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Os melhores (e piores) filmes de 2012

por Antero, em 31.12.12

Mais um final de ano, mais uma vez a já tradicional lista de melhores e os piores filmes estreados em Portugal em 2012, segundo a minha opinião.

 

1

Cloud Atlas

Cloud Atlas

Uma experiência cinematográfica completa, intensa e única, Cloud Atlas é daquelas obras destinadas a serem discutidas eterna e fervorosamente, mas cuja escala e ambição não deixam ninguém indiferente.

Crítica

 

2

Uma Separação

Jodaeiye Nader az Simin

Sim, é de 2011. Sim, não estreou em Portugal este ano e não deveria estar nesta lista. Mas o poderoso e minimalista drama vindo do Irão é tão bom, tão humano e tão visceral que seria uma injustiça não inclui-lo aqui. Pensem nele na categoria "melhor filme de 2011 visto em 2012".

 

3

O Artista

The Artist

Um exercício estilístico de nostalgia capaz de agradar o mais carrancudo dos corações, o vencedor do Oscar de Melhor Filme é um triunfo não pela sua estética ou do facto de se tratar de um filme (quase) mudo, mas sim pelo bom argumento, uma direção engenhosa e interpretações carismáticas de todo o elenco.

Crítica

 

4

Jovem Adulta

Young Adult

Menosprezado por toda a gente, a melhor obra do cada vez mais maduro Jason Reitman oscila graciosamente entre o drama mais seco e o humor negríssimo e, de bónus, oferece a Charlize Theron a oportunidade de reavivar todo o seu enorme talento.

 

5

Warrior - Combate Entre Irmãos

Warrior

Filmes de desportos só perdem para as comédias românticas a nível de previsibilidade, mas Warrior investe grande parte do tempo nas existências miseráveis das suas personagens desesperadas por uma segunda oportunidade que, quando chega a hora das lutas, vemo-nos completamente imersos naquele universo e genuinamente identificados com aqueles indivíduos.

 

6

Looper - Reflexo Assassino

Looper

Inteligente e ambiciosa ficção científica (dois adjetivos aparentemente esquecidos no género), Looper contém uma premissa intrigante que é explorada até à exaustão, tem um Joseph Gordon-Levitt a fazer de jovem Bruce Willis que é um achado, tem um Bruce Willis a mostrar como consegue ser bom ator e, acima de tudo, tem uma profundidade insuspeita que eleva o filme a outro nível.

Crítica

 

7

Argo

Argo

Ben Affleck pode não ser o mais talentoso dos atores, mas está feito um senhor realizador: seguríssimo a conduzir um trepidante thriller sobre a "melhor pior ideia de sempre" – a procura de locais para uma falsa longa-metragem de Hollywood serve como mote para resgatar seis norte-americanos do escaldante Irão de 1980. Equilibrado pela tensa situação dos reféns e pela divertidíssima sátira dos meandros de Hollywood, Argo é a prova definitiva (se mais fossem precisas) que Affleck atrás das câmaras é garantia de bom filme.

 

8

Attack the Block

Attack the Block

Recuso-me a escrever o pavoroso título em português. Attack the Block é uma salada mista de géneros e, milagrosamente, é bem-sucedido neles todos: além de um excitante filme de ação e terror, tem pitadas de comédia e ainda fazer uma assertiva crítica social. Tem ainda a habilidade de apresentar criaturas verdadeiramente assustadores graças a um design minimalista, provando que milhentos e custosos efeitos especiais a escancarar os vilões muitas vezes acaba por ser contra natura.

 

9

Florbela

Florbela

Um triunfo para Vicente Alves do Ó que escreveu, produziu e realizou a biografia menos biográfica possível de Florbela Espanca – e que, por isso mesmo, mergulha a fundo na psique conturbada da poetisa sem responder ao típico encadeamento episódico da vida de um ícone. Florbela não tem floreados: Espanca é uma mulher emocionalmente perturbada, vivida mas vulnerável a que Dalila Carmo dá corpo e alma com muito brilho e versatilidade.

 

10

A Invenção de Hugo

Hugo

Scorsese, um mestre do Cinema, a homenagear um dos pioneiros da Sétima Arte numa narrativa envolvente, criativa, visualmente arrebatadora e com o mais majestoso uso do efeito 3D a que a malfadada e maltratada tecnologia teve direito até hoje.

Crítica


Outros destaques de 2012, por ordem alfabética:

007 - Skyfall

Agentes Secundários

Arbitrage - A Fraude

A Casa na Floresta

O Cavaleiro das Trevas Renasce

Crónica

Dredd

Os Jogos da Fome

Margin Call - O Dia Antes do Fim

Os Marretas

Millennium 1 - Os Homens Que Odeiam as Mulheres

Procurem Abrigo

Temos de Falar Sobre Kevin

The Grey - A Presa

Tucker & Dale Contra o Mal

Vergonha

 

-----------------------------------------------------------------

 

-10

Fúria de Titãs

Wrath of the Titans

O primeiro já não era muito aconselhável, mas este tratou de redimi-lo: confuso e mal estruturado, mais se assemelha a jogo de vídeo com os seus níveis de diferentes dificuldades e objetivos. Falar do elenco é tempo perdido: as estrelas esforçam-se na proporção inversa do valor dos seus cheques. E anda a riquíssima mitologia grega a ser apresentada às novas gerações nestes moldes...

