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A Selecção Nacional está nos oitavos-de-final do Mundial 2010 e, mesmo sem limpar a imagem daquela goleada por 6-2, não fez má figura à frente do eterno candidato e segue em frente. Carlos Queiroz está de parabéns; já fez mais do que aquilo que eu esperava, mas - e nestas coisas há sempre um "mas" - convém dizer que, analisando friamente, a exibição foi fraquinha, com uma equipa demasiado defensiva e unidades que provam que a segunda linha de Portugal é um susto e um atestado de erros na convocatória de Queiroz desde o início.
Não me entra na cabeça que nulidades como Ricardo Costa, Duda, Pepe (devido à longa paragem) ou Danny (este até foi dos menos maus) sejam opções válidas para uma equipa que se quer competitiva. Está bem que Dunga deu descanso a uns quantos e até ficou irritado com a passividade do seu grupo, mas é uma pena que depois da exibição categórica frente à Coreia do Norte (selecção muito fraca, por sinal), a equipa volte a mediania do costume. Pedia-se mais. Coentrão encheu o campo na primeira parte e na segunda andou mais apagado (Queiroz deve ter achado que ele atacava demasiado), Eduardo segurou o resultado com duas boas defesas, o meio campo esteve uns furos abaixo desde o último jogo (talvez por receio) e Cristiano Ronaldo surgiu mais solto e egoísta como já é apanágio das suas exibições pela equipa das quinas - o que torna terrivelmente injusta a sua eleição como homem do jogo (pela terceira vez consecutiva!), numa votação popular que a FIFA deveria rever desde já.
Cinco pontos, qualificação no bolso, o mais certo é apanhar a Espanha (ganha, neste momento, ao Chile por 1-0) e logo se verá. Mesmo com zero golos encaixados, não dá para depositar grandes esperanças num possível duelo ibérico. E contar com Queiroz para alterar este panorama continua a ser uma opção de risco.