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ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 3x13: Immortality
Confirma-se aquilo que meio mundo suspeitava: Altivia está grávida de Peter. Neste regresso ao sempre instigante Lado B, Fringe oferece-nos um episódio cujo tema central não é propriamente a imortalidade do tipo viver para sempre, mas sim o legado que deixamos para gerações futuras e que gravará o nosso nome na História. Tal como Armand Silva queria curar milhões através da morte de seres humanos usados como cobaias, Walternate deseja descobrir os efeitos de Cortexiphan, mas não a qualquer preço (usar crianças nos experimentos), revelando uma postura profissional que, em tempos, faltou a William Bell e a Walter. Assim, o episódio discute temas como os limites da ciência, até onde estamos dispostos a ir em nome do "progresso" e, aliado aos sacrifícios que Altivia teve de fazer pela sua missão, o preço que pagamos por certas acções que consideramos benignas. Em suma: uma questão de Ética.
Seria muito fácil para nós (e para Fringe) encarar os indivíduos do "outro lado" como os vilões, aqueles que querem destruir o "nosso" mundo e que deverão perecer no futuro. Só que, para crédito dos argumentistas, eles possuem motivações próprias e válidas que nos levam a identificar com eles e a não olhá-los como "falsos". Desta forma, ver a vivaz Altivia assustada com a sua gravidez e com o que isso implicará na guerra dos Mundos ou Walternate disposto a usar o seu neto como arma após ter recusado o uso de crianças nos seus experimentos serve para tornar as personagens (e, consequentemente, a série) mais complexas e tridimensionais. Aparte os mundos paralelos, os Observadores, os casos bizarros e toda a (óptima) mitologia que rodeia Fringe, há algo mais a ser celebrado: as suas personagens.
Que isto seja resultado de um produto de ficção científica é algo que os detractores do género terão de comer e calar.