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Depois de escorraçar Carlos Queiroz em consequência do falhaço do seu "projecto", Gilberto Madaíl desloca-se a Madrid para convencer Mourinho a juntar-se aos milhares de trabalhadores precários neste cantinho à beira-mar. Dois jogos, nada de especial, elevar a moral do povo, quiçá ganhar os seis pontos, toma lá recibo verde, adeus e até à próxima. Consta que Paulo Bento não faz parte dos planos e eu, do alto da minha inteligência (e, posso garantir, que neste espaço não encontram ninguém mais sábio), desaprovo que o ex-treinador do Sporting não seja levado em conta.
Paulo Bento seria mel para a Federação. Não estou a falar das apostas nas camadas jovens, de trabalhar e apresentar (poucos) resultados com recursos limitados, nem tão pouco do seu penteado sui generis. Não. O que me leva a aconselhar Bento ao posto de seleccionador nacional é o facto de ele dar a cara, de saber trabalhar sem uma estrutura eficiente que o apoie e, caso a coisa dê para o torto, ele (e só ele) assumir as culpas. Enquanto Madaíl e a corja que o rodeia não se meter no cara*** mais velho e deixarem de trocar de cargos como se brincassem à dança das cadeiras, a Federação só pode estar bem servida com Paulo Bento. Esperto como Mourinho é, a resposta ideal seria a mesma de Figo: "quando quiser problemas, regresso a Portugal". Na mouche!
Entretanto, o SC Braga, um clube que se quer "grande", entrou em grande na alta roda europeia: 6-0! Já que goleadas lá fora acontecem a todos, podemos assumir que o clube minhoto já é um "grande", afinal já leva na boca como os outros. Uma praxe previsível que isto de ir ganhar a Londres, na casa do Arsenal, não é paraqualquer um. Coitado do Domingos...