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... e obrigado por tudo!
Foi bonita a festa! Os adeptos encarnados apareceram em grande número no Estádio da Luz e, por um dia, deixaram para trás as prestações miseráveis, as declarações infelizes e as desilusões de toda uma época, para despedir-se do seu Maestro. Parecia até que o Benfica era campeão: os adeptos, incansáveis no apoio, retraíram as vaias e perceberam que, apesar de tudo, era um jogo de celebração de uma carreira, de um SENHOR jogador e de um símbolo do clube. Deu até para cantar por Fabrizio Miccoli, numa clara picardia à Direcção do clube.
Foi pena Rui Costa não ter marcado. Torci mesmo por isso, já nem queria saber do resultado ou da classificação. O estádio teria vindo abaixo com certeza. Mas não tem mal. Como ele disse, haverá maior alegria do que acabar a carreira em casa, no meio da "família" que tanto o acarinhou (e sempre acarinhará)? Quem dera a muitos clubes ter um jogador assim. Que tenhas o mesmo sucesso na secretaria como nos relvados.
Finalmente, acabou o campeonato. Agora é hora de apurar responsabilidades e preparar convenientemente a próxima época. Mas isso será tema de um post futuro...
Eu sei que tinha prometido um post sobre os filmes que vi nos últimos tempos, nomeadamente Homem de Ferro, post esse que já está quase pronto, mas não podia falhar ao assunto do dia, portanto, o cinema fica para outra altura. E eu até nem era para falar de futebol, pelo menos até Domingo, quando o campeonato acabasse de vez e fizesse uma apreciação geral do mesmo e da prestação (miserável, diga-se) do Benfica.
O processo Apito Final conheceu hoje os seus castigos, sendo que os mais importantes dizem respeito ao Boavista FC e ao FC Porto. O primeiro desce de divisão e o seu presidente é suspenso por 4 anos; o segundo perde 6 pontos e Pinto da Costa vê-se suspenso por 2 anos. Tenho pena do Boavista. Mesmo! Pelo menos, merecia companhia na ida para a segunda, uma vez que a subtracção de míseros 6 pontos é pouco para Pinto da Costa e sus muchachos. Que nem sequer vai recorrer do caso da retirada dos pontos, porque não lhes convém (já levam 20 e tal de avanço) e não os censuro por isso. Mas, claro que, indirectamente, se declaram como culpados.
Ou seja, a partir de hoje podemos chamar-lhes de corruptos à vontade que nem eles se importam. Mas vejamos: o Belenenses usa um jogador irregularmente e perde 6 pontos; o FC Porto recebe o mesmo castigo apenas porque a corrupção não foi consumada (leia-se, não ganharam o tal jogo), o que fica só pela tentativa. Enfim, coisas da Tugalândia...
Gostei de ver a conferência de imprensa de Pinto da Costa. A sério! O homem todo cheio de razão e altivez, a disparar os argumentos do costume: nesse ano fomos campeões europeus (adoro este argumento; o Marselha não fez o mesmo?), que isto é tudo para o deitar abaixo (então, mas as teorias da conspiração não andam mais para os lados de Lisboa?) e que o clube vai continuar na onda de vitórias, só que antes tinha 24 e 21 pontos de avanço sobre os rivais directos e agora só terá 14 e 15 (coitado, nem contas sabe fazer). Também gostei de ele ter apontado que o segredo de justiça não foi respeitado e que ontem já se sabiam as punições deste processo. Deve estar a falar do mesmo tipo de fugas de informação que lhe permitiram fugir para Espanha com a shô dona Carolina, quando a Policia Judiciária estava no seu encalço.
Gostei ainda mais da entrevista de Valentim Loureiro na TVI. O homem é todo "tu cá, tu lá": era "O" Elmano; "O" Luis Guilherme [Aguiar], berros, insultos e quando queria chamar a atenção era "Oh Manuela!". Enfim, mais um papalvo que devia ir fazer uma estadia prolongada às Berlengas, juntamente com Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, Alberto João Jardim e Pinto da Costa. Ao menos, ficava tudo entre amigos.
No outro dia, falei sobre isto com um amigo meu e disse-lhe que os acusados neste processo todo, se eram tão dignos como falavam de boca cheia, não deviam exercer por opção própria e, no futuro, se viessem a ser declarados inocentes, deviam ser indemnizados por isso. Se estas suspensões forem avante (vem aí a temporada dos recursos), será um alívio não ter de ouvir Pinto da Costa vomitar ódio pelo Benfica, a falar de uma guerra Norte-Sul que só existe na sua cabecinha (e de quem o ouve, já agora) e referir-se aos "outros" como aqueles que fazem do ódio o seu modo de vida.
