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Rasto de sangue pela Europa fora

por Antero, em 31.10.08

Dia de Halloween e nada como ver dois filmes violentos acabados de estrear. Não, não estou a falar de Saw 5 - A Sucessão (nem o primeiro vale a pena, fará os seguintes) ou High School Musical 3, embora tendo em conta as qualidades (ou falta delas...) dos mesmos, o seu visionamento também se adequasse à ocasião. Ainda pretendo ver A Turma hoje ou amanhã, mas só lá para segunda o textinho vem cá parar (e para a semana temos o novo 007!). Então vamos lá.

 

Em Bruges

In Bruges

 

 

Ray e Ken (Colin Farrell e Brendan Gleeson, respectivamente) são dois assassinos profissionais que vão parar à cidade Belga de Bruges esperar por um novo serviço. Na verdade, eles estão lá porque Ray fez burrada da grossa em Londres (na cena mais sádica - e hilariante - do filme) e precisa de desanuviar, mesmo que seja contra a sua vontade. Sem terem muito que fazer, vão visitanto os pontos turísticos da cidade e cruzando-se com personagens caricatas. Contar mais do que isto é pecado. Tudo porque o argumento de Martin McDonagh (que também assina a realização) tira tantos coelhos da cartola que, apesar de ir buscar temas já abordados por Tarantino, os Irmãos Coen ou até mesmo Guy Ritchie, consegue soar refrescante à sua maneira.

 

Recheado de humor negro, Em Bruges não poupa estereótipos: o perfeccionismo britânico, a obesidade norte-americana, as prostitutas holandesas, anões e nem a cidade do título sobrevive: afinal, aquilo é uma pasmaceira. Tudo isto embalado pela realização de McDonagh que oscila entre o drama e a comédia com muita elegância, o que também é facilitado pelos diálogos afiados que fazem graça com a redundância presente nos discursos coloquiais. É aquela velha história: quando uma personagem é atingida nos olhos e não pára de se queixar, aparece outra que remata: "Claro que não consegues ver, levaste com um balázio nos olhos". E por aí vai.

 

Mostrando que se divertem a valer, o trio composto por Farrell, Gleeson e Ralph Fiennes funciona na perfeição. Principalmente o primeiro que se redime aqui de tantos passos em falso na carreira: cheio de tiques nervosos (por exemplo, as alterações no seu olhar) e com um carregado sotaque irlandês, Farrell impressiona com a jornada existencial (sim, isso mesmo) que se opera em Ray e que fecha o filme naquele bem sacado desenlace. Diferente das propostas que costumam vir de Hollywood, Em Bruges é um filme difícil de catalogar, o que não o prejudica em nada. Olho neste Martin McDonagh que o rapaz tem futuro.

 

Qualidade da banha: 16/20

 

 

Busca Implacável

Taken

 

 

Há mais de 14 anos (desde Leon - O Profissional) que Luc Besson não vê o seu nome associado a um bom filme. Lançado para a fama no início dos anos 90 em que foi adjectivado como o expoente máximo do cinema europeu "com cabeça" aliado aos meios de Hollywood, Besson deixou-se levar pelos piores vícios deste último: argumentos vazios, acção disparada (e disparatada) e nomes sonantes como protagonistas. No entanto, parece que ele ainda dispõe de algum poder negocial no meio, uma vez que só assim se percebe a inclusão de Liam Neeson neste Busca Implacável, que mais parece uma daquelas películas de acção brutamontes que os anos 80 foram férteis (e o título português parece querer mesmo resgatar esse espírito). E a sua escolha foi acertada: Liam Neeson vai muito bem, sendo aliás a única razão de ser deste filme.

