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Isto de agora ver LOST sem saber quase nada, sem ler nada que possa estragar surpresas, é muito gratificante. Óptimo e emocionante episódio final que serve mais como preparação para as duas últimas temporadas do que propriamente para encerrar esta temporada (final por final, ainda prefiro o do ano passado) E como é difícil falar de LOST sem contar nada, ficam aqui as minhas impressões ao longo de vários momentos dos 80 minutos que dura o episódio:
Agora serão 8 meses de angústia até à 5ª temporada.
Amanhã (sexta-feira) vai ser um grande dia! "E porquê?" - perguntam vocês desinteressadamente. "Por duas razões muito simples" - respondo eu, entusiasticamente:
Ou seja: amanhã, por volta das 18h, sou um gajo quase licenciado, faltando apenas a entrega do relatório e consequente apresentação (relatório esse que é um monstro em crescimento: já leva 46 páginas e, basicamente, só tem anexos!). Chegar a casa e assistir a um episódio duplo da minha série favorita é a cereja em cima do bolo!
E pronto! Está oficialmente inaugurada a minha categoria de "post para meter nojo à malta". Mas não se deprimam muito, vocês que estudam, trabalham e tal. Mais cedo ou mais tarde, voltarei a ser mais um junto de vós. E será para sempre...
PS: Descansa em paz Sydney Pollack, realizador de dois dos meus filmes de eleição, a saber: Os Cavalos Também Se Abatem, duríssimo estudo sobre a condição humana que, nos tempos da Grande Depressão, se rebaixa a qualquer coisa por um pouco de esperança; e Tootsie - Quando Ele Era Ela, a melhor comédia que os anos 80 nos deu (taco a taco com Um Peixe Chamado Wanda).
Factos: 02 de Dezembro de 2007. Estrada nacional 109 em Paramos, Espinho. 04h41 da madrugada.
Infracção: circular a uma velocidade de... 56 km/h!
Combustíveis
Aqui há uns tempos ao ser entrevistado, George Lucas, criador e produtor das sagas A Guerra das Estrelas e Indiana Jones, referiu-se do seguinte modo ao novo filme da saga do arqueólogo Henry Jones Jr., que, na altura, estava em fase de filmagens: "Basicamente, vamos fazer A Ameaça Fantasma outra vez!". Ele não estava a menosprezar o filme dizendo que ia ser mais fraco que os restantes, como aconteceu com o chato episódio I da saga intergalática. O que ele queria dizer era que as expectativas eram tão grandes que, dificilmente, o filme conseguiria estar à altura delas. Tendo isto em mente, o que leva a ele, a Steven Spielberg e a Harrison Ford a levar avante uma nova empreitada, que chega hoje aos cinemas com o nome Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, sabendo que tal poderá não resultar como eles desejam?
Dinheiro e estatuto. Esta é a mais pura verdade: Lucas tem de lançar um filme ultra-lucrativo a cada 3 anos, Spielberg tem de cair nas graças do público novamente e voltar a fazer êxitos planetários e Harrison Ford tem de se manter no activo (e com sucessos já agora, que os últimos filmes dele...) sob pena de não poder voltar às luzes da ribalta. Certamente, será isto que lhes passa pela cabeça porque eu não vislumbro outra justificação para lançar mais um capítulo da saga, que é, com certeza, uma daquelas desilusões cinematográficas que um gajo apanha quando o rei faz anos.
Comecemos pelo argumento: os três sempre disseram que só voltariam com um novo filme caso a história fosse realmente boa e tivesse algo a acrescentar à ex-trilogia. Pois bem, a história não tem ponta por onde se lhe pegue, está cheia de furos e quando o filme realmente acerta no ponto (pouquíssimas vezes) deve-se mais à mitologia estabelecida pelos 3 primeiros filmes do que propriamente por ideias novas. E se o "algo a acrescentar à saga" vem na personagem de Mutt Williams, eu vou ali e já venho.