Que moral, caro Jorge Nuno! Então, mas não foi assim que você subiu na vida?
Neste momento, o que ando é ouvir é isto:
Bandas sonoras são a minha perdição! E como eu adoro LOST, e hão-de ver-me babar muito por esta série aqui no blog, a sua banda sonora não é excepção. Uma vez que já tinha as das duas primeiras temporadas, "adquiri" hoje a banda sonora do terceiro ano da série. Para animar as hostes pela demora do lançamento do álbum, este vem com 2 discos: o primeiro refere-se aos primeiros 20 episódios da temporada; o segundo traz algumas (poucas) faixas dedicadas ao 21º episódio (Greatest Hits), e o restante traz as músicas do episódio duplo que encerrou o ano: o já mítico Through the Looking Glass.
Pois bem, a minha ressalva é mesmo quanto ao Disco 2: dois episódios, se bem que um deles foi duplo, num só CD, foi apenas uma estratégia rasteira de alargar o repertório e, claro, fazer com que o produto ficasse mais caro. E digo isto porquê? Porque as músicas do disco 2 são bastante repetitivas e muitas delas mal chegam ao minuto e meio regulamentar (algumas nem 1 minuto de duração têm). Tirando esta pequena grande falha, o compositor Michael Giacchino (Ratatouille, Missão Impossível 3, Alias - A Vingadora) continua a fazer maravilhas na série. A sua orquestração complementa tão bem os momentos televisivos que, por vezes, dou por mim a revê-los só por causa da música. Ela é envolvente, por vezes alegre, melancólica noutras e ainda, tremendamente assustadora em algumas faixas, inspirando-se claramente nas partituras de Bernard Herrmann, o compositor preferido de Hitchcock. Para quem gosta de LOST é imperdível, bem como os discos anteriores.
Por outro lado, tenho ouvido, involutariamente, isto...
E tudo graças ao meu irmão, que deve achar que, lá porque me conseguiu pôr a gostar de Blasted Mechanism, há-de conseguir que eu goste... disto! Sabendo como ele é, deve estar para aparecer aí nos comentários a dizer: "Não gostas de Epica, mas falaste no blog!". Sim, e...?
O que me aflige é que se a banda confirma a sua presença no festival Lagoa Burning Live, aí é que vou ter uma overdose de guitarradas, vozes guturais e melodias góticas a falar do amor que está lá longe e que não se é nada sem ele...
Blargh!
Próximo post: Homem de Ferro e outros filmes que vi nos últimos tempos. E faltam duas semanas para o Indiana Jones...
Era para fazer um post com as minhas impressões sobre o filme Homem de Ferro, mas como tenho tido problemas com o upload de imagens para o servidor da Sapo (algo que já me tinham prevenido que poderia acontecer), ficará para outra altura, juntamente com impressões dos filmes que tenho visto nos últimos tempos. Vai daí, decidi fazer um post sobre, imaginem… séries de televisão!
Quem já me conhece sabe que sou um aficionado por séries de televisão, algo que já vem desde há muitos anos, quando a TVI era uma estação decente e passava grandes séries em horários apropriados. Claro que, nos últimos anos, com o aumento significativo e variedade das séries dos canais norte-americanos (tanto públicos como privados) bem como o advento do acesso à Internet por banda larga, ocorreu um boom no acompanhamento de séries que antes seria impensável. Assim, segue uma listagem de séries televisivas que acompanho ou conheço, bem como as minhas impressões sobre cada uma delas (por ordem alfabética, com o título em português entre parêntesis).
24
O quê? Jack Bauer, agente da agência contra o terrorismo, tem de resolver um caso em 24 horas. Cada episódio corresponde a uma hora do dia. Conspirações, traição e muito adrenalina e tudo isto sem o homem ir à casa de banho!
Vale a pena? Claro! Tensa como poucas, com altas doses de acção e reviravoltas e um Kiefer Sutherland ao mais alto nível fazem desta série uma das mais viciantes dos últimos anos.
30 Rock
O quê? Viagem as bastidores de um programa do género Saturday Night Live em que acompanhamos as agruras de Liz Lemon, chefe de redacção da equipa de argumentistas, que tem de lidar com o seu novo e impertinente chefe e o embate entre a velha estrela do programa e a nova vedeta (Tracy Morgan, insuportável), cuja carreira cinematográfica está em decadência.
