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Depois de tanta antecipação, publicidade massiva e citações como 'é o novo LOST', posso dizer, após o visionamento dos 10 primeiros episódios, que a montanha pariu um rato. FlashForward tem um conceito bombástico (bem mais interessante que 'sobreviventes de desastre de avião numa ilha deserta') e um episódio piloto fabuloso, mas o desenvolvimento é do mais pedestre que há. A narrativa, pura e simplesmente, empanca nos capítulos seguintes e enrola até chegar ao melodrama do mais piegas que existe. As personagens são desinteressantes e interpretadas de forma burocrática por actores com provas dadas, o que compromete desde logo a identificação com elas. Não há pachorra para o casamento em crise do casal principal, para o ex-alcoólico com a filha de volta ao mundo dos vivos e agarrada à bebida, para o policial irritante que acha que vai morrer, para o enfermeiro que não se matou (que pena!) e viaja para Tóquio atrás da amada que ainda não conhece (oohh...), e outros tantos. Os episódios dão voltas e voltas e não levam a lugar algum. E o que falar da selecção musical em momentos dramáticos? Lixo total.

 

Eu nem queria abordar o elenco da série, mas cá vai: é o conjunto de actores pior escalado em muito tempo. Todos concorrem com o Mohinder de Heroes pelo prémio 'personagem e intérprete mais chato de sempre'. Joseph Fiennes anda sempre a mesma cara aparvalhada, esteja triste, alegre, deprimido, eufórico, ansioso ou com dor de dentes; Dominic Monaghan (o Charlie de LOST) está canastrão ao extremo e muito mal no papel; é impossível levar a sério o actor que faz de Wedeck, porque o próprio actor não se parece levar muito a sério mesmo nas cenas mais dramáticas. Enfim... todas as personagens são aborrecidas e a constante insistência em mostrar os apagões (eu já não podia ver aquela a chamar pelo britânico sentado no sofá, que vira a cara e puff!, lá se foi a visão...) só realça a sensação de tempo perdido. É inacreditável como uma premissa tão engenhosa é atirada pela janela para dar espaço a um dramalhão sem fim e recheado de clichés vivido por personagens sem carisma. Que seca de série!

 

Durante o meu apagão, FlashForward não é renovada para uma segunda temporada.

 

publicado às 01:38


7 comentários

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De Nuno a 13.12.2009 às 04:49

Tava a ver que nunca mais comentavas a série pá! :p Concordo, os actores são do pior que há.
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De João Alves a 13.12.2009 às 13:20

De facto esta série está a deixar muito a desejar...estou a seguir a nova série "V", mas o 5º episódio está a custar a sair...

Abraço
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De Jonasnuts a 14.12.2009 às 10:15

Bom dia. Este seu post está em destaque na Homepage do SAPO, tab "Televisão".

:)
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De Nuno a 14.12.2009 às 14:14

Crítica demolidora, diz o site do Sapo :p
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De sandra a 14.12.2009 às 16:19

tb acho isso td!

tanta publicidade enganosa!...

E o "V" ?!
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De Marta a 02.01.2010 às 10:56

Infelizmente concordo. Sendo fangirl absoluta do Lost nunca acreditei que fosse o "novo Lost" mas mesmo assim a permissa original interessou-me o suficiente. Todas as séries arrastam a história um pouco mas o Flashforward leva a técnica ao extremo! É pena.

O pior personagem/actor tem de ser o do Monaghan. E eu gostei bastante dele no Lost. Mas acho que a tentativa de fazer de vilão foi mesmo epic fail. Coitadinho!
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De luís belo a 10.02.2010 às 00:18

Acho que a série acabou no quarto episódio, quando ainda era interessante o suficiente para suportar a má prestação dos actores. Muito obrigado por a critica sincera que eu sentia-me um pouco só no odeio que ela me tem vindo a fazer crescer.

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Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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