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Harakiri

por Antero, em 27.08.09

Creio que seja o termo mais correcto para adjectivar a última convocatória de Carlos Queirós(z) para a Selecção Nacional, tendo em vista os jogos com a Hungria e com a Dinamarca. E não me refiro só a Liedson. Espero estar enganado, mas duvido.

 

Já agora, a melhor opinião que li sobre este assunto (convocatória do brasileiro) estáaqui. Reparem que é um blog lagarto. E dos bons, diga-se de passagem.

 

publicado às 00:03

Light

por Antero, em 26.08.09

Alguém acreditaria se eu dissesse que, nos últimos dias ao deitar, leio um pouco do Sei Lá da Margarida Rebelo Pinto?

 

Pois se alguém acreditar, EU DESMINTO TUDO!! É MENTIRA! UM ULTRAGE! UMA INFÂMIA!

 

Agora me vou que a Madalena começou a andar com o Francisco e parece ter esquecido o Ricardo e a Catarina sempre soube das traições do Bernardo.

 

publicado às 01:34

A retaliação de Stephen Sommers

por Antero, em 25.08.09

 

Vamos ser francos: o que esperar de um filme como G.I. Joe: O Ataque dos Cobra? Baseado numa linha de bonecos de um esquadrão militar norte-americano (que, para efeitos da globalização ou porque a imagem dos EUA anda pelas ruas da amargura, é transformado num depósito de várias nacionalidades), não devemos esperar uma narrativa das mais profundas ou personagens tridimensionais, mas sim algo que divirta o nosso parco tempo enquanto gastamos fortunas em pipocas, bebidas e outros consumíveis característicos dos multiplexes. Preconceito da minha parte? Chamem-lhe o que quiserem, mas um filme com estas condicionantes não pode inspirar boa coisa. O que se espera são boas cenas de acção, muitos e bons efeitos especiais, actores convincentes (acreditem que não é pedir muito) e – porque não? – actrizes atraentes que saibam como rechear os uniformes e mostrar as suas curvas. É com base nestes pressupostos que se avalia um filme como O Ataque dos Cobra.

 

Que é uma merda. Excepto no último ponto, claro. Tal como o primo afastadoTransformers – Retaliação, G.I. Joe – O Ataque dos Cobra é um atiçador sexual pré-adolescente: estão lá as actrizes a desfilar e a fazer pose, muitas máquinas e armamento, virilidade a rodos e pouco conteúdo. Situado num ‘futuro não tão distante’ – o que, invariavelmente, significa que a Ciência e a Lógica sofrerão múltiplos atentados – o filme conta a história dos G.I. Joes, uma elite de soldados que ‘onde todos os outros falharam, eles não falharão!’ (a película é recheada de frases clichés como esta), onde assistimos ao recrutamento de Duke (Channing Tatum) e Ripcord (Marlon Wayans). O objectivo é recuperar uma tecnologia de nanorobôs que devoram todo o metal que encontram de uma organização terrorista que a roubou e pretende usá-la para fins terríveis. E pronto, temos a desculpa perfeita para aquelas brincadeiras de crianças nas quais dois exércitos combatem entre si. Porque O Ataque dos Cobra é isto: uma brincadeira. Uma cara, insípida e estúpida brincadeira.

 

Stephen Sommers, o homem por trás de A Múmia, O Regresso da Múmia e Van Helsing (que currículo, minha nossa senhora!) encara o filme como se de um grande jogo de vídeo se tratasse, mantendo uma consistência fiel à sua medíocre filmografia. Logo temos forma sobre o conteúdo, que é como quem diz, milhentos efeitos especiais para tão pouca história. Mas nada do “método Michael Bay”: Sommers não recorre a mil e um cortes entre as cenas e faz com que o público perceba nitidamente a geografia, bem como os participantes das cenas e até que vislumbremos os efeitos criados por computador. O que acaba por jogar contra ele, uma vez que os efeitos são de qualidade duvidosa e as cenas de acção insossas, algo fatal numa longa-metragem de acção.