As cenas de acção são burocráticas ao máximo, exceptuando-se talvez a perseguição de moto, e nada empolgantes. Aliás, em todo o filme não se nota a mão de Spielberg para este tipo de filmes, cuja acção tem de ser envolvente e dinâmica, algo que é ressaltado pelo absurdo de cenas como a do frigorífico (quem viu, percebe), das três cataratas e a do "Tarzan improvisado" (mais uma vez, quem viu percebe; quem não viu, abençoado seja). Disse Lucas e Spielberg que só iam recorrer a efeitos especiais de computador quando fosse estritamente necessário e tal é falso: da metade do filme para a frente dá-se uma overdose de CGI e nem por isso são dos melhores efeitos especiais que andam por aí.
As interpretações são boas: Harrison Ford continua excelente no papel, embore não se esforce por aí além; Shia LaBeouf demonstra mais uma vez o carisma de Transformers e Paranóia; Cate Blanchett também se safa no papel da estereótipada vilã comunista dos anos 50; e como é bom ver Karen Allen de volta! A única interpretação que destoa é a de John Hurt no papel de Oxley, mas a culpa nem é dele mas sim do argumento que lhe dá falas como "Eles foram para o espaço entre os espaços". Mais tosco, impossível!
O filme nem as poucas boas ideias que tem consegue aproveitar: o clima da perseguição ao comunismo que se vivia nos EUA nos anos 50 (o filme passa-se em 1957, exactos 19 anos depois do terceiro filme) podia ser melhor desenvolvido, sendo que o único conflito que ocorre é logo no início quando o Governo põe em causa todo o trabalho de Indiana por pensar que ele ajuda os russos; o anacronismo de um herói clássico de aventuras estar ainda em acção no início da era atómica como metáfora para o lugar da saga no cinema actual (isto foi muito melhor desenvolvido no último Rocky); a ideia da fotografia que dá a impressão que o filme foi filmado nos anos 80 perde o sentido quando o CGI toma conta da história; o templo onde deve ser depositada a tal Caveira de Cristal é um achado, mas já vem tarde, quando todo o esforço de encontrar algo de original já está perdido; e a oportunidade de fazer uma alegoria com símbolos cristãos que esteve presente nos filmes anteriores é completamente rasteira e só deverá ser notada porque... tal esteve presente nos filmes anteriores!
Já se sabe que as expectativas eram elevadíssimas e que é sempre dificil lidar com isso. Mas é complicado encontrar pontos positivos numa obra que dá a impressão que todos os envolvidos estão a fazer um frete e que não se empenharam a fundo, em que a história anda aos solavancos, que as cenas de acção não trazem nada de novo, alinhando na moda dos últimos anos de fazer tudo parecer um videojogo, retirando-lhes autenticidade. Este parece-me ser o grande erro do filme: trazer o herói para o cinema do século XXI em vez de levar o espectador por uma viagem pela magia dos filmes da década de 80. Só por este prisma é que se pode dizer que Indiana Jones tem lugar no cinema actual.
Qualidade da banha: 7/20
Jogou-se ontem à noite a final da Liga dos Campeões, opondo o Manchester United e o Chelsea, respectivamente, campeão e vice-campeão da liga inglesa. Foi uma final especial, pelo simples facto de estarem em campo aquelas que são, provavelmente, as melhores equipas da Europa, algo que não devia acontecer numa final da Champions há bastante tempo.
Apesar de ter havido apenas dois golos e do jogo ter chegado a prolongamento e a penalties empatado a uma bola, foi um encontro emotivo com duas partes distintas: a primeira dominada pelo Manchester United, a segunda pelo Chelsea, sendo que no prolongamento as coisas foram mais equilibradas. O Manchester podia ter chegado ao intervalo a ganhar por mais, não fossem os reflexos de Peter Cech e a azelhice de Tevez, mas o Chelsea também atirou duas bolas ao poste. Como o jogo vai ser dissecado nos meios apropriados, só queria deixar aqui uns apontamentos:
Amanhã, ponho aqui as minhas impressões sobre Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, que acabei de ver no cinema. Mas não se entusiasmem muito, o filme é uma valente decepção...