 

Bryan é um antigo espião que abandonou a profissão para estar mais perto da filha de 17 anos, Kim (Maggie Grace, a Shannon de LOST), até que esta vai numa viagem a Paris e, enquanto telefona ao seu pai, é raptada por uma gangue do Leste Europeu de tráfico de mulheres. Então, Bryan parte para França para libertar a filha e matar os culpados, munido de toda a sua experiência de anos de serviço. E assim temos a velha fórmula do "herói-exército" tão usada há 20 anos atrás quando um só individuo faz frente a dezenas deles. Só que aqui o grande diferencial é Liam Neeson que, com uma carreira acumulada de papéis de homens confiantes e mentores, confere grande segurança, intensidade e inteligência a um papel que nas mãos de um Steven Seagal qualquer levaria o filme ao desastre total. Vai daí, o que realmente interessa é o banho de sangue e este não desaponta, embora não atinja os níveis de "obras" anteriores.

 

No entanto, a acção está longe de conseguir compensar o fiapo de história: há algumas lutas bem coreografadas (apesar de curtas), mas as perseguições de carros são confusas e, a partir da metade, o filme assume a velha manha da "cena de acção a cada 5 minutos", o que até é perdoável visto que não há história alguma para contar. Imperdoável é a actuação de Maggie Grace como Kim: muito mais velha que os 17 anos que a personagem que interpreta, a actriz deve achar que uma moça rica, virgem e tão nova só pode ser mimada, desajeitada e infantil. Incluindo ainda uma participação nada memorável de Holly Valance, Busca Implacável é um filme fraco que, mesmo com uma proposta tão pouco ambiciosa, não soube contornar as suas falhas mais que evidentes.

 

Qualidade da banha: 7/20

 

publicado às 15:45

Miserável

por Antero, em 30.10.08

Na conferência de imprensa de hoje, Quim, guarda-redes titular do Benfica disse, sem tirar nem pôr, isto:

 

"Neste momento estou no Benfica e não sei o futuro. Agora estou no maior clube português".

 

E que faz O Jogo? Isto:

 

 

Já não bastava a tempestade num copo de água que fazem pelas declarações do Moutinho (até parece que ele feriu de morte o orgulho sportinguista), o jornaleco do norte/acessor de imprensa/papel higiénico manda mais uma para a caixa. Não esquecer também o "guard-redes". E depois queixam-se dos jornalistas serem acusados de falta de profissionalismo.

 

publicado às 18:05

Episódios da semana #9 (26/10 a 01/11)

por Antero, em 30.10.08

ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.

 

 

Desperate Housewives 5x05: Mirror, Mirror

Aposto que muita gente deve ter adorado este episódio, mas eu achei o pior da temporada (até agora). O que eu temia aconteceu: voltaram a pegar nos flashbacks para explicar alguns factos dos 5 anos de interregno e já se sabe que nem todas as séries têm a arte de um LOST para utilizar este artifício. Tudo porque o que vimos do passado de Susan e Gaby foi, respectivamente, desnecessário (alguém precisava mesmo de saber como Susan se divorciou e envolveu-se com o pintor? Eu não) e redundante (apesar de ter a sua piada, a parte da Gaby não trouxe nada de novo, afinal ela nem grávida está). Por outro lado, a parte da Bree foi o grande destaque: percebemos porque ela tem uma grande dívida para com Katherine e porque esta se sente verdadeiramente posta de parte pela amiga/sócia. Quanto a Lynette, bendita descasca em Tom cujo egoísmo já andava a atingir níveis insuportáveis. E para perceberem a verdadeira razão do meu desagrado com os flashbacks vejam a parte de Dave, marido da Edie: não teria mais impacto incluir o flashback dele no final do episódio, como se fosse uma revelação final, em vez de no meio do mesmo tornando tudo muito previsível? Enfim, não dá para esconder uma certa frustração com um episódio que tinha tudo para dar certo.