Vale a pena? Sim, apesar de não ser uma sitcom de rir às gargalhadas e ter de aturar Tracy Morgan (actor e personagem), um misto de Eddie Murphy e Martin Lawrence com tudo de mau que pode vir daí (eu sei que a ideia da personagem é mesmo essa, mas eu não tenho pachorra para o aturar). Por outro lado, Tina Fey e Alec Baldwin são grandes!
Arrested Development (De Mal a Pior)
O quê? Patriarca vai preso e a sua família, altamente invulgar, tem de lidar com os problemas que surgem dessa situação.
Vale a pena? Ainda não vi, mas consta que é hilariante.
Big Love
O quê? Série da HBO que retrata o dia-a-dia de uma família polígama, em que um homem Bill Henrickson (Bill Paxton, excelente) tem três esposas, uma ninhada de filhos e uma série de problemas: vizinhos bisbilhoteiros, filhos que começam a ameaçar a estabilidade da família, esposas que se dão mal, expansão do seu negócio e os anciões da sua tribo mórmon, com o qual tem dívidas passadas.
Vale a pena? Vale, embora haja episódios em que parece que a narrativa não avança. Porém, o clima tenso e os perigos que ensombram toda aquela família valham a viagem.
Brothers and Sisters (Irmãos e Irmãs)
O quê? Família une-se para celebração, mas eis que o patriarca falece o que tem consequências em cada um dos elementos dos Walker. Por detrás da imagem imaculada de boa família, cada um deles esconde segredos um dos outros até atingirem a ruptura.
Vale a pena? Do pouco que vi, não me atraiu muito: melodramática demais e histórias com demasiada sacarose. Mas acredito que a prestação do fenomenal elenco faça com que seja mais fácil de acompanhar.
Californication
O quê? Escritor de sucesso com bloqueio artístico, anda numa roda-viva de sexo, álcool e vícios, enquanto tenta reatar com a ex-companheira, com a qual tem uma filha.
Vale a pena? Sim, quanto mais não seja pela actuação de David Duchovny, que se livra do estigma Ficheiros Secretos (e daí talvez não, com o novo filme da série pronto a estrear este Verão).
Damages (Sem Escrúpulos)
O quê? Uma advogada fria e calculista encarrega-se de defender um grupo de trabalhadores que foi burlado pelo big boss de uma grande corporação. Paralelamente, acompanhamos a história da sua assistente (que ocorre no futuro) acusada de assassinar o seu namorado
Vale a pena? Sendo uma série que vive à base de grandes interpretações, não posso dizer que estamos mal servidos, uma vez que Glenn Close carrega a série às costas, embora a revelação seja mesmo Rose Byrne no papel da sua assistente.
Desperate Housewives (Donas de Casa Desesperadas)
O quê? Aventuras e desventuras de um grupo de donas de casa entre os 30 e os 40 e tal anos, polvilhadas com muito mistério, humor negro e situações insólitas.
Vale a pena? Muito! Só pela actuação das actrizes principais (principalmente de Felicity Huffman, que dá um show) e o seu humor refinadíssimo, já vale dar uma olhada. Por vezes, o argumento (nomeadamente, na segunda temporada) dá uns tropeços na credibilidade e torna-se algo parvo, mas o que se poderia esperar de uma série que pretende ser uma sátira às soap-operas que há anos inundam o meio televisivo?
Dexter
O quê? De dia, Dexter Morgan ajuda uma equipa forense a resolver casos de homicídios; de noite, ele persegue e mata serial-killers que, no seu entender, não foram devidamente punidos pelo sistema judicial.
Vale a pena? A grande surpresa dos últimos anos! E mais não digo, sob pena de estragar alguma coisa sobre esta excelente série.
Entourage (A Vedeta / Vidas em Hollywood)
O quê? O dia-a-dia de uma estrela de cinema em ascensão e do seu grupo de amigos (daí o nome entourage), que têm de lidar com a fama, os sucessos e os fracassos, com muita festa, mulheres e dinheiro.
Vale a pena? Pode parecer um Sexo e a Cidade no masculino, mas a partir da segunda temporada a série afasta-se deste conceito, criado um universo próprio, mas igualmente rico. Quem souber o mínimo do funcionamento e das caras dos bastidores da Meca do Cinema, tem diversão a dobrar. E não esquecer a personagem mais “diabólica” dos últimos anos, o agente Ary Gold, interpretado de maneira sensacional por Jeremy Piven. Aconselho vivamente!
Grey’s Anatomy (Anatomia de Grey)
O quê? Dia-a-dia de um grupo de interinos num hospital de Seattle, que tem de lidar com o stress do trabalho, as relações com os patrões e colegas e os (excessivos e melosos) casos amorosos.
