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"E como este relatório significa também o último trabalho da licenciatura de Novas Tecnologias da Comunicação, não queria deixar passar o meu agradecimento a todos aqueles que me acompanharam nos últimos quatro anos."
Retirado do meu relatório de estágio.
FC Porto garante presença na Liga dos Campeões
Algumas pessoas já comentaram comigo que a postura que eu adopto no blog é mais serena e, digamos, racional do que aquela que eu tenho no dia a dia. Muito bem, neste post vou mandar a serenidade e racionalidade às malvas. Porque não é possível ter outra postura quando confrontados com o braqueamento de (mais) um escândalo relacionado com o FC Porto.
A UEFA acabou de declarar que, devido a mais um adiamento da decisão quanto aos recursos sobre as setenças do Apito Final, não vai decidir a tempo do início da Liga dos Campeões 2008/2009, maneiras que o FC Porto vai mesmo participar na edição deste ano. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) fez das tripas coração, mas lá conseguiu o pretendido. E Pinto da Costa que tanto reclamou da pressão feita pelo Benfica nos orgãos da FPF, faz igual ou pior, tanto que a mesma embrulhou-se tanto que a UEFA não teve outra solução senão esperar a decisão sobre a culpa (culpa essa admitida e não contestada) do FC Porto no processo Apito Final.
Eu exigo que João Leal, aquele que meteu os pés pelas mãos e lá safou os corruptos, Gilberto Madaíl e restante cambada de tristes da FPF se demitam. Mais: que o secretário do desporto, Laurentino Dias e amigos, tão lestos a defender a verdade desportiva no Caso Nuno Assis, desapareçam da face da Terra e que o Governo inteiro core de vergonha. O Benfica tem de tomar medidas drásticas: não participar na Taça (des)Liga e na Taça de Portugal seria como levantar o dedo do meio a essa gente toda que se empenha tanto em proteger o clube mais beneficiado de Portugal. Os adeptos deviam alinhar num boicote aos jogos fora para acabar de vez com a mama. Querem encher os cofres e pagar salários em atraso à conta do Benfica, peçam dinheiro aos corruptos que eles têm os bolsos cheios dele. E sujo, mas isso não deve ser problema.
Só espero é que a culpa não morra solteira e que, quando o caso for mesmo analisado (se isso chegar a acontecer), o FC Porto apanhe muitos e muitos anos fora das competições europeias. Mas acho que estou ser extremamente optimista. É por esta e por (muitas, muitas, muitas) outras que me é humanamente impossível torcer por eles seja onde for.
Hoje estou um pouco irascível (e não é por causa do jogo) então vou ser curto e grosso. Não vi o jogo na totalidade, apenas os primeiros 10 minutos e a última meia-hora, porque fui fazer uma sesta. Nesse tempo, parece que o árbitro foi muito caseiro, com um ou dois penaltis por assinalar, um golo mal anulado e uma carrada de faltas marcadas sem nexo. Mas creio que isso não serve de desculpa para a exibição sem chama que a Selecção Nacional realizou.
Portugal tem uma boa equipa titular, se bem que com aqueles problemas que não há maneira de resolver, como por exemplo, a falta de um ponta-de-lança decente. O banco é que é de pôr as mãos à cabeça e isso viu-se hoje: a continuar assim, bem pode Miguel Veloso pedir para baixarem a cláusula de rescisão e, mesmo assim, não sei se lhe pegam; Quaresma pode juntar-se a Veloso no peditório, porque se está à espera das exibições na Selecção para chamar a atenção de alguém, que esqueça e que aprenda com o Deco; Postiga igual a si mesmo, ou seja, uma nulidade e espero que o Jorge Ribeiro nem ponha os pés na Luz. Pontos positivos: Nani é boa alternativa e com Pepe estamos em boas mãos (ou pés, como quiserem). Dos restantes, nada a dizer e isto não é um elogio.
A Suíça, que ganhou o primeiro jogo em 9 partidas, lá matou o borrego com Portugal. E nem precisou de jogar por aí além. Espero que esta derrota sirva para acalmar certas euforias que teimam em não parar e para Scolari pensar bem e fazer uma gestão adequada dos jogadores. É que a Alemanha está aí à porta e não vai ser fácil. Quanto ao restante Europeu, é um deleite ver a Holanda a jogar, bem como a Espanha; adeus Grécia e não voltes tão cedo e os maiores azares possíveis para a França e Itália. Bolas, já me estendi mais do que devia.
