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Morno

por Antero, em 21.12.08

Coisas a não fazer quando se está num estado febril:

  • Conduzir para Lisboa;
  • Ver um concerto inteiro em pé;
  • Conduzir de volta para casa.

Dito isto, ontem desloquei-me a Lisboa nestas condições porque nada me faria perder o concerto que os Gotan Project deram na Praça de Toiros do Campo Pequeno. Porque já tinha os bilhetes comprados há quase 2 meses e e não seria à terceira vez que ia deixar passar a oportunidade. O concerto em si foi um pouco decepcionante. Se calhar foi pelo meu estado altamente debilitado que me impediu de usufruir plenamente do concerto. Só que a 3 pessoas que estavam comigo - que estavam bem de saúde, note-se - também repararam nos mesmos defeitos que eu.

 

Cerca de um terço do concerto foi feito com um imenso pano branco, onde era projectadas imagens e que quase tapavam na totalidade os elementos da banda. Isto foi irritante, bem como o atraso de meia-hora que é sempre incomodativo. A selecção das músicas não foi a mais acertada: alternando entre faixas do La Revancha Del Tango e do Lunático (e uma ou outra desconhecida), muitas músicas importantes foram deixadas de lado como Tríptico ou a belíssima Last Tango In Paris. Ou então, cantaram durante o encore que eu não pude assistir, porque tive de ir buscar o carro ao Centro Comercial Vasco da Gama que fechava à meia-noite. Foi um concerto sem muita chama, sem grande fulgor, enfim... só me senti verdadeiramente agarrado (e esqueci as dores) em alguns momentos. Porém, o concerto ainda guardava alguns momentos semi-constrangedores como as duas actuações do par de bailarinos que dançou tango no palco e que, de forma não muito coordenada e sem química alguma, quase me faziam passar pelas brasas. Mas, em matéria de non-sense, nada supera a segunda actuação dos bailarinos que, servindo como intervalo para a banda trocar de adereços, dançavam ao som de uma música (que não me recordo) enquanto no painel passava uma sequência inteira do filme O Pianista que surgia totalmente descontextualizada com a música em si (que tinha um tom muito mais alegre) e com a dança (que não era grande coisa).

 

O que vale é que os álbuns de Gotan Project são um primor e ouvir as suas faixas ao vivo (com excelentes alterações) é sempre agradável. E ainda encontrei um antigo colega da faculdade no concerto (esses NTCs são uma praga, estão em todo o lado, como o pessoal de Espinho) e deu para tirar a teima que existia desde 2006, quando perdi os dois concertos que a banda deu no Porto. Que isto de ir para Lisboa a conduzir só uma pessoa e no estado em que foi não é nada recomendável. Jamais!

 

publicado às 17:48

Deolinda, frio, chuva e chiclete

por Antero, em 01.12.08

Este fim-de-semana, desloquei-me a Aveiro para assistir a um concerto de uma das bandas do momento: Deolinda. Remando contra o frio e a chuva ruidosa que se fazia sentir, lá me meti para o Teatro Aveirense com moderadas expectativas. Num dos pontos negativos acertei: o concerto foi curtinho (cerca de uma hora e dez minutos), mas como a duração de Canção Ao Lado mal deve passar dos 40 minutos isto já era expectável, bem como a repetição de algumas faixas do álbum. De resto, bom ambiente, sala cheia, com muita malta jovem e muitos de faixas etárias já avançadas (um desse espécime, três filas à minha frente, mandou uns piropos à vocalista, Ana Bacalhau, que os levou numa boa).

