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ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
LOST 5x14: The Variable
Pensemos na vida como uma ciência exacta como a matemática. Todos os elementos têm de bater certos para se atingir um resultado. No entanto, sendo os humanos os elementos que compoem uma fórmula, temos de adicionar o factor "imprevisibilidade" ao resultado. Como humanos, temos a capacidade de teorizar, decidir, escolher. Nada é certo ou errado. Tudo é humano. E foi com esta ideia em mente que Daniel Faraday regressou à Ilha em 1977: tentar mudar os rumos dos acontecimentos que vão acontecer para os losties, mas que já ocorreram para todos os outros. Como Faraday disse a Jack, eles estão a viver o presente deles juntamente com o passado dos outros. A ideia passa por detonar a bomba de hidrogénio vista em Jughead. Como? Não faço ideia. Até porque LOST cada vez mais define que "o que aconteceu, aconteceu mesmo" e não adianta tentar mudar seja o que for.
O episódio trouxe-nos várias respostas, algumas previsíveis (Widmore é o pai de Daniel e foi ele quem forjou o acidente do falso Oceanic 815), outras nem tanto (Eloise Hawking passou toda a vida a pressionar o filho a seguir a carreira das Ciências). É este último facto que torna Faraday numa personagem trágica: como habitualmente em LOST, ele passou toda a vida em conflito com a mãe, sendo obrigado a uma dedicação extrema à sua carreira, para apenas morrer (será?) nas mãos dela. Eliose também ganha outra carga dramática, uma vez que teve de guiar o próprio filho a um destino fatal que ela já conhecia. Agora compreendemos os motivos do regresso de cada um dos Oceanic 6 à Ilha: tinha mesmo de ser assim, cada um deles tem um papel a desempenhar. Resta saber se o futuro/passado pode ser alterado e de que forma.
O certo é que o acidente que levará à criação do botão dos 108 minutos será o epicentro que levará à resolução de todas estas questões e lançará as bases para a sexta e última temporada. No mais, a situação de Sawyer e Juliet está cada vez mais crítica e é tocante perceber como a relação deles está perfeitamente consolidada. Ficamos a saber que Desmond sobreviveu ao disparo de Ben e estou em pulgas para saber se Pierre Chang (o pai do Miles) dará importância à revelação que Miles é o seu filho e que a mesma pessoa, de tempos diferentes, se encontram no mesmo plano físico (ele já havia declarado, há muito tempo, as suas preocupações com dois coelhos em situações semelhantes). Óptimo episódio e que venha recta final!
10 potes de banha