Vale a pena? Pela descrição acima, deu para ver que não sou o maior fã desta série: considero-a uma novela mexicana com altos valores de produção e a sua protagonista, Ellen Pompeo, fraca e sem expressão, embora acredite que os secundários consigam dar o ar de sua graça que esta série não tem. Podem atirar as pedras agora!
Gossip Girl
O quê? A vida de um grupo de jovens adultos na alta sociedade de Manhattan, sendo que as suas histórias são narradas por um blog especializado em fofocas. Ou seja: intrigas, amores e putos mimados com dinheiro nas contas bancárias.
Vale a pena? Descartável. Só para fãs (e muito hardcores) de O.C. – Na Terra dos Ricos, porque a história é essencialmente a mesma, mas num contexto diferente.
Heroes
O quê? Em todo o mundo começam a surgir pessoas que revelam capacidades extraordinárias e que se vêm no meio de uma conspiração que visa a destruição de Nova Iorque e uma profunda alteração do mapa político e social dos Estados Unidos.
Vale a pena? Por vossa conta e risco! Considero Heroes o grande bluff televisivo dos últimos anos e ainda estou para perceber o sucesso desta pilha de lixo. Cópia descarada das histórias dos X-Men e do Watchmen de Alan Moore, não tem um pingo de tensão, não tem interpretações decentes (é só canastrões, então aquele Mohinder Suresh… pfff…), não tem argumentos inteligentes (já perdi a conta aos buracos da história), não tem nada! Mas o pior é o tom épico que se tenta dar à coisa: a narração (horrível), a música (duplamente horrível), o termo “volume” para designar temporadas, já para não falar daqueles momentos em que o espectador pensa que vai dar em alguma coisa e acaba numa resolução broxante ou num momento piegas. A segunda temporada, então, é um desastre! Bendita greve de argumentistas que a obrigou a fechar portas mais cedo.
House
O quê? O médico anti-social, arrogante e frontal dispensa apresentações. Cada episódio apresenta um caso que ele mais a sua equipa tem de resolver, no melhor estilo C.S.I., e Hugh Laurie opera um verdadeiro milagre no papel principal.
Vale a pena? Obviamente! É daquelas séries que o seu conceito praticamente não se altera ao longo das temporadas e mesmo assim não cansa (o mesmo já não pode dizer de… C.S.I. e derivados).
How I Met Your Mother (Foi Assim que Aconteceu)
O quê? Sitcom em que Ted Mosby relata aos seus filhos, no futuro, como conheceu a mãe deles e a história é acompanhada por nós no passado. Do seu grupo de amigos fazem parte Marshall e Lily, que namoram desde a faculdade e estão noivos, Barney, solteirão, boémio e completamente destravado, e Robin, pessoa pela qual Ted se apaixona, mas que os produtores já garantiram não se tratar da mãe dos petizes.
Vale a pena? Completamente! Hilariante, vive muito da interacção entre as personagens e a cumplicidade dos actores (todos carismáticos, mas destacando-se Neil Patrick Harris), num ambiente que remete a Friends. Outro dos atractivos da série é tentar descobrir quem será a mãe e, embora seja altamente improvável, ainda hoje torço para que seja a Robin.
LOST (Perdidos)
O quê? Crónica dos sobreviventes do voo 815 da Oceanic Airlines que se despenha na ilha deserta mais povoada do mundo. Basicamente, é isto!
Vale a pena? NÃO! Perguntas parvas merecem respostas parvas.
Nip/Tuck
O quê? A vida de dois cirurgiões plásticos, Sean McNamara e Christian Troy, mais a família do primeiro e os casos que aparecem todas as semanas na clínica.
Vale a pena? Apesar do seu universo parecer desinteressante numa primeira leitura, Nip/Tuck é das séries mais complexas, chocantes e insólitas dos últimos anos. Só os casos bizarros que aparecem pela clínica já valeriam a pena, mas a história dá pano para mangas, com uma análise profunda sobre a condição humana e das relações que estabelecemos com os outros, principalmente com a família. Muito, mas muito recomendável!
Prison Break
O quê? Michael Scofield, engenheiro extremamente inteligente, vai preso intencionalmente para a prisão de Fox River para libertar o seu irmão, acusado injustamente de matar um importante senador. Para isso, tatua todo o plano de fuga no seu corpo, mas o que não foi tatuado são as constantes reviravoltas no argumento que vão pôr à prova todo a sua perspicácia e capacidade de improviso.
