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Domingo à tarde na minha cidade é sinónimo de circo. Ao contrário de grandes cidades como Aveiro (onde estudei e morei durante uns anos), Porto e Lisboa que ficam desertas e reina a calma, Espinho vê-se invadida por todo o tipo de gentalha que faz o que quer sem dar cavaco a ninguém. Nas alturas de calor e brisa agradável, a situação é elevada à décima potência. Como eu moro duas ruas acima da praia, a gentalha acaba, invariavelmente, por cá parar. Tomemos como exemplo isto: a minha rua é de duplo sentido mas, há uns anos, não o era. Nestes dias, ocorre quase como um regresso ao passado, uma vez que as pessoas, para ficar perto da praia (comodismo absoluto), estacionam à direita como se fazia antes. E empatam o trânsito. E as vizinhas vêm cá para fora reclamar. E os insultos sucedem-se. E as buzinas desatam a berrar. Filas de carros. Calor. Vizinhas. Insultos. Buzinas. Calor. Insultos. Buzinas. Engarrafamentos. O caos total.
Onde é que andam as forças policiais para deitar mão nisto? Para me passar uma multa por circular a 56 km/h não se fizeram muito rogados. O que falta a Espinho, e que existe em abundância noutras paragens, é um shopping center. Ao menos, a gentalha tinha um circo para se entreter e não me torravam a paciência. E parece que os espinhenses vão ter direito a um! Um Dolce Vita! Até pode ser um galinheiro como o de Ovar, desde que albergue estes tristes todos. Finalmente paz e sossego, pensava eu. Só que há um detalhe: parece que o shopping vai ser mesmo ao lado de minha casa. Porcaria de planeamento urbanístico.