Marion: "Não és o homem que conheci há 10 anos atrás."
Indiana: "Não são os anos, querida, é a quilometragem."
Diálogo d' Os Salteadores da Arca Perdida
Nunca tive o prazer de assistir nenhum dos filmes da saga Indiana Jones no cinema, algo que será retificado na próxima Quinta-feira, quando estrear o novo tomo: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. O que é muito estranho, pois todo o universo criado por George Lucas e Steven Spielberg não é mais que uma grande homenagem ao cinema, àquele cinema de aventuras e acção inocente dos anos 30 e 40, que preenchiam o imaginário dos jovens de então. Obviamente que não tinha ainda nascido quando os dois primeiros filmes foram lançados, sendo que no terceiro ia a caminho dos 4 anos, quando as preocupações passavam, obrigatoriamente, por brincar, comer e dormir.
Sendo assim, creio que vi todos os três filmes na televisão, o que não retira em nada o charme e o impacto das aventuras do arqueólogo Doutor Jones e companhia. Indiana Jones e o Templo Perdido (1984) foi aquele que vi mais vezes, acho que até foi o primeiro que assisti, ou seja, acabei por respeitar a cronologia do universo da personagem. Toda a cena inicial no Club Obi-Wan (perceberam?) em busca do diamante, aquele jantar nojento e a fastástica perseguição na mina faziam as minhas delícias. Por outro lado, tinha um medo terrrível da cena do ritual satânico, em que o mauzão arranca o coração ainda a bater do peito de um tipo qualquer.
Depois vi Os Salteadores da Arca Perdida (1981), provavelmente o melhor filme da série, em que a personagem foi apresentada ao mundo. Como só anos depois vim a saber que este tinha sido o primeiro filme a ser lançado, é que reparei como o filme é realmente bom: toda a apresentação da personagem e da mitologia que o rodeia é perfeita, Harrison Ford incorporou de tal maneira o papel que é impossível imaginar outro actor a interpretá-lo, diálogos majestosos a fazer lembras as comédias das décadas de 30 e 40, e uma magia que só os grandes filmes proporcionam. O final fecha o filme de forma perfeita e cínica, quando Spielberg sabia como encerrar os seus filmes da melhor maneira, algo que foi perdendo com o tempo.
Tempos mais tarde, acabei por assistir à grande aventura que é Indiana Jones e a Grande Cruzada (1989), com um ritmo mais leve contrapondo ao negrume de ...Templo Perdido. A história tem bastantes semelhanças com o primeiro filme da personagem, mas os acertos são tantos que tornam o filme mais de que um mero entretenimento: a acção é melhor e desenfreada, é o mais bem humorado dos 3 filmes (a piada de Hitler é clássica), toda a sequência inicial com o jovem Indiana, e, claro, Sean Connery como pai de Indiana, Henry Jones, caiu como uma luva no papel e a sua química com Harrison Ford é imaculada. Como James Bond foi uma das inspirações para a personagem e Spielberg andava desgostoso pois queria realizar um filme do espião, mas não lhe deixavam, só o eterno 007 para ser o pai de Indiana Jones. Um grande entertenimento como só Spielberg sabe fazer (mas parece que foi perdendo o jeito...).
Com o revivalismo dos anos 80 que se tem assistido no cinema (e não só) nos últimos anos, o lançamento de Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal acaba por ser um dos pontos altos deste movimento. É uma pena que Sean Connery não tenha alinhado em participar neste filme, mas trouxeram a personagem de Marion, a primeira Indy-girl e o grande amor de Indiana Jones, o que me parece bastante acertado. Espero mais do que um filme de Verão: espero sentir-me como os espectadores se sentiram nos anos 80; que o filme faça jus aos anteriores; que a aventura e o entretenimento sejam de primeira água; que a música do grande John Williams me arrepie todo e me embale durante o filme todo; acima de tudo, quero a magia de volta!
