Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 4x14: The End of All Things
(peço desculpa pela demora em iniciar o texto, mas ainda estou a recuperar os pedaços do meu cérebro explodido aqui pela casa e... ah! cá está o lobo temporal...)
(...é só um momento, se faz favor... reparar, assimilar, testar e...)
E um dos grandes mistérios de Fringe foi finalmente desvendado: quem são os Observadores e qual a sua missão? Tal como suspeitara há umas semanas, estes seres que aparecem em tudo que é universo são um dos possíveis futuros da Humanidade; cientistas com tecnologia para viajarem no tempo e entre realidades com o objetivo de testemunharem eventos importantes.
Segundo Setembro, o nosso Observador favorito e do qual aparentemente nos despedimos para todo o sempre, Peter é importante e ver a invenção da cura para a doença que o afligia em criança era um momento imperdível ao qual o nosso careca não podia faltar - embora tenha interferido e levado a que Walternate falhasse no seu experimento, o que fez com que Walter invadisse o Lado B e raptasse Peter, para posteriormente ser salvo pelo mesmo Setembro que se viu na difícil posição de remendar a burrada que tinha feito, o que, por sua vez, levou à guerra entre os dois universos e a tudo o que aconteceu nas três primeiras temporadas. Uff!
Se Peter é assim tão importante e o facto de ter concebido um filho com a Olivia errada ser tão fulcral, leva-me a crer que os Observadores deverão ser descendentes diretos de Henry que, com os genes de um pai e um avô superinteligentes e uma mãe com altas taxas de alcoolemia por cortexiphan (e de outro universo), levará ao surgimento do próximo estágio da evolução humano, digamos o Homo superior. Ora, se Olivia já desenvolvia os seus poderes antes de conhecer Peter, é de supor que ela, eventualmente, iria cruzar os universos, conhecer Peter, Altivia e os demais e, quiçá, ter um filho de forma natural com o amor da sua vida. Esta seria a linha do tempo original e Setembro, ao fazer com que Peter não fosse curado no Lado B, criou uma variante da mesma cujas ramificações catastróficas pudemos acompanhar até ao momento em que Peter decidiu sacrificar-se e Henry lixou-se por tabela. Confuso? Nem tanto.
Ah! Mas há mais: sempre disposta a atirar detalhes revelantes que podem explicar eventos em larga escala, o episódio usa o palimpsesto para fazer não só para avançar a investigação sobre o paradeiro de Olivia, mas também para atirar mais lenha sobre a discussão de que universo é este. Assim, se a fita de VHS contém traços das gravações anteriores (como os pergaminhos contêm os carateres antigos que teriam sido raspados para neles se escrever de novo), Fringe lança a dúvida: esta realidade foi reescrita após Peter ter ativado a Máquina do Apocalipse, adaptando os factos à sua ausência e o caráter das personagens mediante novas vivências (embora, na essência, elas permaneçam as mesmas) e, desta forma, Peter tenha extravasado da linha do tempo anterior para a nova, exatamente como os carateres antigos que ainda estão presentes e visíveis na atualidade. Será?
Numa reviravolta bem sacada, percebemos que a Nina enclausurada com Olivia não é nossa, muito menos um metamorfo já que a diretora da Massive Dynamic interrogada por Broyles e Lincoln teria de estar morta, e sim a do outro Lado e que estará a fazer companhia ao Broyles de lá nos planos de David Robert Jones. E por falar em Jones, este tornou-se praticamente indestrutível graças à reorganização molecular derivada das travessias pelos dois universos, o que torna-o num vilão ainda mais perigoso e cujos planos permanecem uma incógnita. No final, um Peter tão confuso como nós com estas coisas de projeções mentais e linhas do tempo alteradas decide afastar-se de Olivia e deixar a nossa pobre heroína desamparada.
A espera vai ser tortuosa até 23 de março quando Fringe voltar de mais um hiato.