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Quem diria? Numa época em que o foco da maioria das discussões futebolísticas passavam por memoráveis duelos entre Real Madrid e Barcelona, a final da competição de clubes do Velho Continente é disputada entre o vice-campeão alemão e o sexto classificado da Premier League. E o que fizeram estas? Somente eliminaram as duas melhores equipas da atualidade, aquelas que caprichosamente toda a gente esperava ver no derradeiro jogo em Munique. Com muita sorte (no caso do Chelsea) e muito brio (o Real nunca pareceu superior ao Bayern nos dois jogos), ambas as equipas chegam a este ponto depois de uma época dececionante a nível interno, diria desastrosa para o Chelsea apesar de ter vencido a Taça de Inglaterra, fazendo valer a tradição de que não há campeões europeus seguidos desde que a prova mudou de formato em 1991/92.
[Atualização 20/05/2012, 03h35]
Um campeão europeu que sobreviveu a tudo: a uma aposta falhada num treinador em ascensão; a uma eliminatória que parecia perdida em Itália e recuperada em casa num jogo espetacular; contra um trabalhador Benfica e onde não convenceu ninguém; a uma meia-final com o super-Barcelona que aparentava estar perdida à partida; contra um fortíssimo Bayern a jogar em casa e uma equipa recheada de baixas. O Chelsea é o novo campeão europeu contra todas as previsões, mesmo as mais otimistas. Fez o jogo esperado: defendeu até ao limite das forças, atacou pouco e pela certa, jogou com as suas limitações e teve um coração e uma sorte enormes. A partida só ganhou emoção nos últimos 10 minutos e no prolongamento: até lá, só a aselhice dos alemães e o acerto defensivo dos londrinos foi mantendo o Chelsea agarrado ao troféu. E, no final, tudo isso compensou. Após uma época aos trambolhões, o Chelsea encontra a glória numa Liga dos Campeões repleta de emoções e surpresas, relegando o Bayern à desilusão da equipa que lutou até ao limite das suas forças sem sucesso – e ainda por cima como anfitrião.
Jogou-se ontem à noite a final da Liga dos Campeões, opondo o Manchester United e o Chelsea, respectivamente, campeão e vice-campeão da liga inglesa. Foi uma final especial, pelo simples facto de estarem em campo aquelas que são, provavelmente, as melhores equipas da Europa, algo que não devia acontecer numa final da Champions há bastante tempo.
Apesar de ter havido apenas dois golos e do jogo ter chegado a prolongamento e a penalties empatado a uma bola, foi um encontro emotivo com duas partes distintas: a primeira dominada pelo Manchester United, a segunda pelo Chelsea, sendo que no prolongamento as coisas foram mais equilibradas. O Manchester podia ter chegado ao intervalo a ganhar por mais, não fossem os reflexos de Peter Cech e a azelhice de Tevez, mas o Chelsea também atirou duas bolas ao poste. Como o jogo vai ser dissecado nos meios apropriados, só queria deixar aqui uns apontamentos:
Amanhã, ponho aqui as minhas impressões sobre Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, que acabei de ver no cinema. Mas não se entusiasmem muito, o filme é uma valente decepção...