Nunca tive o prazer de ver nenhum dos filmes da saga Indiana Jones no cinema. Quase que diria que este último vai ser lançado só para que eu tenha esse prazer...
Para as tão proclamadas melhores equipas a actuar em Portugal, o espectáculo deixou muito a desejar. Como estes jogos a mim pouco ou nada me dizem, espero ao menos ver um encontro disputado, com golos (já nem peço que sejam bons golos) e, se possível, que o FC Porto perca, o que já me deixou um pouco mais consolado. Engraçado é que o Sporting, mesmo a praticar um futebol sofrível ao longo de toda a época, acabe por ter um ano positivo, na minha opinião. Pelo menos, acabou bem melhor que o Benfica, o que, para muitos deles, já é orgásmico!
Acima de tudo, foi um jogo de enganos: Jesualdo Ferreira enganou-se ao não convocar Bosingwa; Olegário Benquerença enganou-se ao não marcar 3 penalties a favor do FC Porto que não existiram; mas quem provocou o maior engano foi mesmo Rodrigo Tiuí, e por duas vezes, marcando os golos da partida. Já não bastasse o Apito Final, a ameaça de exclusão das competições europeias e a suspensão de Pinto da Costa, os Andrades ainda passam pela humilhação de perder para uma equipa fraquinha, fraquinha, que depende de um tosco para marcar dois golos. Inaceitável!
Agora mais a sério, o jogo foi mesmo pobre: o FC Porto foi uma sombra daquilo que se espera e o Sporting lá foi dominando o jogo quase por inteiro, se bem que, chegando à área adversária, lá vinha ao de cima a azelhice nos passes e nos remates. Mesmo a jogar com mais um nos últimos 15 minutos regulamentares, o Sporting mais parecia esperar pelo prolongamento, a ver se o FC Porto aparecia mais cansado. Que acabou por acontecer mais pela substituição de Raúl Meireles que, coitado, corria que se fartava mas ninguém o acompanhava. Na segunda parte do prolongamento, o Sporting marcou um golo inacreditável (um ressalto daqueles acontece uma vez na vida) e, mais tarde, em contra ataque, o enganador Tiuí marcou outro golo, este de gancheta e, saloio como é, lesiona-se, mas nada que impeça a festa verde e branca. Entretanto, nas bancadas começava a debandada da manada tripeira, com as claques a fazerem o seu papel junto às forças policiais. Por isso já sabem: nem ousem parar nas estações de serviço espalhadas pela A1!
E pronto, foi isso: um jogo fraco, com algumas picardias, com uma expulsão para o FC Porto (facto que deve acontecer tantas vezes como o alinhamento dos astros) do jogador João Paulo que, ao ver o cartão vermelho, ainda tentou fazer o árbitro mudar de ideias abraçando-o, mas o homem não foi na conversa, então toca a pôr em prática a escola portista: empurrões e confrontações ao árbitro antes de se decidir a sair do campo. Vitória justa para o Sporting e um imenso balão de ar para Paulo Bento e Soares Franco, que poderão continuar com as suas políticas de gestão de recursos que tanto os orgulha, isto até os adeptos se decidirem a revoltar outra vez, algo que deve estar agendado para Janeiro ou Fevereiro do próximo ano.
Hum... se calhar, nem tudo foi mau.
