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Contém spoilers!
A minha caraGuirelembrou-me um filme que vi recentemente e que me deixou desfeito. Literalmente. O Rapaz do Pijama às Riscas é o seu nome. Muita gente não sabe, mas eu sou um completo lingrinhas a ver filmes. Quando um filme me toca lá no fundo, solto a Maria Amélia que há em mim e lá vai lágrima. Pena é que poucos filmes atinjam esse estatuto. Mas quando o assunto é o Holocausto e o drama é tão bem construído como neste fabuloso exemplar, está o caldo entornado. Ainda hoje não consigo perceber como a Humanidade foi capaz de algo tão atroz (embora não seja um exemplo isolado, infelizmente).
Mas o certo é que O Rapaz do Pijama às Riscas não parecia caminhar para me deixar aos prantos. Mas deixou. Muito. Filmes sobre o Holocausto há aos pacotes. Bons e maus. Mas este, que celebra algo como a inocência das crianças e o valor da amizade, parecia ser mais uma peça razoável sobre um tema vastamente explorado. Isto até chegarmos aos 10 minutos finais que, numa resolução rápida e impactante, apanhando o espectador desprevenido, gera um momento de angústia tão profundo que dei por mim completamente lavado em lágrimas. Depois temos a maravilhosa composição de James Horner, indivíduo cujo trabalho não me aquece nem me arrefece, mas que aqui atinge um equilíbro assustador entre os diferentes temas abordados no filme (numa banda sonora já adquirida por mim). E temos Vera Farmiga que, cada vez mais, se revela uma senhora actriz. Já faz parte das minhas preferências, juntamente com Kate Winslet e Jennifer Connelly.
Com vocês, o final d' O Rapaz do Pijama às Riscas. Quem viu, que reveja. Quem ainda não viu, que passe bem longe. Vão estragar uma bela experiência.
Neste momento, o que ando é ouvir é isto:
Bandas sonoras são a minha perdição! E como eu adoro LOST, e hão-de ver-me babar muito por esta série aqui no blog, a sua banda sonora não é excepção. Uma vez que já tinha as das duas primeiras temporadas, "adquiri" hoje a banda sonora do terceiro ano da série. Para animar as hostes pela demora do lançamento do álbum, este vem com 2 discos: o primeiro refere-se aos primeiros 20 episódios da temporada; o segundo traz algumas (poucas) faixas dedicadas ao 21º episódio (Greatest Hits), e o restante traz as músicas do episódio duplo que encerrou o ano: o já mítico Through the Looking Glass.
Pois bem, a minha ressalva é mesmo quanto ao Disco 2: dois episódios, se bem que um deles foi duplo, num só CD, foi apenas uma estratégia rasteira de alargar o repertório e, claro, fazer com que o produto ficasse mais caro. E digo isto porquê? Porque as músicas do disco 2 são bastante repetitivas e muitas delas mal chegam ao minuto e meio regulamentar (algumas nem 1 minuto de duração têm). Tirando esta pequena grande falha, o compositor Michael Giacchino (Ratatouille, Missão Impossível 3, Alias - A Vingadora) continua a fazer maravilhas na série. A sua orquestração complementa tão bem os momentos televisivos que, por vezes, dou por mim a revê-los só por causa da música. Ela é envolvente, por vezes alegre, melancólica noutras e ainda, tremendamente assustadora em algumas faixas, inspirando-se claramente nas partituras de Bernard Herrmann, o compositor preferido de Hitchcock. Para quem gosta de LOST é imperdível, bem como os discos anteriores.
Por outro lado, tenho ouvido, involutariamente, isto...
E tudo graças ao meu irmão, que deve achar que, lá porque me conseguiu pôr a gostar de Blasted Mechanism, há-de conseguir que eu goste... disto! Sabendo como ele é, deve estar para aparecer aí nos comentários a dizer: "Não gostas de Epica, mas falaste no blog!". Sim, e...?
O que me aflige é que se a banda confirma a sua presença no festival Lagoa Burning Live, aí é que vou ter uma overdose de guitarradas, vozes guturais e melodias góticas a falar do amor que está lá longe e que não se é nada sem ele...
Blargh!
Próximo post: Homem de Ferro e outros filmes que vi nos últimos tempos. E faltam duas semanas para o Indiana Jones...