Ontem fiz algo que pretendia fazer há muitos anos, mas nunca tive oportunidade: uma sessão de cinema dupla. Aproveitando a estreia de dois filmes, que pretendia assistir, na mesma semana, lá arranjei um tempinho para me sujeitar a mais de 4 horas de cinema. Seguem as minhas impressões sobre cada um dos filmes:
O Incrível Hulk
The Incredible Hulk
5 anos depois da adaptação ao grande ecrã comandada por Ang Lee, chega agora aos cinemas um novo filme que muito pouco tem a ver com o que lhe antecedeu. O Incrível Hulk não é uma continuação directa (actores, argumentista e realizador são diferentes) nem tão pouco um remake de Hulk. Seguindo a lógica de que os espectadores já estão familiarizados com as personagens e as suas relações, o filme reconta a origem do herói maldito da Marvel Comics (durante os créditos iniciais), permitindo que a história arranque mais rapidamente. Bruce Banner está no Brasil isolado daqueles que conhecia, embora mantenha contacto com um tal de Mr. Blue, de modo a encontrar uma cura. No entanto, o General Ross continua com os seus esforços para encontrar e capturar Banner, com o objectivo de utilizar o seu sangue contaminado de radiação gama para reactivar o programa do super-soldado, do qual o Capitão América é o resultado mais famoso (isto não é mencionado no filme, mas um pouquinho de cultura dos comics nunca fez mal a ninguém).
Apesar da narrativa se concentrar mais na acção do que no aprofundamento das personagens e das suas motivações, o filme consegue ter os seus méritos: Edward Norton surge bem melhor que Eric Bana no papel de amargurado Bruce Banner, desta vez há um vilão à altura da força e descontrolo do Hulk (Tim Roth, com uma loucura adequada ao papel) e a história consegue ser mais empolgante que no filme de 2003, que por vezes se arrastava demais. Quanto ao restante elenco as alterações não melhoraram grande coisa: Liv Tyler não é nenhuma Jennifer Connely (tanto em actuação e beleza) e William Hurt não consegue fazer esquecer o General Ross vivido por Sam Elliott.
Não tendo a complexidade do filme anterior, O Incrível Hulk consegue superá-lo num ponto que pareceu estar ausente em 2003 e que, porventura, foi decisivo na reacção fria que o filme recebeu aquando o seu lançamento: as sequências de acção são espectaculares e muito bem encenadas. Nada daqueles cortes rápidos e confusos em que não se percebe do que se passa (alguém disse Transformers?), com realce para o embate que se trava num jardim e para o clímax, que parecem saídas de uma história de quadradinhos. Aliás, todo o argumento parece uma boa revista de banda desenhada: sem rodeios, com tudo muito compacto e, o melhor, cheio de referências a personagens que povoam o mesmo universo das revistas (Tony Stark, o Homem de Ferro, aparece no final do filme, numa cena que é consequência directa daquela pós-créditos de Homem de Ferro).
Durante meses, andei a dizer que O Incrível Hulk seria um filme fraco que, não respeitando o anterior (o que não acontece, ele apenas é diferente) só teria razão de ser para suprimir as necessidades do público jovem, adeptos da acção descerebrada e vazia. Queimei a língua: o filme é um bom entretenimento e mostra que a Marvel Studios está mesmo determinada a acertar no alvo, agora que produz as adaptações das suas próprias criações.
Qualidade da banha: 14/20
O Acontecimento
The Happening
Ao contrário de O Incrível Hulk, andei meses a antecipar, com grandes expectativas, o novo filme de M. Night Shyamalan, que depois do horrível A Senhora da Água, parecia querer voltar ao género que melhor conhece e que lhe deu fama: o suspense. Voltei a queimar a língua: O Acontecimento vem provar que A Senhora da Água não foi um acidente de percurso e que o realizador/argumentista perdeu-se completamente. Narrando uma história em que um fenómeno estranho ameaça a costa leste dos Estados Unidos, cujos habitantes perdem orientação e suicidam-se em catadupa, o filme nunca consegue levar a sua óptima premissa a bom porto.
A primeira meia-hora é boa: toda a construção do suspense é muito bem feita e Shyamalan continua um mestre a filmar cenas tensas e de prender qualquer um na cadeira. Onde o homem falha mesmo é no argumento, que é povoado de personagens com a profundidade de um acetato (mal começa o filme, cada uma delas atira – este é o termo correcto – para o espectador todas as suas preocupações e problemas, de maneira falsa e maniqueísta) que, para piorar as coisas, só dizem coisas absurdas na situação em questão. Os diálogos do filme são, na sua maioria, de doer nos ouvidos: inócuos, ridículos, inverosímeis e disparatados. Destaque para a cena em que Mark Whalberg, totalmente perdido em cena, fala com uma planta (!) ou quando tenta, de forma infantil e risível, fazer ciúmes à sua esposa. Depois temos a montagem: dá a impressão que a película foi retalhada ao máximo, porque cada novo obstáculo que surge é mal desenvolvido (tudo é “resolvido” em pouco tempo) ou não é desenvolvido de todo.