Respeito qualquer alteração que queriam fazer ao nosso idioma, tanto na escrita como na oralidade, mas já se sabe que a população é avessa a grandes mudanças. Hoje em dia, custa-nos perceber que antigamente se escrevia “pharmácia” e que tal foi alterado e, actualmente, estamos na mesma posição em que os lusófonos estiveram na altura dessas modificações. Porém, as razões por detrás do novo acordo não fazem grande sentido. E enquanto o meu Word não detectar erros continuarei a escrever na forma antiga.
FC Porto e Liga dos Campeões
Podem chamar o Benfica de queixinhas, mas este só está a salvaguardar os seus interesses. E sim, o FC Porto poderá estar em maus lençóis com esta questão. Porém, o regulamento não é claro quanto à prova de culpa de corrupção como critério de admissão na Champions e é por aí que neste caso se vai chutar para canto (como em tantas outras ocasiões) e a UEFA lá irá admiti-los. Não me julguem mal: acredito que a ida à do Benfica à Taça UEFA seria um belo “castigo” pela miserável época que fizeram e, desta foram, poderiam fazer um planeamento correcto e uma pré-epoca nas calmas, sem apressar as coisas a tempo da pré-eliminatória, sem falar no facto que o FC Porto, sem competições europeias, ficaria com o campeonato à mercê. Mas lá que dava um gozo vê-los fora da Europa, lá isso dava!
Benfica
Rui Costa começou bem na secretaria: sereno e com muito à vontade, anunciou a renovação de contracto com Léo e que a procura do novo treinador está a chegar ao fim. Fala-se de Quique Flores, que não me desagradaria de todo, embora Peseiro não fosse mal pensado, mas só com um adjunto raçudo capaz de impor a ordem que o Zézinho não consegue. Já agora, parabéns à equipa de andebol e, principalmente, a Aleksander Donner que, há um mês, soube que ia ser dispensado. Já ouvi dizer que o homem tem mau feitio e não se dá bem com as hierarquias do clube, por isso, abstenho-me de comentar este assunto.
Selecção Nacional
Agora que vem aí o Euro e a temporada de glorificação da equipa das quinas, convém atentar na convocatória de Scolari. Normalmente, não ligo muito a Selecção, por variadas razões: nem sempre jogam, nem sempre jogam bem e nem sempre jogam os melhores. Acho que é da opinião de todos que a equipa actual é mais fraca que a do Mundial 2006 e do Euro 2004, certo? Então porque Scolari insiste em convocar jogadores fora de forma ou descartáveis como Petit, Hélder Postiga ou Jorge Ribeiro? Considero que Maniche pouco ou nada ia fazer, mas e o Caneira? E como sabemos que o homem é pouco versátil e gosta de preservar o seu núcleo, lá teremos de ver o Ricardo na baliza quando Quim merecia mais (nem que fosse nos amigáveis). Porém, a teimosia de Scolari tem dado resultados positivos, por isso no final do Europeu cá estaremos para desancar no sujeito ou aplaudir as suas escolhas (eu cá aposto mais na primeira hipótese).
Desperate Housewives
Acaba este Domingo, com um episódio duplo, a quarta temporada das donas de casa mais famosas do mundo. Os episódios pós-greve de argumentistas foram muito sem sal, mas o desta semana foi excelente e serve como grande aperitivo para o encerramento. Ah! Uma palavra de apreço para Dana Delaney e a sua Catherine Mayfair. De longe, a melhor surpresa desta temporada e bendito seja quem se lembrou da actriz para a interpretar.
LOST
Hoje não aguentei e vi o antepenúltimo episódio da quarta temporada em pleno estágio! Pronto, a partir de agora podem dizer o que quiserem do meu estágio, mas é que esta semana os patrões estão fora, então tem sido a anarquia total. O episódio, o primeiro do de três partes que compõem o final, é muito bom e deixa-nos na angústia de esperar mais duas semanas para ver os que faltam (para a semana não há, porque vai ser exibido o final de Grey’s Anatomy, com duas horas de duração). Digam o que disserem, esta quarta temporada está a arrebentar, dando-nos várias respostas e abrindo caminho para novos mistérios, que é, no fundo, o que a série tem de melhor.