 

Porém, isto é o menos em O Ataque dos Cobra. Sabendo estar a lidar com um argumento óbvio e rasteiro, Sommers adopta uma estrutura narrativa errática, que consiste em inserir inúmeros flashbacks ao longo do filme para tentar demonstrar a “profundidade” e os “conflitos” entre as personagens. Isto atinge o cúmulo do ridículo com a inserção de um flashback de míseros 5 segundos (se tanto…) em plena luta entre duas personagens, para demonstrar que a) ambos são irmãos (o que é desnecessário, porque, mesmo antes, um deles diz para o outro ‘Olá, irmão!’), b) ambos têm um passado conflituoso e já lutavam juntos quando crianças. Isto era mesmo necessário? De certa forma sim, segundo a ideia de Sommers e companhia de que nós, espectadores, somos burros como uma porta. Só isto para explicar que Baronesa (Sienna Miller, linda, estilosa e… e… e…) surja loira quatro anos antes como se isso fosse necessário para estabelecer a mudança de carácter da personagem. E o que dizer do vilão? Uma mistura de Darth Vader e dos piores vilões da série 007, onde não falta a recapitulação do seu plano megalómano para que o público mais distraído (ou que tenha adormecido) não se perca na incoerente narrativa, onde até os soldados que não deveriam sentir dor berram quando são atingidos.

 

Sem contar com um elenco que ofereça o mínimo carisma aos redutores papéis que lhe foi entregue, G.I. Joe:  O Ataque dos Cobra acaba por afundar de vez na longa sequência do ataque em Paris que, com a inócua destruição em massa promovida pelos G.I. Joes relembrou-me da comédia Team America - Polícia Mundial, quando estes atacam os terroristas árabes também na capital Francesa, acabando por causar mais destruição do que aquela que pretendiam evitar. E não deixa de ser irónico que Team America seja uma sátira perfeita deste G.I. Joe: O Ataque dos Cobra, sendo que o primeiro foi produzido há mais de 4 anos. Isto é, quando a Baronesa era loira e boa moça.

 

Qualidade da banha: 3/20

 

publicado às 01:51

Rapidinhas #4

por Antero, em 21.08.09

Especial Férias de Verão (já parece os Morangos com Açúcar...)

  • Semana de extremos: há uns dias estava sob um calor abrasador de 30 e muitos graus; agora encontro-me na frescura nortenha. Em ambas as ocasiões, fartei-me de refilar.
  • Não cheguei muito 'preto' do Algarve, até porque praticamente não larguei o protector solar. Sou benfiquista, mas nem tanto.
  • Por falar no Benfica... no final da época comento. Estou farto de dissabores. Mas que jogamos muito, isso é inegável!
  • Os meus hábitos de leitura baseiam-se em comics e pouco mais (porém li todos os Harry Potter!), mas fui à Feira do Livro cá do burgo e não pude deixar de comprar uma obra que tentava ler há anos: O Deus das Moscas (Lord of the Flies no original). Uma bela leitura e uma história perturbadora. Vai ter direito a post aqui no blog.
  • Agosto tem sido uma mês péssimo para relações amorosas. Vários casais à minha volta acabaram namoros de longa data e são muitos os arrufos, os amuos e as desculpas. E eu já estou como aquelas pitas da música: "Eu não consigo perceber o que é o amor..." (mas sem os 'yeahs' e 'hã-hãs', entenda-se). Mais alguém desse lado a passar pelo mesmo?
  • Tenho ido bastante ao cinema, mas não tenho escrito muito por aqui. Isto é, tirando umas referências no Twitter e as crónicas semanais para o jornal. Gostava de fazer uma compilação num post futuro, mas acho improvável. Desta forma, resta-me dizer que achei Inimigos Públicos assim-assim, A Idade do Gelo 3 é divertidíssimo, Brüno é mais ou menos, A Proposta é fraquito. Ainda conto ver G.I. Joe - O Ataque dos Cobra e, para a semana, é tempo de Tarantino com Sacanas Sem Lei.
  • Tenho de começar a despachar uma data de séries, mas o tempo disponível é curto. E uma limpeza de alto a baixo ao computador torna-se cada vez mais urgente. Por vezes, 24 horas num dia não chegam (embora o Jack Bauer discorde).
  • Já escrevi isto no post anterior, mas não custa nada repetir: só de pensar que tenho de voltar ao trabalho, dá-me uma coisinha má!

