Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Recentemente, reencontrei um conhecido que já não via há anos. Poucos sabiam o que era feito dele nos últimos tempos e, do nada, o rapaz deu sinal de vida. E quando digo sinal de vida, a expressão é mais literal do que possam imaginar: preso a um namoro de longa data que já vinha da adolescência, ele foi-se afastando cada vez mais do mundo, digamos, pré-namoro para embarcar num cruzeiro só deles. Normalmente é assim e não há nada que censurar. Como dizia, sabiamente, outro amigo meu "o que verdadeiramente lixa as amizades são os namoros". Uma relação a dois exige empenho, dedicação e sacrifícios tem de ser feitos, quanto mais não seja para manter os motores do navio a todo o vapor.
Só que, para eles, o porto de chegada apareceu cedo e sem aviso e ele, lançado à sua sorte (ela fez a sua), voltou aos convívios de antigamente. Não é a primeira nem tão pouco há-de ser a última vez que isto acontece. Obviamente que ele ainda pensa nela e até se refere a ela de maneira bastante amistosa, embora espera que ela ainda vá bater com a cabeça na parede (entretanto, é ele quem trepa pelas paredes). Os amigos já estão avisados, o Hi5 já respira melhor, o telemóvel ainda guarda algumas lembranças - quanto mais não seja pelo número dela, agora com o sufixo "ex" - o próximo passo será, porventura, o computador carregado de ficheiros (imagens, textos e sabe-se lá que mais) partilhados pelos dois. Não é fácil lidar com a ressaca e, muitas vezes, descamba num desbobinar de insultos, defeitos, situações mal resolvidas e comportamentos menos dignos (o que até nem foi o caso). Discordo que seja boa solução, até porque só acentua a "cegueira" que se apoderou da pessoa, mas se acham que é boa terapia, venham de lá os impropérios e o diabo a quatro. Para compensar um grande amor, só um grande ódio. E lá porque eu estou aqui a criticar esta atitude, nada me garante que eu não venha a fazer o mesmo. Afinal, ninguém é imune à ressaca.
Seguindo estepostda Cátia, foi-me proposto um daqueles desafios que os bloggers propõem uns aos outros. Regra geral, sou avesso a estas coisas, mas como a Cátia é uma querida e um dia não são dias, desta vez passa. O desafio é abordar aspectos que mudaríamos da nossa vida, como rotinas, projectos ou opções tomadas. Então, tomem lá disto:
Fumar
Fumar dá-me prazer, mas não dá saúde nenhuma. Se pudesse nunca teria começado ou, uma vez lançado, não fumaria tanto.
Tolerância
Olhando para trás, noto que, em certas ocasiões, não tive a atitude mais sensata que a ocasião exigia. Por outro lado, noutras tantas ocasiões, engoli sapos quando devia ter mandado um murro na mesa e isso deixa-me chateado.
Estudos
Não é daquelas coisas que tenham efeitos práticos na actualidade, é mais uma questão moral: não ter dado o litro num determinado teste, naquele trabalho, em X apresentação ou no exame Y (assim por alto, estou-me a lembrar de meia dúzia de situações do género).
Curso
Vou ser sincero: se fosse hoje, não tiraria o curso de Novas Tecnologias da Comunicação. Há tantos (e melhores) cursos do género por aí fora. Atenção que eu falo do curso em si (disciplinas, metodologias, alguns professores) e não do resto (Aveiro, colegas, amigos, a Universidade que é muito boa,...).
Algumas viagens
Não gosto de viajar. Não estou a falar do facto de visitar novos lugares e essas coisas todas; estou a falar do acto em si, principalmente das secas que se apanham. Alguns locais e estadias compensam o sofrimento, outros nem por isso (estou a lembrar-me de Agadir, Marrocos).
Amigos
A lei da vida faz com que cada um siga o seu caminho e se vá perdendo o contacto. No meu caso, a maioria nem faz muita falta. Porém, tenho pena de, hoje em dia, não falar - ou melhor, de não ter aquela confiança de outrora - com algumas pessoas, sendo que muitas delas por razões que não lembram ao Diabo.
E isto foi tudo o que me lembrei de momento. Parece que tenho de desafiar alguém, certo? Então, aMartaou oSamuelque parem as suas vidas ocupadas no Mestrado (será mesmo? :p) e se entretenham a fazer isto.