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ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 4x13: A Better Human Being
Quando a quarta temporada de Fringe começou, levantei a teoria de que após o desaparecimento de Peter estaríamos a acompanhar uma versão ligeiramente alterada de tudo o que víramos antes, como se o universo tivesse "reparado" as falhas mediante a ausência de Peter e "apagado" os eventos diretamente relacionados a ele. Com o tempo, certas inconsistências foram aparecendo e o facto de David Robert Jones surgir vivinho da silva (quando Peter havia causado a sua morte) foi o culminar da ideia que este não se trata do Lado A, mas sim de um universo completamente novo onde Peter cai de paraquedas inexplicavelmente. Agora não tenho a certeza de nada e fico de pé atrás em avançar seja o que for.
O que é ótimo! Dá para perceber que os responsáveis pela série são hábeis em nos confundir a cada nova informação, mas sem deixar a perceção de que, mesmo a conta-gotas, estamos a caminhar para algum lugar (ainda que este seja difícil de precisar) e que a estrutura da temporada está a ser delineada aos poucos para depois poder ser vislumbrada como um todo (e a coesão narrativa de Fringe é nada menos que admirável e algo que eu não deixo de alardear).
Com Olivia a recuperar as memórias da outra Olivia, Walter sugere que Peter inconscientemente projeta nela as suas próprias memórias, vide as suas capacidades sensitivas. Só que nós sabemos mais do que eles: as injeções de cortexiphan podem ter aumentado os poderes agora adormecidos de Olivia e até potencia-los a limites nunca antes vistos. Não admira que Peter acabe por vê-la como a sua Olivia, como se esta substituísse a atual. Quando Walter está prestes a revelar uma nova teoria, o cientista tem um bloqueio mental, o que me fez desconfiar na hora: será que as alterações poderão não ter sido espaciais e temporais, mas sim mentais? Uma espécie de lavagem cerebral levada a cabo pelos Observadores? Isto seria um pouco forçado, é certo, mas já acho tudo possível.
O caso da semana, como já é hábito, tem muito a ver com as personagens: um jovem internado por esquizofrenia tem acesso aos pensamentos de um grupo de assassinos e, com a investigação, descobre-se que eles são todos irmãos da parte do pai e os crimes eram cometidos para que o mundo não descobrisse a condição que eles partilhavam. Tive pena que o episódio não aprofundasse mais esta questão do "pensamento coletivo" (embora o seu funcionamento como uma colónia de abelhas seja intrigante), mas tudo foi perdoado ao ver que Lincoln e Walter foram capazes de desmascarar Nina Sharp e, logo de seguida, vemos a verdadeira Nina em cativeiro com uma Olivia acabada de ser raptada, provavelmente pela equipa de Jones e que a diretora da Massive Dynamic terá sido substituída por um metamorfo.