publicado às 00:37

Hot, hot, hot!

por Antero, em 18.08.09

Nunca pensei sentir falta da brisa/ventania de Espinho, mas aqui para o Sul está que não se aguenta. Hoje até esteve um ventinho agradável que atenuava o calor, mas é impossível desfrutar do que quer que seja quando saímos do banho a transpirar, acordamos mergulhados em suor e a mais pequena caminhada implica a expelição de líquidos pelos poros. Por outro lado, acho que nunca mergulhei num mar tão refrescante como o de Lagos este ano - e as minhas experiências anteriores não tinham sido nada positivas. Nada a ver com o costumeiro frigorífico de Espinho, se bem que a última semana tenha sido óptima (realmente, tive um timing perfeito a marcar as férias: aproveitei os primeiros dias, mas, mal me enfiei no Algarve, regressou o tempo nublado ao Norte).

 

Para a semana, regresso à vida normal e nem quero pensar nisso. Só de imaginar a carga de trabalho que me espera é motivo para dar um mergulho... e não voltar mais.

 

publicado às 00:57

Para cima é o caminho

por Antero, em 15.08.09

 

Provavelmente o estúdio mais eficaz em Hollywood (o saldo é todo ele positivo), a Pixar Animation Studios estabeleceu um patamar elevado nas suas animações lançadas para o cinema, não sendo de todo injusto afirmar que a mesma ocupa agora o lugar anteriormente reservado aos clássicos dos estúdios Disney (que não lança uma obra-prima desde O Rei Leão). Alicerçada em produções cuja perfeição técnica é algo de secundário na arte de bem contar uma história, a Pixar consagra uma nova idade de ouro para a animação, com obras como Ratatouille,WALL·Ee Toy Story (1 e 2), sem também esquecer os excelentes Monstros & Companhia, The Incredibles – Os Super-Heróis, À Procura de Nemo e, os menos bons do curriculum, Uma Vida de Insecto e Carros. E é com pena que incluo o recente Up – Altamente! neste último grupo: apesar de plasticamente belo e de contar uma história comovente, o filme acaba por sucumbir à previsibilidade e à falta de rasgo por parte dos realizadores Pete Docter e Bob Peterson.

 

Logo a abrir, Up – Altamente! apresenta-nos ao jovem Carl Fredicksen que se delicia com as crónicas do explorador Charles Muntz. Esta admiração é partilhada com a excêntrica Ellie que se tornará a sua esposa por várias décadas até morrer de velhice. Sozinho e rezingão, Carl vê a sua casa ameaçada pela onda do progresso urbanístico (leia-se, arranha-céus por toda a parte) e decide levá-la para a América do Sul recorrendo a milhares de balões de hélio, satisfazendo um dos sonhos do casal. Involuntariamente, acaba por levar consigo o prestável (até demais) escuteiro Russel e ambos embarcam numa aventura que envolve cães falantes, aves raras e paisagens de sonho.