6 potes de banha

 

Entourage 5x08: First Class Jerk

Uns preferem 30 Rock, outros optam por The Office, mas a melhor comédia da televisão norte-americana actual é Entourage. Não são todas as séries que chegam à quinta temporada e mantém uma qualidade elevada. Neste episódio, Ari Gold - como não podia deixar de ser - é o grande destaque: pressionado por todos os lados sobre a decisão de abandonar a agência dele e rumar a um cargo de executivo de estúdio, Jeremy Piven dá um espectáculo como o homem dividido entre o dever profissional e uma carreira proveitosa (afinal, estão 10 milhões de dólares mensais em jogo!). Com Ari em blackout, Vince aceita reunir-se com um agente concorrente, mas as coisas não correm pelo melhor, uma vez que a oferta seria uma série de televisão (e já se sabe como a indústria televisiva é encarada pelos actores...). E quando tudo parecia perdido, Ari rejeita o emprego de estúdio e recomenda Dana Gordon para o cargo, o que garante a Vince a tão almejada participação em Smokejumpers. De resto, Turtle envolve-se com uma actriz d' Os Sopranos numa viagem de avião, o que rendeu óptimos momentos entre ele e Drama.

9 potes de banha

 

Heroes 3x07: Eris Quod Sum

Vamos sair à rua e festejar, Heroes teve um episódio bom! Com Sylar bonzinho que até irrita, temos Arthur Petrelli a compensar: retirando os poderes de cada um, ele é encarado como a salvação para muitos mas também como alguém a temer, afinal será ele de confiança sendo tão poderoso? Descontando palhaçadas como o Parkman estar tão apaixonado por uma rapariga que mal conhece, toda a preparação da viagem espiritual do Hiro (até estou para ver o que vem daqui...) ou até Elle atacar Claire quando vai pedir a ajuda dela (resposta: para termos mulherio à porrada, ora essa!), o episódio foi muito melhor que a média da série. Até Mohinder esteve mais suportável, mas se calhar eu estava cego pela alegria de ver Maya a ir embora. A trama começa a mostrar o seu propósito: duas companhias rivais, sendo que a Primatech (a velha Companhia) pretende controlar aqueles que têm poderes e a Pinehearst pretende erradicá-los com a desculpa da salvação e aperfeiçoar a fórmula que garante poderes (para criar um exército, sei lá). Os "heróis" terão de optar de que lado ficarão. Nada de muito original, faz até lembrar a história do terceiro filme X-Men, mas sempre é melhor que um vírus qualquer cujo frasco é apanhado no último minuto antes de cair ao chão e dissipar-se...

7 potes de banha

 

House 5x06: Joy

O caso da semana não foi nada de especial (eu até achei bem confuso), mas este episódio estava destinado a Cuddy que, após tanto tempo, brilha a grande altura. A jornada para que o seu bebé adoptivo nascesse em condições foi sensacional, ainda mais por opor o seu papel de mãe e o seu dever profissional. House, sempre avesso a qualquer mudança no seu habitat, tenta fazê-la perceber que não está preparada para ser mãe em tiradas hilariantes. Engraçado também foi ver Wilson, depois de involuntariamente ajudar House a resolver o problema do paciente, descrever palavra por palavra aquilo que acontece pela enésima vez. O final amargo para Cuddy e o bebé fez com que ela descarregasse em House e, surpresas das surpresas, ambos beijam-se! Estou mortinho para ver como o noso doutor vai lidar com esta nova situação.

8 potes de banha

 

publicado às 14:14

Prazo de validade

por Antero, em 28.10.08

 

Individuo tem uma relação conturbada com o próprio pai (que prefere um dos filhos mais novos), mas que, na ânsia de lhe provar o seu valor, acaba por seguir-lhe as pisadas até ser bem sucedido e chegar a um cargo altamente influente. Histórias como esta já foram vistas e revistas incontáveis vezes pelo Cinema. W. de Oliver Stone destaca-se pelo oportunismo: o tal individuo é George W. Bush e o cargo é nada menos que Presidente dos Estados Unidos da América. Crónica da ascensão de Bush Júnior, pelo qual ninguém dava nada, até chegar a Presidente da nação mais poderosa do mundo (com especial ênfase na guerra contra o terrorismo), o filme mistura ficção e factos reais e, tal como no fabuloso A Rainha, a sua principal preocupação não é da provocar mas sim soar verosímil e humanizar o seu objecto de estudo.