Vale a pena? Oh, se vale! Principalmente as duas primeiras temporadas, autênticas injecções de adrenalina pela corrente sanguínea. Na terceira temporada convém dar um (ENORME) desconto, mas ainda assim diverte.
Reaper
O quê? Rapaz atinge maioridade e fica a saber que os seus pais venderam a sua alma ao Diabo e que este voltou para a cobrar. Agora, ele é obrigado a servir o Belzebu, caçando almas e demónios para o inferno.
Vale a pena? Sinceramente, não é lá grande coisa. Tem uma boa premissa, ainda para mais com o piloto a ser escrito e realizado por Kevin Smith, mas depois perde-se completamente e cansa.
Studio 60 on the Sunset Strip
O quê? Finada série sobre os bastidores de um programa, tipo… Saturday Night Live, em que acompanhamos os problemas dos recém-chegados argumentistas que têm de aumentar as audiências, gerir a equipa de trabalho e ainda negociar com os engravatados que não depositam muita confiança neles.
Vale a pena? Com um conceito semelhante a 30 Rock, esta não é uma série de comédia, pelo menos, não há primeira vista. O seu humor é muito mais inteligente e incisivo, o que não é alheio ao facto de argumentista ser Aaron Sorkin, que trabalhou em Os Homens do Presidente e escreveu o filme Charlie Wilson’s War – Jogos de Poder. Com um elenco à prova de bala, situações tragicómicas e uma relevância política que não é normal em horário nobre norte-americano, é uma excelente série que não merecia o fim que teve.
The New Adventures of Old Christine (As Novas Aventuras de Christine)
O quê? Christine, mulher de meia-idade tem de lidar com o seu divórcio recente, os seus dois filhos e o seu irmão meio marado, até que o seu ex-marido (pelo qual ainda é apaixonada) volta a namorar com uma rapariga muito mais nova, cujo nome é… Christine.
Vale a pena? Para dar umas risadas valentes, sim, mas não passa muito disso. Destaque para a prestação de Julia Louis-Dreyfus, a eterna Elaine Benes de Seinfeld.
The Office (O Escritório)
O quê? Versão norte-americana do sucesso britânico, em que é acompanhado o dia-a-dia de uma empresa e as excentricidades dos seus empregados.
Vale a pena? Embora o seu formato de falso documentário não seja do meu agrado (até porque acho que a série passava muito bem sem isso), é uma boa comédia, em que Steve Carrell brilha a grande altura, como o chefe irresponsável, convencido e patético.
The Shield (O Protector)
O quê? Série policial invulgar em que são retratadas as acções de um grupo de policias corruptos que, apesar dos meios altamente reprováveis, conseguem resultados positivos e dos seus superiores que se vêm no meio do dilema entre o dever e a influência politica.
Vale a pena? Violenta e polémica, mas sempre realista, faz um retrato das forças policiais que não olham a meios para atingir os seus fins, sempre na linha ténue entre o certo e o legal.
Ugly Betty (Betty Feia)
O quê? Nova versão de uma comédia colombiana, mostra a vida da doce, responsável, mas que não deve muito à beleza, Betty Suárez, que vai trabalhar como secretária de um editor de uma revista de moda. Lá faz amigos, inimigos, passa vexame, dá lições de moral, sempre com altas criticas ao mundo da moda.
Vale a pena? Pode parecer foleira, datada, piegas e Ugly Betty é tudo isso, mas é-o com tanto charme que se torna irresistível. Como sátira ao mundo da moda e das novelas mexicanas, o argumento não deixa pedra sobre pedra, para a qual contribui a inacreditável galeria de secundários, cada um melhor que o outro.
Weeds (Erva)
O quê? Quarentona fica viúva e para manter o seu estilo de vida e da sua família, começa a vender erva na sua comunidade, um daqueles subúrbios típicos dos Estados Unidos. A vida não anda fácil e vários problemas surgem pelo caminho: a família que desconfia, a concorrência de outros traficantes, os clientes que põem em risco o negócio desafiando o seu código de honra, e a chegada de um novo amor que pode acabar com isto tudo.
Vale a pena? Autêntica bofetada na sociedade norte-americana, que é retratada como mesquinha e hipócrita, vivendo só das aparências, mas que no fundo é vazia e podre. Mary-Louise Parker tem uma brilhante actuação como personagem principal num papel altamente arriscado: em nenhum momento o espectador questiona a sua opção de vender droga (nós sabemos que é errado, mas não queremos que ela se dê mal) e acreditamos plenamente no seu amor pela família, que é verdadeiramente o que a obriga a tomar esta atitude.
Pronto, estas são as que me lembrei de momento. Post enorme, dedos dormentes e até à próxima.