 

Começando pelo óbvio, o visual do filme é arrebatador: com uma palete de cores forte e vibrante, principalmente a partir do momento em que a América do Sul torna-se o centro da acção (o que faz um contraste exemplar com o cinzentismo da urbanização inicial), a Pixar revela todo o cuidado na concepção dos seus planos e das suas personagens, mesmo que a sua relevância seja reduzida. A título de exemplo, podem verificar a caracterização dos executivos das obras (que aparecem por poucos segundos), com as suas formas esguias e vestuário escuro, ressaltando, de forma económica, a impessoalidade das grandes corporações. Outro grande exemplo de economia narrativa é a montagem que mostra o passar das décadas e o envelhecimento do casal, onde, num único plano, ficamos a saber que Carl e Ellie não podem ter filhos. Neste aspecto, há que realçar a partitura de Michael Giacchino (do qual sou grande fã) que consegue passar de momentos alegres para outros mais melancólicos de forma natural e exibindo uma tremenda consistência ao longo de toda a narrativa. 

 

Mas é na composição das personagens que a Pixar esbanja todo o seu talento: rejeitando aquela tendência para as tornar as suas feições mais reais (o que tornaria tudo aborrecido), as personagens são desenvolvidas com traços que logo determinam a sua personalidade. Assim, Carl exibe uma face quadrada que revela o seu jeito inicialmente recatado e resmungão passado uns anos; Russel é retratado com traços mais arredondados que mostram uma certa insegurança infantil (que se revelará determinante no decorrer da história); Charles Muntz é como se fosse uma mistura de Errol Flynn e Howard Hughes octogenário, com a sua pose de aventureiro e magnata; e a postura fechada do doberman Alpha (que, com este nome, só poderia ser chefe da matilha) acaba por render momentos hilariantes devido à sua voz fininha e afeminada. E se isto não chega, resta dizer que o filme conta com óptimas sequências de acção e cenas de puro brilhantismo, como o momento em que Carl revê um álbum da esposa e torna-se impossível para o espectador não se comover com a angústia da personagem.

 

Por outro lado, é inegável que Up - Altamente! é um filme que não arrisca muito: ao contrário de obras como os já citados Ratatouille eWALL·E(e isto só para referir os mais recentes), Pete Docter e Bob Peterson revelam-se como realizadores que jogam pelo seguro, preferindo o divertimento em detrimento de uma complexidade maior da história. A trajectória de Carl é perfeitamente construída, mas o filme pisa terrenos já vastamente explorados, tornando-se previsível de acompanhar. Há a cena em que duas personagens se chateiam, uma delas reflecte sobre a sua nova situação e parte no encalço da outra. Não tenho nada contra estes artifícios, que até aparecem em praticamente todas as obras da Pixar, mas não há aqui um momento como o monólogo final de Ratatouille ou a impactante introdução deWALL·Eque eleve Up - Altamente! a outro patamar, embora nunca deixe de ser um filme divertido e muito melhor que as obras mais recentes da sua principal concorrente, a PDI (cuja irregularidade já se tornou imagem de marca).

 

Este decréscimo na qualidade é perfeitamente compreensível, uma vez que a Pixar não pode manter o nível das suas obras sempre nos píncaros. Acontece que a produtora nos habitou mal. E isto é o melhor elogio que se pode fazer a ela mesma.

 

Qualidade da banha: 16/20

 

publicado às 23:48

Férias

por Antero, em 09.08.09

Sabe bem. Sabe muito bem! Só espero que o tempo colabore.

 

(post mais Twitter é difícil)

 

publicado às 03:54

Mal da vista

por Antero, em 05.08.09

Durante o meu percurso académico, muitos foram os meus colegas que passaram a usar óculos para estar à frente do computador. A mim sempre me passou ao lado esta preocupação; tirando as alturas de maior carga de trabalho - que, invariavelmente, incluíam os finais dos semestres - nunca reparei qualquer problema para além da comum 'vista cansada', mas nada que uns dias de repouso não curassem.

 

Até agora.

 

Nos últimos tempos, para além de dormir mal, tenho andado com os olhos irritados, cansados e com dores de cabeça. Requer-se uma consulta ao oftalmologista. Mas o que me aborrece é que isto, aliado às três cáries que surgiram recentemente (as primeiras em 23 anos!), só pode significar uma coisa: estou a ficar velho.

 

Sensação terrível para se ter com esta idade.

 

publicado às 13:35


Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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