 

Temos assim dois núcleos distintos: o anterior à presidência dos EUA (que, obviamente, engloba mais anos da cronologia) e o da controversa Guerra no Iraque que, mais actual, retrata os bastidores das decisões estratégicas da administração Bush. Ambos os núcleos são abordados de forma não-linear, uma vez que o filme recorre a flashbacks e a flash-forwards para contar a sua história, conseguindo fluidez e coesão entre os vários espaços de tempos. No entanto, relativamente ao conteúdo de cada núcleo, convém dizer que o que se refere à "biografia" de Bush é decepcionante: mais parecendo um encadeamento dos pontos mais importantes, o filme resume tudo a um conflito pai-filho, deixando muitos aspectos de fora que seriam interessantes desenvolver. Como, por exemplo, Laura Bush. Porque ela se envolveu com ele? Pelo estatuto social da família? Pelo seu espírito rebelde? Segundo o filme, seria uma paixão de adolescência, o que é frustrante, pois quando ambos são apresentados, nota-se que eles têm concepções políticas divergentes.

 

Outro ponto que mal é abordado é a dinâmica da família Bush. Na visão do filme, George seria renegado por todos e faria todo o sentido mostrar a relação entre ele e o irmão que o pai prefere. Porém, o irmão praticamente não aparece. Mas o que é realmente uma pena é Oliver Stone não debruçar-se (seria medo?) sobre as polémicas (para dizer o mínimo) eleições de 2000, nas quais Bush derrotou Al Gore. O máximo que o filme faz é uma frase num diálogo de Bush pai e só. Para esta decepção contribui também a realização de Oliver Stone que está longe da força de um JFK ou Wall Street (que seria mais apropriada), mas que não transforma W. num pastelão como World Trade Center. Aí sim, o filme estaria arruinado. Por outro lado, sempre que o foco se desvia para os bastidores da Casa Branca, Stone mostra, aqui e ali, a irreverência que o tornou famoso. Retratando Bush como um homem que toma decisões baseadas em sonhos espirituais com Deus e que não tem plena consciência da complexidade de uma boa política externa, Stone aponta o dedo ao presidente declarando que este é facilmente manipulado pelos seus conselheiros. Assim, o núcleo do filme que porventura seria o menos interessante, uma vez que já tanto se discutiu sobre ele, torna-se na verdadeira atracção do mesmo.

 

Josh Brolin como George Bush consegue uma verdadeira proeza ao contrariar a realização errática de Oliver Stone. Enquanto a câmara deste puxa as personagens para a caricatura (o modo como Bush fala e come alarvemente), Brolin consegue evitar todas as armadilhas e transforma a personagem principal num ser humano complexo, cheio de conflitos internos. Por comparação, podem ver a caracterização de Thandie Newton como Condoleezza Rice: aquilo é pura caricatura sem qualquer propósito narrativo. Outro que se destaca é Richard Dreyfuss como o vice-presindente Dick Cheney: autêntica ratazana da cena política norte-americana, Cheney sabe como manipular Bush e restante administração e Dreyfuss retrata-o com imensa competência. Basta ver o diálogo durante um almoço em que Cheney mostra uma proposta de lei para aumentar a dureza dos interrogatórios a supeitos de terrorismo e em que Bush declara: "Mas isso não será tortura? Na América, não torturamos ninguém". Ao que Cheney remata: "Não, não. Não na América." e Dreyfuss diz isto com uma confiança inabalável digna de um político que sabe o que quer e como o fazer.

 

De qualquer das formas, W. ainda consegue atingir a comunicação social norte-americana que, antes e durante a Guerra do Iraque, não questionava os verdadeiros motivos da mesma (que são explicados no filme numa longa cena em que Dreyfuss brilha mais uma vez), servindo como porta-voz das decisões da Casa Branca. Outro que não fica nada bem na fotografia é Colin Powell, secretário de Estado, que tenta argumentar contra a designação do chamado "Eixo do Mal" e as ofensivas dos EUA sem provas concretas, mas que logo se deixa levar pela ideia dos proveitos económicos que a ocupação norte-americana no Médio Oriente traria para aquela administração. A ideia de misturar imagens de arquivo com os actores durante o famoso discurso no Senado em que Bush declara que "quem não está connosco, está com o terrorismo" é bem sacada, uma vez que ao mostrar políticos como John McCain e Hillary Clinton a mensagem é clara: aqueles que hoje lhe viram as costas, já o apoiaram sem reservas.

