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(quem acredita que eu comento de má fé tudo o que esteja relacionado com a Selecção Nacional pode ter aqui uma grata surpresa)
Ricardo Carvalho abandonou o estágio da Selecção a poucos dias do importante jogo com o Chipre e, consequentemente, renunciou à mesma. Muito se tem comentado sobre as razões que o levaram a – em português correcto – "pôr-se na alheta" e todas elas passam pela sua indignação em constatar que não seria titular nesse jogo. Pode ser só isto como também pode ser o escalar de situações desagradáveis que o próprio tenha vivido ou assistido nos últimos meses e, quanto a isso, só o próprio poderá responder.
Acredito que Carvalho se tenha fartado e quanto de nós, em diferentes contextos, já não explodimos e batemos com a porta sem dizer "água vai!". Até ver, nada contra. O problema é que, levando em conta o seu notório e elogiado profissionalismo, a condição de subcapitão e a provável consciência do seu mediatismo e da Selecção como um todo (provável por que eu não penso pela cabeça dos outros), tudo isto mais parece uma birra de adolescente a quem lhe negaram umas sapatilhas de marca. Que Carvalho tome a sua titularidade como dado adquirido e torça o nariz para o contrário, é perfeitamente natural e aconselhado. Que não goste da famosa teimosia de Paulo Bento, isso é lá com ele. Que se tenha saturado do antro de víboras que é a Federação Portuguesa de Futebol, só lhe posso dar os parabéns.
Ao menos que esperasse pelo fim do próximo jogo. Ou até pelo final da fase de apuramento daqui a pouco mais de um mês. E depois ia à sua vidinha principesca no Real Madrid. Assim, abre-se uma racha no idílico reinado de Paulo Bento à frente da Selecção e logo num momento importantíssimo. Isso era tão escusado...
Enquanto isso, o falido Saragoça espeta mais uns pregos no seu já de si volumoso caixão ao contratar Roberto e Hélder Postiga, duas criaturas que, façam o que fizerem, não há maneira de acertarem entre os postes.