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FC Porto na Liga dos Campeões
Voltou tudo à estaca zero. A Federação conseguiu atrasar o processo e a UEFA quer garantias que a acusação de corrupção ao clube transitou em julgado. Claro que isto não tem muita ciência: se o FC Porto aceitou a penalização dos 6 pontos e se até a própria Liga homologou o campeonato sem esses pontos, só quer dizer que está mais que julgado. Mas esperem, estamos em Portugal, terra dos compadrios, e é a própria Federação que declara ao FC Porto que “pode juntar” o recurso da suspensão de Pinto da Costa à penalização dos pontos. Num país normal, a aceitação da penalização dos 6 pontos invalidaria o recurso da outra acusação, mas neste cantinho à beira-mar, o contrário é bem provável de acontecer. Isto tudo num processo em que os maiores visados nunca se defendem declarando inocência: ou as escutas são ilegais, ou as acusações prescreveram, ou será por outra razão qualquer. Espero que o Benfica (não contem muito com o Guimarães) faça ver à UEFA a podridão que grassa nessas “instituições” e os benefícios que os corruptos assumidos ainda vão tendo. E alguém que me responda à seguinte questão: se Pinto da Costa está suspenso, porque é que o homem não se cala e está sempre a falar como presidente do clube sobre o que se vai passando cá? Tudo bem que ele recorreu da sentença, mas esta não tinha efeitos na hora, mesmo com o recurso?
Scolari no Chelsea
O seleccionador nacional vai deixar a equipa das quinas e rumar para terras de sua Majestade. Será que o timing desta notícia foi o melhor? A equipa sairá desestabilizada? Ou, por outro lado, foi uma maneira de retirar pressão sobre os jogadores, na medida em que os meios de comunicação social viram as suas atenções para outro lado? O que eu acho é que até o próprio Scolari foi apanhado de surpresa com o anúncio prematuro e que o Chelsea só o fez para tranquilizar os jogadores e adeptos. A questão que se impõe agora é: haverá vida para lá de Scolari?
Marchas populares
Acabo de ver nas notícias que ganhou a freguesia de Marvila. Então, mas Alfama não tinha um contrato de vitória vitalício?
Greve dos camionistas
Parece que acabou. O Governo viu-se apertado por todos os lados e parece que a paralisação surtiu efeitos. O direito à greve é algo que não deve ser contestado: se algo está mal, há que reclamar e fazer valer os pontos de vista daqueles que se dizem menosprezados. Mas como Portugal é tudo menos um país decente, este tipo de situações são sempre mal geridas. Assim como deve prevalecer o direito de adesão a uma greve, o oposto também deve ser respeitado. Isto tudo fez-me lembrar as greves dos alunos que ocorriam quando eu era mais novo, em que se trancavam os portões da escola a cadeado e barrava-se o acesso à mesma. E todos ganhavam um dia de folga. Os piquetes foram um absurdo: tentar que outros adiram à nossa causa à força é tudo menos democrático e abre-se uma espiral de violência crescente que acaba por não dar razão a ninguém. Parece que acabou. Isto até o verniz estalar outra vez. Aguardemos.