 

No entanto, o grande defeito de W. é algo externo ao filme: a sua falta de relevância actual. Hoje em dia, com os índices de popularidade de Bush tão em baixo, é muito fácil olhar para trás e apontar o que esteve mal, onde tudo falhou. Se tivesse sido lançado há quatro anos atrás, por alturas da reeleição de Bush, não tenho dúvidas que o filme faria uma grande parelha com Fahrenheit 9/11. É pena que o filme aponte o dedo a certos sectores sem se aperceber que padece do mesmo mal. É como se o seu prazo de validade tivesse expirado mesmo antes de chegar às salas de cinema.

 

Qualidade da banha: 13/20

 

publicado às 19:01

Samba

por Antero, em 26.10.08

Já vibrei com Jorge Costa e Vítor Baía.

Já berrei por Figo após o regresso deste quando o Real Madrid lhe virou as costas (o que eu achei uma atitude indigna).

Já torci por Deco e Pepe.

Até já aplaudi (mentalmente) Bruno Alves e Raúl Meireles.

 

Mas se Liedson vai parar à Selecção Nacional é o fim da picada. Para mim acabou de vez! Porém, antes que a burocracia da nacionalização do jogador do Sporting acabe, acho que Carlos Queiroz trata de fazer com que a Selecção acabe para muitas mais pessoas.

 

PS: Vénia ao Leixões! Sem o melhor jogador que misteriosamente se lesionou antes do jogo e contra a equipa de arbitragem que fez de tudo para que o FC Porto não perdesse, os matosinhenses foram enormes! E assim se vê do que é feito o caldinho portista que hoje não resultou. O que não quer dizer que não resulte nos próximos tempos. Há que abrir os olhos...

 

publicado às 13:37

Episódios da semana #8 (19/10 a 25/10)

por Antero, em 24.10.08

ALERTA DE SPOILER! Este post contém informações relevantes, pelo que é aconselhável que só leiam caso estejam a par da exibição norte-americana.

 

 

Desperate Housewives 5x04: Back In Business

Há muito tempo que isto não acontecia, mas de todas as donas de casa a melhor história é a da Bree: dividida entre a carreira de sucesso, o marido, a sócia e as amigas, ela é - para já - o grande destaque da quarta temporada. Lynette tenta aproveitar a onda de sucesso da amiga sem grandes resultados e o seu discurso final foi meio óbvio, porém tocante (quantos de nós nunca se sentiram assim?). Gaby continua a ter as partes mais engraçadas da série: todas as situações do sexo explicado aos mais jovens foram hilariantes, principalmente quando a filha mais nova berrou aquela palavra. E agora eu ponho as mãos no fogo em como o marido da Eddie quer chegar-se ao Mike devido àquela mulher e bebé que morreram no acidente de carro que despoletou o divórcio dele com Susan. Falando nela, as suas cenas foram engraçadas, mas apenas isso. Agora com o Mike vizinho dela, as coisas devem aquecer bastante.

7 potes de banha

 

Entourage 5x07: Gotta Look Up To Get Down

Com a morte inesperada de Alan, o executivo que só queria ver Vince longe, Ari é convidado para o suceder, o que faria com que ele pudesse dar a Vince qualquer papel em qualquer filme. Por outro lado, deixaria de ser seu agente e, com o tempo (e ambos sabem disso), cada um seguiria a sua vida. Entretanto Vince é convidado para uma sessão fotográfica e, para não variar, fica vidrado na modelo que seria a sua parceira. Ela é dispensada e ele tenta chegar até ela, mas vai encontrar resistência do fotógrafo da campanha que é, ao mesmo tempo, quase um "tutor" dela (e o final desta história é imprevisível e fenomenal). Eric é assediado por uma modelo que o pica com o facto de ele ser baixo, mas que quer que ele a represente. Outro excelente episódio e já só faltam cinco para acabar a temporada.

