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ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.
Fringe 4x06: And Those We've Left Behind
Um episódio e peras. Fringe sempre ganha outro brilho quando os casos semanais espelham os dramas pessoais da equipa e este não foi exceção: tal como Walter, o cientista Raymond cruza todos os limites para salvar a pessoa que mais ama, sem sequer pensar nos riscos para si e para os outros e, tal como Peter, ele vê-se submerso num estado de impotência perante a apatia da amada que, doente de Alzheimer, não se recorda de nada. A experiência de criar bolhas temporais para voltar, ainda que fugazmente ao passado, foi despoletada pela chegada de Peter que virou do avesso as regras da continuidade espácio-temporal, o que explica (até ver) as distorções temporais que vimos nos últimos tempos.
Com algumas semelhanças com o estupendo White Tulip da segunda temporada (até pela maneira como gere e brinca com os saltos no tempo), este capítulo traz a verdadeira perceção que Peter está onde não deveria e tornou-se numa anomalia rapidamente a ser corrigida. O mais engraçado é que todos os dados estavam lá desde o início da atual temporada, mas, como Peter, andámos em negação e demorámos a compreender: os transmorfos 2.0, a relação de Nina com Olivia, o desconhecimento dos Observadores, os dramas de Walter, foi toda uma nova mitologia construída a partir de tudo o que sabíamos. O certo é que o novo arco da série deverá ter como função o regresso de Peter a casa, seja de que maneira for. Afinal, esta é uma terceira realidade, aquela não é a nossa Olivia, o nosso Walter, e tudo pode acontecer daqui em diante.
Sejam benvindos ao Lado C!
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.