O recurso utilizado em Sinais de fornecer informações às personagens (e ao espectador) através dos meios de comunicação não resulta aqui porque é usado até à exaustão. Já para não falar que as teorias levantadas pelos media não chegam a lugar algum (Acidente nuclear? Terroristas? Desastre ambiental?), servindo para quebrar o ritmo da narrativa e não para criar ainda mais tensão. Além do mais, qualquer pessoa com dois dedos de testa desvenda facilmente o que está por detrás dos estranhos fenómenos. Mas, se não chegarem lá, o filme apresenta toda a mensagem que deseja transmitir nas últimas cenas (uma entrevista televisiva e uma cena passada em França) para que ninguém saia da sala a dizer que não percebeu patavina. Foi-se a subtileza, restando o óbvio e o pretensiosismo de um cineasta que prometeu, cumpriu (um dos melhores filmes da década, O Protegido, é dele), mas deixou que o seu ego inchasse e que o sucesso lhe subisse à cabeça. Não era mal pensado que Shyamalan começasse a apostar em argumentos escritos por outros autores e investisse apenas na realização.
Qualidade da banha: 6/20
FC Porto na Liga dos Campeões
Voltou tudo à estaca zero. A Federação conseguiu atrasar o processo e a UEFA quer garantias que a acusação de corrupção ao clube transitou em julgado. Claro que isto não tem muita ciência: se o FC Porto aceitou a penalização dos 6 pontos e se até a própria Liga homologou o campeonato sem esses pontos, só quer dizer que está mais que julgado. Mas esperem, estamos em Portugal, terra dos compadrios, e é a própria Federação que declara ao FC Porto que “pode juntar” o recurso da suspensão de Pinto da Costa à penalização dos pontos. Num país normal, a aceitação da penalização dos 6 pontos invalidaria o recurso da outra acusação, mas neste cantinho à beira-mar, o contrário é bem provável de acontecer. Isto tudo num processo em que os maiores visados nunca se defendem declarando inocência: ou as escutas são ilegais, ou as acusações prescreveram, ou será por outra razão qualquer. Espero que o Benfica (não contem muito com o Guimarães) faça ver à UEFA a podridão que grassa nessas “instituições” e os benefícios que os corruptos assumidos ainda vão tendo. E alguém que me responda à seguinte questão: se Pinto da Costa está suspenso, porque é que o homem não se cala e está sempre a falar como presidente do clube sobre o que se vai passando cá? Tudo bem que ele recorreu da sentença, mas esta não tinha efeitos na hora, mesmo com o recurso?
Scolari no Chelsea
O seleccionador nacional vai deixar a equipa das quinas e rumar para terras de sua Majestade. Será que o timing desta notícia foi o melhor? A equipa sairá desestabilizada? Ou, por outro lado, foi uma maneira de retirar pressão sobre os jogadores, na medida em que os meios de comunicação social viram as suas atenções para outro lado? O que eu acho é que até o próprio Scolari foi apanhado de surpresa com o anúncio prematuro e que o Chelsea só o fez para tranquilizar os jogadores e adeptos. A questão que se impõe agora é: haverá vida para lá de Scolari?
Marchas populares
Acabo de ver nas notícias que ganhou a freguesia de Marvila. Então, mas Alfama não tinha um contrato de vitória vitalício?
Greve dos camionistas
Parece que acabou. O Governo viu-se apertado por todos os lados e parece que a paralisação surtiu efeitos. O direito à greve é algo que não deve ser contestado: se algo está mal, há que reclamar e fazer valer os pontos de vista daqueles que se dizem menosprezados. Mas como Portugal é tudo menos um país decente, este tipo de situações são sempre mal geridas. Assim como deve prevalecer o direito de adesão a uma greve, o oposto também deve ser respeitado. Isto tudo fez-me lembrar as greves dos alunos que ocorriam quando eu era mais novo, em que se trancavam os portões da escola a cadeado e barrava-se o acesso à mesma. E todos ganhavam um dia de folga. Os piquetes foram um absurdo: tentar que outros adiram à nossa causa à força é tudo menos democrático e abre-se uma espiral de violência crescente que acaba por não dar razão a ninguém. Parece que acabou. Isto até o verniz estalar outra vez. Aguardemos.
Portugal ganhou. Garantiu o apuramento. O mínimo exigido já está feito. Deco fez um jogão. Leram bem. Até vou repetir: Deco fez um jogão. A UEFA já anda a fazer lobby para Cristiano Ronaldo ser eleito o melhor do mundo, só assim se explica o prémio de "Homem do Jogo" atribuído ao madeirense. Porque Ronaldo fez um jogo aquém do que se lhe pede. Aliás, Deco à parte, a restante equipa foi do mediano para baixo.