Sócrates e o tabaco
O Primeiro-Ministro foi apanhado a fumar num voo charter e caiu o Carmo e a Trindade. Obviamente que se tratando de uma lei que o próprio aprovou, ele deveria dar o exemplo. Mas tenham pena do homem que, se calhar, pensou que estava num casino ou que, por se encontrar a milhares de metros de altitude, a lei não estivesse em vigor. Além do mais, com o que ele tem de aturar no Parlamento, isto só lá vai com muitos cigarrinhos…
Os Contemporâneos
Perdi os dois primeiros programas porque o futebol era transmitido à mesma hora e, quanto a isso, nada a fazer. No entanto, admito que estava muito curioso com a estreia do mesmo e tinha expectativa de que poderia ter bons momentos de humor que tanta falta fazem na televisão portuguesa e fazer com que eu parasse à frente do televisor a um Domingo à noite. Vai daí, assisti aos dois episódios na net, via YouTube e sítio oficial. O programa, quando muito, consegue ser mediano. Os sketches são muito irregulares, alguns com piada e muitos com falta de ritmo, Bruno Nogueira a mais e Nuno Lopes a menos e, acima de tudo, uma gritante falta de inspiração, que se comprova pelas situações non-sense que remetem o espectador para o programa dos Gato Fedorento, que era transmitido no mesmo horário. E depois não querem comparações… Porém, creio que o programa pode crescer bastante, há é que trabalhar muito e não desmotivar.
Dragon Ball: O Filme
É verdade, vem aí o filme baseado no anime que fez furor em Portugal e no resto do Mundo. Até ia fazer umas considerações sobre a ideia de fazer uma película baseado nas histórias de Son Goku e companhia, mas acho que a imagem abaixo fala por mim…
AHAHAHAHAHAHAHAH!!!!
Este filme vai ser tão podre e tão trash que eu vou estar lá no cinema para o ver! Afinal, quem vai ver o Corrupção ao cinema (e no dia de estreia!) sujeita-se a qualquer coisa, não é mesmo?
Quando entrei na sala de cinema para assistir ao Homem de Ferro, as expectativas não eram muito elevadas. Já tinha lido algumas críticas que diziam muito bem do filme, mas acima de tudo, tinha receio de apanhar uma desilusão semelhante como no ano passado, quando fui ver, com a maior ansiedade, Homem-Aranha 3. Os meus receios seriam justificados?
Não. Homem de Ferro é um bom filme de acção e um dos melhores a ser baseado numa banda-desenhada (apesar de, nos últimos anos, a qualidade destas adaptações ter subido bastante, Hollywood ainda tem de pagar muita bosta feita). Começando logo com uma cena tensa, com a captura do engenheiro milionário Tony Stark no Afeganistão, a narrativa recua uns dias a fim de contar como se chegou àquela situação. Assim, o filme consegue prender o espectador logo no início e, de forma bastante económica, dá-nos a conhecer o perfil do herói (a forma como ele interage com os soldados que o escoltam), para logo a seguir contextualizar a personagem e o seu universo (numa gala de homenagem). Capturado e obrigado a montar uma arma de destruição maciça para milícias terroristas, Tony Stark constrói uma armadura para fugir de cativeiro.
