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Especial Férias de Verão (já parece os Morangos com Açúcar...)
Nunca pensei sentir falta da brisa/ventania de Espinho, mas aqui para o Sul está que não se aguenta. Hoje até esteve um ventinho agradável que atenuava o calor, mas é impossível desfrutar do que quer que seja quando saímos do banho a transpirar, acordamos mergulhados em suor e a mais pequena caminhada implica a expelição de líquidos pelos poros. Por outro lado, acho que nunca mergulhei num mar tão refrescante como o de Lagos este ano - e as minhas experiências anteriores não tinham sido nada positivas. Nada a ver com o costumeiro frigorífico de Espinho, se bem que a última semana tenha sido óptima (realmente, tive um timing perfeito a marcar as férias: aproveitei os primeiros dias, mas, mal me enfiei no Algarve, regressou o tempo nublado ao Norte).
Para a semana, regresso à vida normal e nem quero pensar nisso. Só de imaginar a carga de trabalho que me espera é motivo para dar um mergulho... e não voltar mais.
Estou sem grande vontade de escrever, muito menos de falar sobre as férias. Acabo de fazer uma viagem de 8 horas de autocarro que, por acaso, até nem custou tanto como a primeira (ah! a ansiedade...). Estou exausto e ainda tenho de arrumar as tralhas. Queria ver se dormia um bocado antes do jogo do Benfica, mas vai ser complicado. Porém, logo à noite, nem o sono me vai impedir de assistir ao novo filme da Pixar, WALL·E. Maxwell Smart, o Mulder e a Scully que me desculpem, mas vão ter ficar para outro dia. Os próximos dias vão ser para tirar férias das férias e poupar uns trocos, que esta semana deixou-me mais pobre. Aliás, a inflação tem um nome: Algarve! Só mesmo lá para pagar 2 euros (Dois! D-O-I-S!) por um fino (imperial para aqueles lados) banalíssimo e servido num copo de sumo. Volto lá quando for milionário.
O sinal da Internet aqui é tão fraco que nem sei este post vai dar certo (a caixa onde escrevo este texto mal aparece, por isso a formatação é para o tecto), mas é só para dizer que estou a adorar as férias aqui no Algarve (ou será Allgarve?). Por aqui é só brasileiros, ingleses, holandeses, alemães, franceses e, vá lá, portugueses. Os preços são proibitivos, mas hoje dei uma gorjeta de 95 cêntimos e senti-me rico. Aliás, acho que descobri o porquê do preço dos combustíveis estar tão alto: só pode ser para afastar os portugueses do Algarve. Outras coisas negativas: primeiro, a ventania que se faz sentir, bem pior que Espinho ou Aveiro. Se de dia até calha bem para atenuar o calor que se faz sentir, de noite é quase impossível não bater o dente. Segundo, o caos urbanístico que é a costa algarvia. Aquela ideia do Algarve como instância turística é um mito. Tirando as zonas coladas ao mar, o restante do Algarve é quase como uma extensão do Alentejo. E não é preciso ir muito longe da costa, basta andar 5 a 10 quilómetros e temos "o Abaixo do Baixo Alentejo".
A viagem para cá foi horrível, muito extenuante. Ainda assim, posso dizer que os efeitos foram mínimos porque vim durante a noite. De dia, deve custar muito mais. Passei a viagem toda a ouvir rádio. Há estações de rádio que passam anúncios publicitários em inglês! Até tenho medo de ir ao cinema e os filmes não serem legendados. De resto, o descanso tem sido muito, como a altura o exige. Ainda conto ir a Albufeira ou a Portimão. O primeiro pela noite, o segundo pelas praias. Se bem que as praias de Lagos são lindissímas, mas minúsculas (a maioria situa-se entre falhas nas ravinas), o que faz com que a meio da tarde tenhamos de nos mexer para acompanhar o movimento do Sol e não ficarmos na sombra. E é tudo. Continuação de boas férias para mim e para quem pode! :p
Literalmente.
Esperam-me mais de 8 horas de viagem de autocarro (o horror! o horror!) até chegar à Meca portuguesa, aquele local tão pouco português, mas que consegue ser um dos nossos maiores embaixadores: o Algarve! Mais precisamente para Lagos (sim, foi para aqueles lados que a miúda desapareceu) passar uns dias de sol, praia, noite e muita diversão. Por isso, é provável que o blog não dê sinal de vida nos próximos dias, embora conste que a vizinha do lado não conheça o termo "protecção de redes sem fios", pelo que acesso à Internet não será problema. Volto a casa no final da próxima semana.
Mas antes da bonança, vem a tempestade.
Amanhã terei de me deslocar a Aveiro para tratar do meu certificado de habilitações. Fiz o pedido pela Internet há mais de mês, mas uma amiga minha falou-me que eles andam a perder requerimentos, quer em papel quer feitos online. E depois não mexem uma palha para acelarar o processo de requisição, porque muita gente precisa dele o mais rápido possível. Até estava para telefonar a clarificar a situação, mas depois dessa minha amiga levar 3 horas até lhe atenderem o telefone, acho que prefiro tratar disto cara a cara. Ao menos, vejo a cara da pessoa com a qual reclamo, discuto e esbracejo (não seria a primeira vez).
Por outro lado, até que será divertido avaliar e ver qual a pior: uma viagem de 8 horas de autocarro ou umas belas e longas horas passadas nos Serviços Académicos?