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Para as tão proclamadas melhores equipas a actuar em Portugal, o espectáculo deixou muito a desejar. Como estes jogos a mim pouco ou nada me dizem, espero ao menos ver um encontro disputado, com golos (já nem peço que sejam bons golos) e, se possível, que o FC Porto perca, o que já me deixou um pouco mais consolado. Engraçado é que o Sporting, mesmo a praticar um futebol sofrível ao longo de toda a época, acabe por ter um ano positivo, na minha opinião. Pelo menos, acabou bem melhor que o Benfica, o que, para muitos deles, já é orgásmico!
Acima de tudo, foi um jogo de enganos: Jesualdo Ferreira enganou-se ao não convocar Bosingwa; Olegário Benquerença enganou-se ao não marcar 3 penalties a favor do FC Porto que não existiram; mas quem provocou o maior engano foi mesmo Rodrigo Tiuí, e por duas vezes, marcando os golos da partida. Já não bastasse o Apito Final, a ameaça de exclusão das competições europeias e a suspensão de Pinto da Costa, os Andrades ainda passam pela humilhação de perder para uma equipa fraquinha, fraquinha, que depende de um tosco para marcar dois golos. Inaceitável!
Agora mais a sério, o jogo foi mesmo pobre: o FC Porto foi uma sombra daquilo que se espera e o Sporting lá foi dominando o jogo quase por inteiro, se bem que, chegando à área adversária, lá vinha ao de cima a azelhice nos passes e nos remates. Mesmo a jogar com mais um nos últimos 15 minutos regulamentares, o Sporting mais parecia esperar pelo prolongamento, a ver se o FC Porto aparecia mais cansado. Que acabou por acontecer mais pela substituição de Raúl Meireles que, coitado, corria que se fartava mas ninguém o acompanhava. Na segunda parte do prolongamento, o Sporting marcou um golo inacreditável (um ressalto daqueles acontece uma vez na vida) e, mais tarde, em contra ataque, o enganador Tiuí marcou outro golo, este de gancheta e, saloio como é, lesiona-se, mas nada que impeça a festa verde e branca. Entretanto, nas bancadas começava a debandada da manada tripeira, com as claques a fazerem o seu papel junto às forças policiais. Por isso já sabem: nem ousem parar nas estações de serviço espalhadas pela A1!
E pronto, foi isso: um jogo fraco, com algumas picardias, com uma expulsão para o FC Porto (facto que deve acontecer tantas vezes como o alinhamento dos astros) do jogador João Paulo que, ao ver o cartão vermelho, ainda tentou fazer o árbitro mudar de ideias abraçando-o, mas o homem não foi na conversa, então toca a pôr em prática a escola portista: empurrões e confrontações ao árbitro antes de se decidir a sair do campo. Vitória justa para o Sporting e um imenso balão de ar para Paulo Bento e Soares Franco, que poderão continuar com as suas políticas de gestão de recursos que tanto os orgulha, isto até os adeptos se decidirem a revoltar outra vez, algo que deve estar agendado para Janeiro ou Fevereiro do próximo ano.
Hum... se calhar, nem tudo foi mau.