Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 4x15: A Short Story About Love
Amor é a resposta, minha gente! Foi o amor de Olivia e Walter por Peter (e vice-versa) que fez com que este não fosse apagado completamente da existência e tenha voltado em circunstâncias que ultrapassam o intelecto dos Observadores. "Não há explicação científica" – diz Setembro, mas eu posso avançar com uma: cortexiphan. Olivia foi sujeita a doses massivas e, de alguma forma, a droga deve ter ativado algum resquício da sua consciência que não era apenas uma vã lembrança, mas um sentimento muito forte. E não se esqueçam que, alertado pelos seus amigos carecas no início da temporada, Setembro teve oportunidade de forçar um novo "reajustamento" na linha temporal e recuou na sua missão.
Muitos acharão que explodiu uma bomba de lamechice numa série habituada a dar respostas tão "racionais", mas eu sou daqueles que acredita que Fringe contorna as situações mais melosas com imensa classe, como na cena em que Olivia confessa a Nina que prefere ficar com as memórias que a levem a perseguir alguém que a complete do que com aquelas que "vivenciou" ao longo do tempo e pede à madrasta que não deixe de tentar de estabelecer novamente um laço afetivo com ela. Simples, belo e tocante.
O caso da semana, confesso, foi desinteressante. Um cientista que matava homens para captar as suas feromonas e, antes de assassinar as respetivas companheiras, tinha acesso a um lampejo do que é sentir-se amado. Tudo muito óbvio e chatinho, apenas deu para ver como Lincoln não tem hipótese na luta pelo coração de Olivia e acaba com olhos de carneiro mal morto. Até por que Olivia decide voltar para Peter e este, na posse da informação de que sempre esteve em casa e esta é a sua amada, regressa aos braços da nossa heroína sem pensar duas vezes.
Pois é: nada de Lado C e afins. Esta é mesmo a realidade de sempre, reescrita com a "morte" de Peter. Os argumentistas enfiaram-nos numa espiral de dúvidas e certezas que se revelaram erradas e conseguiram o feito de nos manter em constante suspense sobre a grande questão da temporada: que universo era este. E agora como voltará (se é que voltará) tudo ao que era antes?