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Creio que seja o termo mais correcto para adjectivar a última convocatória de Carlos Queirós(z) para a Selecção Nacional, tendo em vista os jogos com a Hungria e com a Dinamarca. E não me refiro só a Liedson. Espero estar enganado, mas duvido.
Já agora, a melhor opinião que li sobre este assunto (convocatória do brasileiro) estáaqui. Reparem que é um blog lagarto. E dos bons, diga-se de passagem.
Agora é mesmo oficial. Vibro muito mais com o Benfica do que com a Selecção Nacional. Andei eufórico durante o Euro 2004 (como toda a gente), mas aí foi mesmo o canto de cisne. Depois de uma qualificação calma, o Mundial 2006 trouxe a desconfiança: Portugal teve uma participação com muito mérito, mas as exibições não eram nada por aí além (aquele prolongamento com a Inglaterra reduzida a 10 foi inqualificável). Scolari devia ter saído aí, pela porta grande. Mas não, quiseram manter um já estafado seleccionador no comando e a fase de qualificação para o Euro 2008 foi toda feita na corda bamba. No entanto, Portugal apurou-se e isso bastou para esquecer os erros anteriores e lá voltou a histeria injustificada em torno dos "Heróis Nacionais". Como se sabe, a prestação foi o que foi - podem ver o meu acompanhamentoaqui- Scolari saiu pela porta pequena, Ricardo foi crucificado (e muito fez para isso) e lá chamaram o Professor (?) Carlos Queiroz para comandar a nau portuguesa.
Cinco jogos oficiais depois, 6 pontos amealhados e a qualificação para o Mundial 2010 em risco, podemos deduzir que um dos (poucos) pontos positivos que Queiroz trouxe foi dar ainda mais mérito a um desacreditado Scolari. Antes do Euro 2008, Queiroz soube apontar os problemas que a Selecção sofre há anos, mas já deu para perceber que diagnósticos todos sabem fazer, arranjar soluções é mais difícil. E depois de ver a equipa titular de ontem, uma completa salada russa onde um médio passa para ponta-de-lança, um central passa a trinco e outro central passa a lateral, não há muito com que vibrar. Nem mesmo ao vivo. E se o jogo não aquecia nem arrefecia, o ambiente nas bancadas era gélido. Nem o hino empolgou, embora os adeptos que me rodeavam, mais a sua pronúncia tripeira carregadíssima, ainda fossem dando para rir. Nada como uns labregos para animar a noite. O seu comportamente bipolar deu-me o impulso de lhes aconselhar um psiquiatra, tantos eram os jogadores que passavam de "lainda, lainda!" para "bai p'ra casa, num bales um cuaralho" num ápice.
Vi o jogo muito calmamente e nem nos lances mais perigosos me levantei. Arrepiei-me com as "saídas" do Eduardo, mas nada de especial. Só perdi as estribeiras quando Hugo Almeida, em plena grande área, decide fazer um passe para um adversário sueco o que me fez berrar a plenos pulmões: "Hugo Almeida, és tão marreta! Quem disse que eras jogador, seu anormal?!". Mas foi só. O jogo acabou, viram-se lenços brancos e assobios, e a indiferença tomou conta de mim. Não se pode esperar muito de uma equipa que tem Ronaldo a capitão e sai-se com pérolas como: "se todos fizessem o que eu já fiz, seríamos campeões do Mundo". Pouco modesto o rapaz. E se não tive a vitória da Selecção (e, a este ponto, isso não me interessa), ao menos tive a oportunidade de estar no Estádio do Dragão, algo que muitos benfiquistas não se atrevem a fazer (o mesmo válido para muitos portistas). Ainda assim, não achei o estádio nada especial: muito gelado e parece inacabado com aqueles topos a descoberto. A Luz é muito mais bonita por dentro. Não que isso compense os 20 euros que queimei, mas ao menos não morro burro.
Balanço final: em cerca de uma dezena de idas ao futebol, tenho o brilhante saldo de apenas uma vitória e muitos empates e derrotas. Desta forma, vou investir num Dragon S(h)eat e não arredo pé das Antas na próxima época.