9 potes de banha

 

Heroes 3x06: Dying Of The Light

Com mais furos que uma peneira, Heroes segue a sua cruzada de testar a paciência do espectador. A série, pura e simplesmente, não arranca: é um tédio ver Parkman e a sua tartaruga a não fazerem nada (excepto dizer a Daphne que se vai casar com ela mal a conhece!), é uma chatice acompanhar Hiro e Ando em busca sabe-se lá do quê (e a forma como Hiro deu a volta à situação da morte do amigo foi engraçada, mas como ele conseguiu "congelar" a Daphne que parecia imune a isso?) e - lá vamos nós outra vez - Mohinder é insuportável! A cena do sequestro de Claire bem como a roleta russa foi previsível, mas já foi alguma coisa; Peter e Sylar à porrada durou pouco; e a relação do tal símbolo da Pinehearst com o ADN foi tão, mas tão óbvio. Ao menos já despacharam a personagem chata do Adam Monroe que teve o seu puder sugado por Arthur Petrelli (e como esse poder era a imortalidade, nada mais simples que tornar-se pó). Curioso que os poderes do triângulo familiar Arthur/Peter/Sylar seja o de transferência de poderes de terceiros, embora de maneiras distintas e com resultados diferentes. Finalmente, um rasgo de originalidade na série. Mas não chega.

4 potes de banha

 

House 5x05: Lucky Thirteen

Esta semana, House conseguiu a proeza de ser pior que Heroes! O episódio andou à volta da Treze e da sua, digamos, "vida dupla", até que uma desconhecida, com quem ela passara a noite, adoece e vai parar ao hospital. É então que a vida social e a vida profissional da Treze entram em conflito, e como ela está doente, quer mais é aproveitar o que lhe resta, ou seja sexo, drogas e por aí vai (pfff...). Aborrecido como poucos, o episódio teve como méritos o regresso da dinâmica entre House e Wilson e o final, com a revelação de Cuddy. A personagem da Treze é o exemplo máximo que os novos pupilos nunca irão atingir o carisma da antiga equipa e esticar a suas participações ao máximo é um erro crasso (o único que ainda se aproveita é o Taub), contribuindo para isso a prestação insossa da actriz Olivia Wilde. O caso da semana também deixou muito a desejar; ainda tivemos o regresso do tal detective chato; e a tão publicitada cena de sexo lésbico não tinha nada de escaldante que já não tivessemos visto noutras paragens. Incrível a irregularidade desta quinta temporada, cujos episódios são capazes de ir do 8 ao 80.

3 potes de banha

 

How I Met Your Mother 4x05: Shelter Island

E pronto! Stella não é mãe dos filhos de Ted, o que me agradou imenso. A sua despedida também foi boa, praticamente abandonando Ted no altar e deixando o grupo com um problema nas mãos (como irá Ted reagir?). Barney lá se virou novamente para Robin e a maneira como ele engendrou o plano foi óptima (numa cena parecida com o que se vê no filme Uma Mente Brilhante). Após incontáveis episódios, Robin teve o destaque merecido e não desiludiu: a conversa em que ela desaconselha Ted a casar foi excelente e até se notou um interesse da parte dela em resguardar-se em Barney depois da discussão com o ex-namorado. O episódio também foi fértil nas referências à continuidade da série (a chuva, o zitch dog, os filhos loiros, Lilly stressada com o casamento) e manteve o ritmo de gargalhadas sempre no pico.

