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ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 3x10: The Firefly e 3x11: Reciprocity
Não deixa de ser irónico que o décimo episódio desta primorosa temporada de Fringe partilhe o título com outra série dedicada ao fantástico e extremamente injustiçada pela estação Fox nas grelhas de Sextas: Firefly, de Joss Whedon. Até por que Fringe terá que sobreviver na implacável guerra das audiências e o referido horário é conhecido por enterrar programas atrás de programas, muitos deles já sem voto de confiança dos seus produtores. No caso, Fringe tem conseguido números animadores, mas a tão esperada renovação está longe de ser um dado adquirido, pelo que o desespero e a incerteza ainda durarão várias semanas.
Deixando de lado as questões mais comerciais e passando aos episódios em si, o regresso de Fringe trouxe dois óptimos episódios e que contribuem para cimentar a qualidade da actual temporada. No primeiro, percebemos mais um pouco sobre o funcionamento dos Observadores, aqueles seres encarregues de vigiar o Tempo e as variadas dimensões a ele associados, através do conceito conhecido como Efeito Borboleta (que, apesar de permear todo o episódio, nunca é referido pelo seu nome). Assim, quando Walter raptou Peter do "outro lado" (a partir de agora, Lado B) desencadeou uma série de eventos que levaram à morte de outra criança, filha de um rockeiro interpretado por nem mais nem menos que Christopher 'Doc Brown' Lloyd. Isto levará a uma prova de fogo do próprio Walter que, ao admitir os erros que cometeu, revela que deverá preparar-se para a eventualidade de abandonar Peter – e a sensibilidade com que John Noble expressa este pesar é um dos grandes momentos do episódio.
Entretanto, Olivia e Peter tentam superar o abalo provocado pela "outra" Olivia (a partir de agora, Altivia) na relação dos dois, o que deixa-a um pouco de parte nos dois capítulos, mais centrados na dinâmica familiar entre Walter e Peter e a tal Máquina do Apocalipse que deverá ser conduzida por este último. Encontradas todas as partes e construída pela Massive Dynamic, a Máquina reage à presença dele e este passa por uma mudança radical. Sombrio e distante, ele desata a matar transmorfos com as informações registadas por Altivia antes de regressar ao Lado B, com a intenção de impedir que a passividade da situação tome conta de si. Só Walter não se deixou enganar pela mudança e logo percebeu que Peter pode ser a arma que Walternate necessita para pôr fim à guerra. Se Olivia foi o foco da primeira metade da temporada, Peter será o destaque na segunda, já que a sua condição de "filho de dois mundos" (biológica e socialmente) deverá ser o catalisador para todos os acontecimentos de agora em diante.