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Tan-tatataaaaaan, tantataaaaaaan...

por Antero, em 20.05.08

 

 

Marion: "Não és o homem que conheci há 10 anos atrás."

Indiana: "Não são os anos, querida, é a quilometragem."

Diálogo d' Os Salteadores da Arca Perdida

 

Nunca tive o prazer de assistir nenhum dos filmes da saga Indiana Jones no cinema, algo que será retificado na próxima Quinta-feira, quando estrear o novo tomo: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. O que é muito estranho, pois todo o universo criado por George Lucas e Steven Spielberg não é mais que uma grande homenagem ao cinema, àquele cinema de aventuras e acção inocente dos anos 30 e 40, que preenchiam o imaginário dos jovens de então. Obviamente que não tinha ainda nascido quando os dois primeiros filmes foram lançados, sendo que no terceiro ia a caminho dos 4 anos, quando as preocupações passavam, obrigatoriamente, por brincar, comer e dormir.

 

Sendo assim, creio que vi todos os três filmes na televisão, o que não retira em nada o charme e o impacto das aventuras do arqueólogo Doutor Jones e companhia. Indiana Jones e o Templo Perdido (1984) foi aquele que vi mais vezes, acho que até foi o primeiro que assisti, ou seja, acabei por respeitar a cronologia do universo da personagem. Toda a cena inicial no Club Obi-Wan (perceberam?) em busca do diamante, aquele jantar nojento e a fastástica perseguição na mina faziam as minhas delícias. Por outro lado, tinha um medo terrrível da cena do ritual satânico, em que o mauzão arranca o coração ainda a bater do peito de um tipo qualquer.

 

Depois vi Os Salteadores da Arca Perdida (1981), provavelmente o melhor filme da série, em que a personagem foi apresentada ao mundo. Como só anos depois vim a saber que este tinha sido o primeiro filme a ser lançado, é que reparei como o filme é realmente bom: toda a apresentação da personagem e da mitologia que o rodeia é perfeita, Harrison Ford incorporou de tal maneira o papel que é impossível imaginar outro actor a interpretá-lo, diálogos majestosos a fazer lembras as comédias das décadas de 30 e 40, e uma magia que só os grandes filmes proporcionam. O final fecha o filme de forma perfeita e cínica, quando Spielberg sabia como encerrar os seus filmes da melhor maneira, algo que foi perdendo com o tempo.

 

Tempos mais tarde, acabei por assistir à grande aventura que é Indiana Jones e a Grande Cruzada (1989), com um ritmo mais leve contrapondo ao negrume de ...Templo Perdido. A história tem bastantes semelhanças com o primeiro filme da personagem, mas os acertos são tantos que tornam o filme mais de que um mero entretenimento: a acção é melhor e desenfreada, é o mais bem humorado dos 3 filmes (a piada de Hitler é clássica), toda a sequência inicial com o jovem Indiana, e, claro, Sean Connery como pai de Indiana, Henry Jones, caiu como uma luva no papel e a sua química com Harrison Ford é imaculada. Como James Bond foi uma das inspirações para a personagem e Spielberg andava desgostoso pois queria realizar um filme do espião, mas não lhe deixavam, só o eterno 007 para ser o pai de Indiana Jones. Um grande entertenimento como só Spielberg sabe fazer (mas parece que foi perdendo o jeito...).

 

Com o revivalismo dos anos 80 que se tem assistido no cinema (e não só) nos últimos anos, o lançamento de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal acaba por ser um dos pontos altos deste movimento. É uma pena que Sean Connery não tenha alinhado em participar neste filme, mas trouxeram a personagem de Marion, a primeira Indy-girl e o grande amor de Indiana Jones, o que me parece bastante acertado. Espero mais do que um filme de Verão: espero sentir-me como os espectadores se sentiram nos anos 80; que o filme faça jus aos anteriores; que a aventura e o entretenimento sejam de primeira água; que a música do grande John Williams me arrepie todo e me embale durante o filme todo; acima de tudo, quero a magia de volta!

 

Nunca tive o prazer de ver nenhum dos filmes da saga Indiana Jones no cinema. Quase que diria que este último vai ser lançado só para que eu tenha esse prazer...

 

publicado às 23:23


1 comentário

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De nuno a 21.05.2008 às 00:43

ahh...por acaso também não tinha pensado nisso. Este vai ser o primeiro Indy que vou ver no cinema! Partilho contigo o gosto pelo Indiana Jones e Os Salteadores da Arca Perdida. É dos três o que mais me prendeu. É mais denso que A Grande Cruzada, e com uma história mais interessante que o Templo Perdido, que é, dos três, o menos preferido. Vamos a ver, as críticas têm sido boas. Só tenho pena de uma coisa: gostava que o quarto tomo da saga fosse inspirada no genial jogo Indiana Jones and the Fate of Atlantida. Pode ser que seja o do quinto....Vai ser óptimo rever o grande Harrison Ford. Disseste bem: a quem mais assentaria o chicote e o chapéu? A ninguém! Tan tan Tan tan taaaaaan!!

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Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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