O filme merece créditos por apresentar toda a evolução da armadura do herói e os problemas que este vai encontrando, de modo a aperfeiçoá-la e a habituar-se a usá-la, num recurso semelhante à primeira metade de Homem-Aranha, quando Peter Parker vai descobrindo aos poucos os seus novos poderes. Muito feliz também foi a escolha do elenco: contendo paralelos com a “vida” de Tony Stark, Robert Downey Jr. foi a melhor escolha possível, sendo brincalhão, arrogante, boémio e cínico ao máximo. Acredito que Homem de Ferro pode significar para o actor o que Piratas das Caraíbas foi para Johnny Deep, fazendo dele uma estrela de primeira linha capaz de arrastar multidões às salas de cinema (ok, uma nomeação ao Óscar seria um exagero, confesso). Quem também surge após uns anos de retiro é Gwineth Paltrow, no papel de assistente de Tony Stark, Pepper Potts, e ela vai muito bem: recatada, competente e sensata, surge como contraponto à irresponsabilidade de Tony e, claro, servindo como interesse amoroso. Jeff Bridges também tem uma boa interpretação, como o sócio de Stark, Obadiah Stane, um sujeito ambíguo e com interesses obscuros. Por outro lado, Terence Howard passa ao lado do projecto como o melhor amigo do milionário, James Rhodes, surgindo bastante apagado, o que não é normal em tão talentoso actor. Porém, creio que a sua importância nos futuros filmes da franquia (que os vai haver, pois claro!) poderá aumentar muito.
O realizador Jon Fraveau, que vinha de películas de aventuras menores, dirige o filme com bastante competência, não deixando tempos mortos espalhados, permeando a narrativa com muito humor, principalmente na transição entre cenas. As sequências de acção também são muito boas, excepto a última, que, opondo dois seres de poder semelhante, é decepcionante e onde se nota mais o recurso a CGI. Além do mais, o argumento deixa algumas pontas soltas para desenvolver em sequelas futuras.
Mesmo não tendo a excelência de obras anteriores da Marvel Comics, como Homem-Aranha 2 ou X-Men 2, Homem de Ferro é um bom entretenimento, cheio de acção, divertido, emocionante e um óptimo cartão de visita para o Verão cinematográfico. E, por favor, fiquem até ao final dos créditos que há uma cena extra, mas acho que só os fãs irão perceber a relevância da mesma.
Qualidade da banha: 15/20
E agora, outros filmes:
The Mist – Nevoeiro Misterioso
The Mist
As obras de Stephen King já renderam bons filmes (Misery – O Capítulo Final; Shining; Conta Comigo; Os Condenados de Shawshank), filmes medianos (Eclipse Total; Corações na Atlântida; 1408) e filmes medíocres (O Caçador de Sonhos; À Espera de um Milagre). Felizmente, The Mist faz parte do primeiro lote. Tenso, claustrofóbico, mostra-nos que o ser humano pode ser mais aterrador que uma ameaça sobrenatural, o que o torna ainda mais aterrador. Marcia Gay Harden merece palmas pela personagem Mrs. Carmody, fanática religiosa que encara a situação como o apocalipse final e trata de arranjar a salvação final a quem a quiser ouvir, mas todo o elenco vai bem (sim, até o Thomas Jane tem uma interpretação decente). Com um final atípico, cruel e seco, The Mist é uma excelente surpresa no meio do panorama sofrível dos filmes de terror.
Qualidade da banha: 16/20
O Mal-Casado
The Heartbreak Kid
Os Farrelly já fizeram bem melhor do que isto. Apesar de não ser uma má comédia, vem apenas provar que os realizadores estão em fase descendente nas suas carreiras. Ben Stiller é um quarentão que não arranja mulher para juntar os trapinhos, até que ao conhecer uma, apaixona-se na hora e casam-se pouco tempo depois. Já na lua-de-mel, vem-se a arrepender do sucedido. Ben Stiller, que é um bom actor, já chateia no papel de sujeito inadaptado à sociedade, meio neurótico e melancólico e, apesar de algumas tiradas inspiradas, o filme não tem momentos por aí além.
