que o computador arrancasse no modo de segurança, lá pus a correr oFixBlastque, com tanto lixo, levou outra eternidade a fazer o scan. Não era o Blaster, mas era worm semelhante. O computador tem ligação à Internet e, surpresa das surpresas, nem tem a firewall do Windows activada! Pus oStingera correr e fui almoçar...