9 potes de banha

 

Prison Break 4x08: The Price

Prison Break parece mesmo disposta a calar os críticos que dizem que o seu tempo já lá vai. O episódio desta semana foi electrizante, a lembrar os melhores momentos da primeira e da segunda temporada. Roland, o tal chinoca imbecil e que já fez a sua parte, foi morto sem dó nem piedade por Wyatt, que depois levou uns sopapos de Mahone. A sequência do plano para adquirir o sexto e último cartão foi excelente e cheia de tensão, só foi pena aquele flashback desnecessário no início para explicar o plano (que nem era nada complicado). Gretchen quer fazer as pazes com Sara e dá-lhe direito a 5 minutos de chicotadas e, nesta parte, acabámos por ter detalhes de como Sara escapou do cativeiro. Aliás, é impressão minha ou a Gretchen está cada vez menos irritante? Será da actriz ou da personagem? O certo é que ela vai passar a perna a Scofield e companhia, só que não deverá contar com a traição de T-Bag que, sempre com poucos recursos, lá arranja maneira de dar a volta. Vê-los todos unidos mas no fundo a tentar espetar uma faca nas costas uns dos outros e a salvarem a pele sempre rendeu óptimos momentos. E já está prometido que no próximo episódio morrerá uma personagem importante. Estou a torcer pelo inútil do Bellick.

9 potes de banha

 

E depois deste longo texto, um aperitivo: o trailer legendado da quinta temporada de LOST, que estreará em Fevereiro de 2009 e eu mal vejo a hora!

 

 

Já dá para ter uma ideia para onde foi a Ilha, não?

 

publicado às 15:30

Dúvida existencial

por Antero, em 22.10.08

Porque é que sempre que corto o cabelo fico com a impressão que o meu nariz está maior?

(Já nem falo da testa...)

 

publicado às 18:13

Sarah Palin

por Antero, em 21.10.08

Ia fazer um novo post doPragas do Mundo Modernocom Sarah Palin, governadora do Alasca e candidata à vice-presidência dos Estados Unidos da América, mas mudei de ideias depois de ver o seguinte vídeo. Trata-se de um segmento do Saturday Night Life em que a mesma é brilhantemente parodiada por Tina Fey, até que Palin surge em pessoa e, com um fair-play colossal, dá início ao programa.

 

 

Ela continua a ser uma política desprezível? Sim. Apareceu por pura propaganda? Talvez. Mas divertiu-me horrores e atenuou, ainda que levemente, a minha opinião negativa. É óptimo ver como nos EUA os artistas e figuras públicas põem de lado as suas divergências políticas em nome do bom humor (mesmo que a finalidade seja gerar publicidade). E Tina Fey é grande!

 

publicado às 00:07

Integra-te 2008

por Antero, em 19.10.08

Vendo ocartazda Semana de Recepção ao Caloiro da Universidade de Aveiro noto a ausência do omnipresente Quim Barreiros e questiono-me: terá morrido?

 

De qualquer das formas, um cartaz fraco e pouco apelativo. Como já se tornou hábito.

 

publicado às 17:51

Pólvora seca

por Antero, em 17.10.08

 

Se há género cinematográfico que ainda deve uma obra decente à Humanidade, esse é o das adaptações de jogos de vídeo. Se bem que eu acho que nem umO Cavaleiro das Trevasconseguiria apagar um repertório com lixos como Super Mário Bros., Street Fighter - O Filme, Lara Croft: Tomb Raider, a trilogia Resident Evil ou as empreitadas de Uwe Boll (e estes são os que me lembro por agora). Vai daí, as minhas expectativas para adaptação do jogo Max Payne não era as melhores. E sabem que mais? Eu estava totalmente certo! Contando uma história sem pés nem cabeça, Max Payne (o filme) é mais uma nódoa no tecido tremendamente manchado das adaptações cinematográficas dos jogos de vídeo.