Qualidade da banha: 9/20
Persépolis
Persepolis
Animação francesa que conta a vida de uma iraniana, desde a sua infância até à idade adulta, e tudo que ela e a sua família tiveram de sofrer: vários regimes autoritários, a imigração para a Europa, a exclusão social, a degradação da sua pátria, entre outras coisas. Surpreendentemente, o filme retrata estas questões e mais algumas com muito bom-humor, mas sem deixar a seriedade de lado. A animação tradicional e os contrastes a preto e branco são excelentes, mas a grande força do filme é mesmo o argumento, que passa por vários anos e etapas sem se tornar cansativo, com personagens cativantes e diálogos excelentes.
Qualidade da banha: 17/20
Hannibal: A Origem do Mal
Hannibal Rising
Medíocre! Vulgar! Triste! Como é possível fazer isto com uma personagem como Hannibal Lecter? Não podiam ter parado no Hannibal (livro) e no Dragão Vermelho (filme mais recente)? Claro que não, afinal a ganância de ganhar mais uns tostões com uma personagem famosa é tanta que dá para estes desastres! Um filme para esquecer.
Qualidade da banha: 4/20
I Know Who Killed Me
A má fama deste filme (foi o grande vencedor dos Razzies deste ano) é plenamente justificada. A história é péssima, a realização errática e a interpretação de Lindsay Lohan é de dar vergonha a qualquer um. Já para não falar na resolução da história que é das coisas mais absurdas e ridículas que vi nos últimos meses.
Qualidade da banha: 3/20
Ponto de Mira
Vantage Point
Filme de acção em que um segurança da guarda presidencial (Dennis Quaid) tenta desvendar um atentado ao presidente dos Estados Unidos pelo ponto de vista de várias pessoas. O filme é fraco: a história é vazia (algumas personagens e respectivas percepções dos factos não servem para rigorosamente nada) e é um tremendo desperdício de actores talentosos, como Sigourney Weaver, Eduardo Noriega e Forest Whitaker. No entanto, a perseguição de carro que ocorre na meia-hora final do filme é boa, mas isso não chega.
Qualidade da banha: 8/10
[Rec]
Filme de terror espanhol filmado na primeira pessoa com câmara ao ombro. Uma repórter acompanha uma brigada de bombeiros numa missão de socorro a um prédio em Barcelona, até que tudo começa a correr mal (duh!). Tenso, assustador e com cenas de levantar um morto da campa, o filme começa lento, mas depois transforma-se numa montanha-russa que parece não acabar nunca. Destaque para a cena do sótão, completamente aterradora, já para não falar nas referências a Portugal, mas não se entusiasmem muito… Provavelmente, o melhor filme de terror desde A Descida (o The Mist é de outro campeonato).
Qualidade da banha: 16/20
O Lado Selvagem
Into the Wild
Crónica da viagem de auto-descoberta e isolamento da sociedade que Christopher McCandless levou a cabo nos anos 90, renunciando à sua família, aos estudos, aos bens materiais e até à sua identidade, partindo numa jornada rumo ao Alasca. Escrito e realizado por Sean Penn, o filme retrata o acto de rebeldia do protagonista (Emile Hirsch, óptimo no papel) com incrível sobriedade, realçando as consequências positivas da sua jornada, como os conhecimentos e as pessoas com quem se vai cruzando, mas também as negativas, como o desespero da família e as dificuldades que a Natureza lhe vai impondo. Contando com excelentes paisagens e uma excelente banda sonora, o filme caminha entre o trágico e o deslumbrante até chegar ao incómodo, mas estranhamente belo final.
Qualidade da banha: 17/20
La Vie en Rose
Biopic de Édith Piaf, desde a sua infância miserável, passando pelos primeiros sucessos em bares até atingir a fama europeia e mundial, os amores fracassados e os vício de uma vida de sucesso, acabando na sua morte prematura, devido ao abuso de morfina. A interpretação de Marion Cotillard vale todos os prémios, mas a direcção errática e a montagem confusa fazem o filme perder o rumo logo desde o início e o argumento transforma-se numa manta de retalhos, tentando ligar desajeitadamente os factos da vida da cantora.
Qualidade da banha: 9/20