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Quando deixei de trabalhar no início de Dezembro, a minha ideia era tirar uns valentes dias de descanso, organizar umas coisas e deixar a procura por um novo emprego para o início do ano novo. Descansar era a palavra de ordem. Por isso, estar agora com o pé engessado não deixa de ser uma trágica ironia, uma vez que sou obrigado a não fazer nada. Ser obrigado a fazer algo nunca é bom. Até mesmo quando isso significa não fazer nada.
Ontem, lá peguei nas minhas novas amigas e saí de casa. Soube bem sair à rua, respirar ar puro, levar com a ventania no corpo (e nos dedos descobertos, que ficaram gelados) e tomar um café. Estive 5 dias enfiado em casa e sem tomar café; não sei como sobrevivi. Andar de muletas é chato e cansativo, mas já consigo pousar o pé no chão (mas não pressionar) e estou a ganhar algum traquejo para me aventurar sozinho e não ficar tanto tempo sem café. O que irrita mesmo é a comichão: no outro dia procurei desesperadamente uma régua para enfiar dentro do gesso e aliviar a pele. Já vi fotos da passagem de ano que perdi, o que me deixou terrivelmente frustrado, mas eu não tinha mesmo condições para sair de casa nesse dia.
De qualquer forma, os dias vão passando e a primeira semana - a pior, porque exige repouso absoluto - já lá vai. Agora é esperar pacientemente até dia 28.