 

-9

Cosmopolis

Cosmopolis

David Cronenberg (que eu muito estimo) de cabeça perdida a tentar salvar uma narrativa oca, recheada de péssimos diálogos, personagens robóticas e a desenvolver metáforas como "os ratos passariam a ser a moeda corrente" (!!!). E ainda temos direito a Robert Pattinson em modo turbo boneco de cera. Um aborrecimento.

Crítica

 

-8

Guerra É Guerra

This Means War

Chris Pine e Tom Hardy caminham a passos largos para o estrelato e por isso sou capaz de lhes perdoar este acidente. Reese Witherspoon ainda é uma graça, mas devia saber mais do que isto. Já McG não sabe mesmo mais do que isto e deve ter uma lábia descomunal para convencer aqueles três a juntarem-se nesta "comédia" de ação (absurda) mal escrita e mal realizada.

 

-7

Ghost Rider: Espírito da Vingança

Ghost Rider: Spirit of Vengeance

Nicolas Cage histérico. Efeitos especiais aos montes. Argumento nem vê-lo. Edição caótica. Visualmente feio. Resultado: um filme assumidamente trash fun, que se esqueceu da segunda metade da expressão

 

-6

ATM - Armadilha Mortal

ATM

O argumentista que tinha dado tão boa conta do recado em Enterrado não consegue repetir aqui a proeza: ATM é ridículo no início (três pessoas ficam presas numa caixa multibanco para escapar de um assassino), no meio (as situações acumulam-se de maneira estupidificante) e principalmente no fim quando tenta encerrar de forma ambígua que dá vontade gargalhar depois termos passado hora e meia na companhia de débeis mentais (assassino incluído!). A verdadeira Armadilha Mortal é este filme.

 

-5

Diário Secreto de um Caçador de Vampiros

Abraham Lincoln: Vampire Hunter

O título em português omite o nome do famoso Presidente dos Estados Unidos talvez para preservar alguma da sua dignidade, uma vez que o próprio não se importaria de ser fatalmente baleado mil vezes a ter de assistir a este monte de esterco.

 

-4

Patrula de Bairro

The Watch

Um Os Caça-Fantasmas de terceira categoria em que o humor certeiro tirou férias para dar lugar à vulgaridade e ao grosseirismo. Como dói ver tanto talento cómico ao serviço de um produto tão deplorável que mal se mantém coeso na sua mistura de comédia e aventura de ficção científica.

 

-3

Battleship - Batalha Naval

Battleship

Não tivemos os Transformers de Michael Bay este ano, mas a vaga foi preenchida por este inacreditavelmente mau Battleship, em que a Marinha norte-americana luta contra uma armada de faustosos efeitos digitais, todos os clichés possíveis e imaginários e um batalhão de horrorosos diálogos. Para quê investir em pintelhices como desenvolvimento de personagens e trepidantes sequências de ação quando podemos ter incontáveis milhões de dólares ao dispor de uma ferramenta de recrutamento das forças armadas?

Crítica

 

-2

Jack e Jill

Jack and Jill

Presença assídua nestas posições, as colaborações/aberrações entre Adam Sandler e Dennis Dugan já se tornaram um prazer culpado em si mesmo. Ainda mais aqui que temos dose dupla de Sandler e uma participação especial embaraçosa de (credo!) Al Pacino em modo "que se foda a minha carreira!". As cópias desta comédia deviam trazer avisos de "Perigo! Instrumento de tortura!".

 

-1

Morangos Com Açúcar O Filme

Morangos Com Açúcar – O Filme

É preciso um certo requinte para estar no trono dos piores filmes do ano, mas é preciso ter muito mais do que isso para bater um filme de Sandler e Dugan. Morangos Com Açúcar conseguiu! Trazer o subtítulo de "O Filme" é dar-lhe um elogio que não merece. Isto é lixo tóxico capaz de derreter os nossos cérebros e reprogramá-los para engolirmos tudo o que o mercantilismo desenfreado nos oferece sem piedade. Isto nem Cinema é: é televisão da pior espécie, um emaranhado de histórias da carochinha com muita cantoria à mistura, atores de meia tigela e uma direção tão amadora capaz de transformar Dennis Dungan em Stanley Kubrick. Era sobre isto que os Maias se referiam quando previram o fim do mundo – e nós, pobres humanos otimistas irrecuperáveis, decidimos ignorar os seus avisos.

 

Outros destaques (pela negativa) de 2012, por ordem alfabética:

A Branca de Neve e o Caçador

Cavalo de Guerra

O Corvo

A Dama de Ferro

Desafio Total
Espelho Meu, Espelho Meu! Há Alguém Mais Gira do que Eu?

O Fantástico Homem-Aranha

O Hobbit: Uma Viagem Inesperada

A Hora Mais Negra

Um Homem no Limite

O Que Se Espera Enquanto Se Está à Espera

A Saga Twilight: Amanhecer - Parte 2

Sombras da Escuridão

Underworld: O Despertar

 

 

Bom ano e bons filmes!

 

publicado às 01:18


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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