 

Quanto ao concerto em si, foi espectacular! E espectacular num sentido inverso ao que toda a gente pensa (jogo de luzes e pirotecnias mil): com uma decoração minimalista e depositando a dinâmica do concerto no carisma de Ana Bacalhau, o espectáculo foi um sucesso. Ela não falhou uma única vez na voz, tem uma presença em palco impressionante (a forma como ela interagia com o público) e a ideia de fazer pequenas introduções para cada música é excelente. Para terem uma noção de como a prestação de Ana Bacalhau foi óptima (bem como dos restantes elementos, claro), músicas como Garçonete da Casa de Fado ou Eu Tenho Um Melro que, na minha opinião, são as mais fracas do álbum, ganham outra dimensão com a incorporação que a vocalista faz da personagem que as canta, já para não falar que conseguiram abafar os irritantes adolescentes instalados atrás de mim que, mascando insistentemente as suas chicletes, comentando tudo e mais alguma coisa e repetindo alto e bom som (e muito mal, diga-se de passagem) as músicas mais conhecidas, estiveram a um pequeno passo de me estragarem a experiência. Mas a banda é tão boa que conseguiu com que eu me abstraísse disso.

 

Também gostei das novas adições, como aquela canção da banda que vai jantar ao restaurante (infelizmente, não me recordo do nome) e a fenomenal Fado Notário que me fez gargalhar imenso e que juntamente com a também fenomenal Movimento Perpétuo Associativo faz uma grande parelha de músicas de intervenção e sátira social. Um concerto animado do início ao fim, sem grandes tempos mortos e com um público entusiasta. Decididamente, fiquei fã!

 

Próxima paragem: Gotan Project em Lisboa!

 

publicado às 01:43

A aquecer os motores para sábado

por Antero, em 25.11.08

Deolinda - Mal Por Mal

Já sou quem tu queres que eu seja,
Tenho emprego e uma vida normal.
Mas quando acordo e não sei
Quem eu sou, quem me tornei
Eu começo a bater mal.
O teu bem faz-me tão mal!

Já me enquadro na tua estrutura.
Não ofendo a tua moral.
Mas quando me impões o meu bem
Eu ainda sinto aquém.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!

Sei que esperas que não desiluda,
Que por bem siga o teu ideal.
Mas não quero seguir ninguém
Por mais que me queiras bem.
O teu bem faz-me tão mal,
O teu bem faz-me tão mal!

Sei que me vais virar do avesso
Se eu te disser foi em mim que apostei.
Não, não é nada que me rale
Mesmo que me faças mal.
Do avesso eu te direi:
O teu mal faz-me tão bem!

 

Deolinda - Eu Não Sei Falar De Amor

Ó vizinho, ora bom dia
Como vai a saudinha?
Eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e este tempo?
A chuva dá pouco alento...
E eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o carteiro?
Que se engana no correio...
E eu não sei falar de amor...

E soubesse eu artifícios
De falar sem o dizer
Não ia ser tão difícil
Revelar-te o meu querer...

A timidez ata-me a pedras
E afunda-me no rio
Quanto mais o amor medra
Mais se afoga o desvario...

E retrai-se o atrevimento
A pequenas bolhas de ar

E o querer deste meu corpo
Vai sempre parar ao mar

Ó vizinho e a novela?
Será que ele ficou com ela?
E eu não sei falar de amor...

Ó vizinho e o respeito?
Não se leva nada a peito...
E eu não sei falar de amor...

E soubesse eu artifícios
De falar sem o dizer
Não ia ser tão difícil
Revelar-te o meu querer...

A timidez ata-me a pedras
E afunda-me no rio
Quanto mais o amor medra
Mais se afoga o desvario...

E retrai-se o atrevimento
A pequenas bolhas de ar

E o querer deste meu corpo
Vai sempre parar ao mar


Ó vizinho então adeus
Vou cuidar de sonhos meus
Que eu não sei falar de amor…

 

publicado às 10:25

Integra-te 2008

por Antero, em 19.10.08

Vendo ocartazda Semana de Recepção ao Caloiro da Universidade de Aveiro noto a ausência do omnipresente Quim Barreiros e questiono-me: terá morrido?

 

De qualquer das formas, um cartaz fraco e pouco apelativo. Como já se tornou hábito.

 

publicado às 17:51


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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