 

A história é bastante fiel ao jogo (que nunca joguei, nem faço questão): Max Payne é um detective do departamento de casos arquivados da polícia de Nova Iorque que há 3 anos procura o verdadeiro assassino da sua esposa. Numa das suas buscas, ele encontra Natasha que é brutalmente assassinada e Max é indiciado como principal suspeito. Então ele une-se a Mona Sax, irmã de Natasha, e tenta resolver o estranho homicídio que parece ter relação com a morte da sua esposa. Ambos vão enfrentar a polícia, a máfia e uma corporação que poderá ser a base de tudo. Para início de conversa, como pode Max Payne andar completamente em liberdade se é o principal suspeito da morte de Natasha e fica bem claro que ninguém morre de amores por ele na polícia? Mas também o que podíamos esperar de uma força policial que conta nas suas fileiras com um detective que diz a Max que "tudo, mesmo tudo!" foi investigado por si sobre o assassínio da sua esposa e só 3 anos depois é que repara numa tatuagem significativa que a mesma tinha no pulso e que se assemelha à da vitíma mais recente (e o porquê da senhora Payne ter tal tatuagem é deixado ao acaso a meio do filme).

 

Mas isto é o menos: o filme começa a meter os pés pelas mãos quando desenvolve toda a conspiração, cujo cerne é uma droga inovadora que - vou tentar não rir ao escrever isto - confere maior confiança aos soldados, por estes se acharem protegidos por anjos nórdicos. Só mais tarde é que descobri que esta droga também já fazia parte do jogo, mas o modo como ela é apresentada no filme (através de um vídeo de arquivo) é tão estapafúrdia e involuntariamente cómica por Amaury Nolasco (o Sucre de Prison Break) que, confesso, cheguei a pensar que ele iria interromper a gravação e dizer: "Estava a brincar, podemos repetir?". Já para não falar que a tal droga confere habilidades sobre-humanas a quem a toma, só que isto não é referido em lado nenhum, uma vez que o filme apenas se refere à mesma como oferecendo "mais moral" (hahahaha!). As reviravoltas do argumento também são previsíveis, o que torna tudo muito aborrecido. E se acham que, pelo menos, as cenas de acção compensam, pensem novamente: todas somadas mal devem passar dos 10 minutos.

 

A completar o ramalhete temos a realização inepta de John Moore, cujas soluções visuais e enquadramentos são de fugir, a começar pelo pavoroso "Uma semana antes" que surge na fachada de um edifício logo no início (vá lá que não repetiu mais a gracinha). Mergulhando Nova Iorque num Inverno rigoroso do qual poucos parecem se importar com isso e recorrendo a batidos e nada estilosos planos em slow-motion, John Moore usa e abusa das sombras para dar um tom noir tal como no jogo original, sendo que os flashbacks da esposa de Payne são imensamente iluminados e em tons mais quentes, num contraste óbvio entre o amor da família e o negrume actual. Porém, o atestado de incompetência do realizador é uma cena em que um atirador surpreende Max Payne por trás e desata a disparar. A composição dos planos é tão mal feita que o atirador falha o alvo (embora pareça que vai atingi-lo) e acerta num monte de frascos que parecem estar a muitos metros de distância de Max que, desta forma, escusava fazer aquela ridícula pirueta para matar o inimigo. Bastava virar-se normalmente e atirar na cabeça do infeliz dotado de péssima pontaria.

 

Poupadinho na nudez e na violência para conseguir uma classificação etária mais baixa e daí ter maior viabilidade comercial, Max Payne ainda tenta desesperadamente fazer uma crítica à indústria farmacêutica e aos militares norte-americanos mas, como o triste do parágrafo acima, atira muito ao lado. Pelo menos numa coisa o filme acerta em cheio: na carreira de Mark Wahlberg que, pelasegunda vezno mesmo ano, leva com um tiro certeiro. E este, meus amigos, não foi de pólvora seca.

 

Qualidade da banha: 4/20

 

publicado às 17:36

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Alvará

Antero Eduardo Monteiro. 30 anos. Residente em Espinho, Aveiro, Portugal, Europa, Terra, Sistema Solar, Via Láctea. De momento está desempregado, mas já trabalhou como Técnico de Multimédia (seja lá o que isso for...) fazendo uso do grau de licenciado em Novas Tecnologias da Comunicação pela Universidade de Aveiro. Gosta de cinema, séries, comics, dormir, de chatear os outros e de ser pouco chateado. O presente estaminé serve para falar de tudo e de mais alguma coisa. Insultos positivos são bem-vindos. E, desde já, obrigado pela visita e volte sempre!

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