A primeira parte foi fraquinha. O golo de Portugal e pouco mais oportunidades surgiram daí em diante. A segunda foi mais equilibrada, mas a Selecção, em certos momentos, teve uma vaca descomunal. A defesa vacilou muito e até Nuno Gomes teve de ir dar uma perninha (ele que está habituado a ser defesa central dos adversários). Ricardo continua não dar segurança, Simão e Quaresma apagaram-se como de costume, João Moutinho passou ao lado do jogo, Pepe tanto acertava como metia água. E Scolari TEM de efectuar substituições mais cedo. Não é só quando se vê em desvantagem ou algum jogador se lesiona. A pensar assim, não vai longe no Chelsea. Muito me ria se ele viesse com a mesma atitude que no Euro 2004 quando, em pleno torneio, a comunicação social informou sobre o seu acordo com o Benfica. Disse ele: agora é que não vou mesmo para o Benfica! Mas isto são contas de outro rosário.
Agora, convém evitar a Alemanha ou, caso contrário, convocar de emergência o Sérgio Conceição!
PS: que a euforia da Selecção não branqueie o estado a que o nosso país chegou. Parecemos um país de terceiro mundo e estamos a caminhar para o abismo.
Comecei a assistir ontem à terceira temporada de How I Met Your Mother e acabei há minutos. 20 episódios num dia. O resultado de não ter nada para fazer (nada de urgente, entenda-se). Apesar da temporada perder muito em relação às anteriores, principalmente a segunda, continua a ser uma óptima comédia, com personagens cativantes e piadas inspiradas (Barney Stinson é o maior!). A mecânica dos flashbacks dentro dos flashbacks continua a funcionar às mil maravilhas, proporcionando um ritmo elevado de situações hilariantes, inovando na já gasta categoria de sitcoms clássicas (aquelas com recurso a multi-câmaras e risos do público no fundo). Nem as participações especiais da inchada Britney Spears e o apagamento da Robin em alguns episódios faz estremecer o gozo que é assistir esta série. E o mistério de quem será a mãe dos pirralhos começa a fechar-se. LOST e o seus mistérios que se cuidem: a identidade da mãe é o segredo mais bem guardado da televisão no momento! (ok, esta última parte é na brincadeira).
E que venha a quarta temporada!
Dia 19 de Junho, pelas 11h30 serei um gajo licenciado de facto! E acabei de saber que ainda tenho mais uma semana e meia para concluir o relatório de estágio, ou seja, vou revê-lo de uma ponta à outra e acrescentar ainda mais qualquer coisita. É só boas notícias!
A Selecção Nacional começou o Europeu com uma vitória sem contestação sobre a Turquia. Portugal jogou muito bem e mereceu ganhar o jogo, com três bolas no ferro e uma posse de bola esmagadora sobre uma equipa que, sinceramente, não fez nada para garantir a vitória. Os golos resultam de jogadas muito bem executadas pela equipa das quinas, finalizadas em grande estilo por Pepe e Raul Meireles.
Mesmo assim, continuo céptico: era mais do que a obrigação deles ganhar o jogo contra uma Turquia muito macia e pouco virada para o ataque. Cristiano Ronaldo tem de aprender a passar a bola quando se encontra cercado (e já se sabe que quando se vê com a bola, caiem-lhe logo dois ou três adversários em cima) e Deco continua a estar ausente dos jogos, o que já vem desde o final do Mundial de 2006. De qualquer das formas, foi um bom arranque para a Selecção e esperemos que seja para manter.
No outro jogo, a anfitriã Suiça perdeu com a Républica Checa, que teve toda a sorte do jogo em marcar o único golo da partida. Os suiços tudo fizeram para levar o jogo de vencida, mas os checos, a fazer lembrar a Grécia de há 4 anos, lá foram aguentando o resultado, até que uma bola bombeada do meio campo lá lhes deu para marcar um e garantir os 3 pontos. Quarta-feira, Portugal terá que ter muitas cautelas contra os checos.
Os combustíveis estão caros.
O salário mínimo faz jus ao nome.
A segurança social caminha para o abismo.
O sistema de saúde é mais lento que uma tartaruga.
A justiça é ainda mais lenta que o sistema de saúde.
O desemprego aumenta.
As manifs, greves e boicotes sucedem-se.
O ensino reforma-se constantemente e definha.
Os políticos falam muito e mexem-se pouco.
A insegurança cresce a cada dia.
Acima de tudo, está tudo falido.
Mas...
...o Euro 2008 começa hoje!